tag:blogger.com,1999:blog-62390973165730736732024-03-05T11:08:16.086-08:00Egon HeckUm novo mundo é possível e urgente, a partir das raízes profundas dos povos originários, na luta de cada dia.Unknownnoreply@blogger.comBlogger307125tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-21652030857446183752021-06-26T15:02:00.001-07:002021-06-26T15:07:49.424-07:00Rosalino Ortiz, querido Guerreiro Guarani Nhandeva. <p><span style="font-size: medium;"></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i>Por Egon Heck, Cimi MS </i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></span></div><div style="text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj75gyPFjSJBvbBqZWDHSrprcuEeTiCFlbYPZliCVW4juze4FRUcMtCzMoIThyf0MzH2zdFQ9IaT3k6Tu2rJf1IqBMBg6G-1JQRTAvKA_51FbaXpspLvVUQB7zTU3qGyGJAyIuA2Ly1vjU/s2048/Aty+Guasu+Yvy+Katu+-+outubro+2005+069.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj75gyPFjSJBvbBqZWDHSrprcuEeTiCFlbYPZliCVW4juze4FRUcMtCzMoIThyf0MzH2zdFQ9IaT3k6Tu2rJf1IqBMBg6G-1JQRTAvKA_51FbaXpspLvVUQB7zTU3qGyGJAyIuA2Ly1vjU/w294-h221/Aty+Guasu+Yvy+Katu+-+outubro+2005+069.jpg" width="294" /></a><span style="font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Ontem dia 25, a terra sagrada de teu povo te chamou de volta
para seres mais um guardião desse chão pelo qual lutaste por várias décadas.
Fostes aguerrido quando se tratava da luta pela terra e sagrados direitos. Não
hesitava em partir para a guerra conclamando teu povo para serem força junto ao
Nhande Ru Delosantos Centurião.</span></span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="line-height: 107%;"></span></span></p><span style="font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Na retomada da terra indígena Yvy Katu/Porto Lindo lutastes
heroicamente para garantir um futuro para os netos de teu povo.</div><o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXJ-lLNhyphenhyphenO2H4C8V3zA0704cvFDzQ3mdFGOJcsHW-AOOpBX36kcNOqJVKDFWItRFmaZtMMj9ZDis_ISYCv5LrNXACx1D3g5EEPhIrJzRFbIZj-VLuLcC1oy6hOP1pmSOJkUxfrhXu7z3I/s2048/DSC05561.JPG" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXJ-lLNhyphenhyphenO2H4C8V3zA0704cvFDzQ3mdFGOJcsHW-AOOpBX36kcNOqJVKDFWItRFmaZtMMj9ZDis_ISYCv5LrNXACx1D3g5EEPhIrJzRFbIZj-VLuLcC1oy6hOP1pmSOJkUxfrhXu7z3I/w267-h178/DSC05561.JPG" width="267" /></a></div><span style="line-height: 107%;"><div style="text-align: center;"><b style="font-size: large;"><br /></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b style="font-size: large;"><br /></b></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">Muitas lutas pela frente, agora és um guerreiro de asas chamado
pelo Nhande Ru para continuar a luta, agora em outra dimensão.</span></div></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><span style="line-height: 107%;"><span style="font-size: medium;">Fica a saudade dos inúmeros encontros, reuniões, viagens,
rodadas de tereré e chimarrão, dos telefonemas para atualizar as informações
nas trincheiras da esperança ou apenas para desejar um boa noite.<o:p></o:p></span></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-size: medium;">Lembro com imenso carinho das longas conversas sobre a
recuperação dos diversos tekohá, quando no início da década de 80 fizestes com
os rezadores e lideranças o planejamento do retorno ao seu território
tradicional, resultando no êxito de todas as ações, sem nenhuma morte de seus líderes.
Isso só foi possível com muita reza e ritual.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCuAsbcim7OVzMDTLX4994GVnVrNKdJGpad65zzFBjpFw92GVLirieRz4dQuJf_5zcWYRPSkgp2Gdg_QFsRHo7xHZ4M8e6xihJzKU1hz6jv9YUgsHijn40P-CsoXxWPdldkmsfTIWnhvM/s2048/DSC05569.JPG" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCuAsbcim7OVzMDTLX4994GVnVrNKdJGpad65zzFBjpFw92GVLirieRz4dQuJf_5zcWYRPSkgp2Gdg_QFsRHo7xHZ4M8e6xihJzKU1hz6jv9YUgsHijn40P-CsoXxWPdldkmsfTIWnhvM/s320/DSC05569.JPG" width="320" /></a></div><span style="line-height: 107%;"><span style="font-size: medium;">No pátio de sua casa, numa Aty Guasu realizada em 2007, após
constatar a total falta de demarcação por parte do governo, foi feito a relação
de 39 terras indíg<br />enas Guarani e Kaiowá para serem demarcadas. No dia seguinte um
ônibus com caciques e lideranças foi a Brasília exigir providencias imediatas.
Foi então que se constituiu o CAC (Compromisso de Ajustamento de Conduta) e
posterior a publicação das portarias dos GT, para demarcação das terras Guarani
e Kaiowá.<br /><o:p></o:p></span></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Rosalino, você voltou para a terra sem males sem ver a sua
terra definitivamente demarcada. O seu coração parou mais a luta continua. Nos
solidarizamos a sua família, seu povo. Assim também nos solidarizamos a todos
os povos que perderam seus entes para a COVID19.</span></p>
<span face="Calibri, sans-serif" style="line-height: 107%;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">O CIMI nestes 50 anos de história reafirma o
compromisso com a defesa dos direitos dos povos indígenas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span><span><div class="separator" style="clear: both; font-size: x-large; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/vCk3qYKzRJc" width="320" youtube-src-id="vCk3qYKzRJc"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; font-size: x-large; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; font-size: x-large; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; font-size: x-large; text-align: right;">Dourados, 26 de junho de 2021.</div><div class="separator" style="clear: both; font-size: x-large; text-align: right;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Fotos Egon Heck/Cimi</i></div></span></div></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-65653361843606376732021-06-11T13:41:00.002-07:002021-06-28T08:03:01.444-07:00Política indigenista na história dos governos: da ordem e do progresso – meio século de violência e esbulho. <!--StartFragment-->
<i>Por Egon Heck e Lídia Farias, Cimi MS</i>
<p class="MsoNormal">Numa
rápida olhada nos últimos 50 anos de política indigenista no país, nos
deparamos com inúmeras situações que questionam as reais intenções dos governos
com relação aos povos indígenas, seus territórios e organizações sociais. Uma
das características fortes deste período foi a constante imposição de uma
política indigenista violenta, que tinha por objetivo final o extermínio dos
povos indígenas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um
dos aspectos reveladores da política da ordem eram os critérios de composição
do quadro de pessoal dos órgãos estatais. A Funai por exemplo, herdou para o
seu quadro de funcionários, 700 pessoas oriundas do antigo Serviço de Proteção
ao Índio - SPI e, em menos de uma década, a fundação já contava com mais de 7
mil funcionários, a maioria imperiosa do quadro eram militares da ativa e/ou aposentados,
que, sob o comando do general Bandeira de Melo, implantavam um rígido sistema
de controle dos indígenas.</p><p class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1IyWZ3c-q6mBlSaH18nodlvhtFcAAGAp3Q4LFWu7GdYJfaIr1IKfb7h63QPwidgJzEZo5u8vZzWFiXPKnRiPkagdP_mVtYmfQ7QYmD77TpCktoxYZGv3az9FeXsmSo9i6NhU_moxYaEE/s1600/1623444650014872-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1IyWZ3c-q6mBlSaH18nodlvhtFcAAGAp3Q4LFWu7GdYJfaIr1IKfb7h63QPwidgJzEZo5u8vZzWFiXPKnRiPkagdP_mVtYmfQ7QYmD77TpCktoxYZGv3az9FeXsmSo9i6NhU_moxYaEE/s1600/1623444650014872-0.png" width="400">
</a>
</div><br></p><!--StartFragment--><!--EndFragment--><table class="MsoTableGrid" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" align="left"><tbody>
</tbody></table>
<p class="MsoFooter">Para
a garantia absoluta do controle, foram criados dentro da estrutura da Funai, alguns órgãos como a <i>Guarda Rural Indígena – GRIN</i>, que tinha
como objetivo transformar os “índios” em soldados e as aldeias em grandes
repositórios humanos para os quarteis militares, “o índio é um soldado nato e
as suas tribos uma organização paramilitar” (General Frederico Rondon – 1977).
Outra frente determinante no sistema de controle eram os <i>Serviços de Segurança e Informação</i> (DSN – Doutrina de Segurança
Nacional, CSN – Conselho de Segurança Nacional, SNI – Serviço Nacional de
Informação, ASI – Assessoria de Segurança e Informação), estes tinham por
objetivo isolar os indígenas e vigiar completamente os seus passos. Para
Queiroz Campos, primeiro presidente da Funai (1967-1970), estes órgãos tinham a
intenção de “evitar a continuidade das invasões nas terras indígenas” e para
isto a estratégia fora militarizar a Funai em todas as instancias
administrativas, desde os postos indígenas nas aldeias até a direção do órgão,
sediada em Brasília. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoFooter">Outra ação que tinha como
horizonte o <i>integracionismo</i> eram os
programas desenvolvimentistas produtivistas promovidos pela Funai no contexto
do “milagre brasileiro” na década de 1970, onde se alardeava um crescimento do
PIB de 11% ao ano. Para pensar a implementação destes “projetos de
desenvolvimento comunitário”, a Funai chegou a contratar vários cientistas
sociais (antropólogos, linguistas, agrônomos, economistas entre outros). Estes
deveriam se empenhar em pensar a melhor forma de execução dos projetos numa lógica
que rompesse com o “indigenismo dos quarteis”, promovendo um “novo indigenismo”,
o qual estimulasse as comunidades indígenas ao <i>etnodesenvolvimento.</i> Estes
programas foram iniciados primeiramente junto aos povos indígenas Gavião-Suruí,
Guarani Kaiowá e Nhandeva, Yanomami, Nambikwara, Pataxó, Tikuna, Tukano,
Xokleng dentre outros.<o:p></o:p></p><p class="MsoFooter"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF4zJFex0Lhc2-9-8J-67hoogkOCpA7wQArNoQcYBUlqdruC-4cBbTJP9P-CenecF5-1wGlYQGsHM13233NkHRPAmKWSzJ3v91JI75n206jhNS8ZZXXw7Hto2zUK1C8Mz5tK_L93eqdLg/s1600/1623444645265151-1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF4zJFex0Lhc2-9-8J-67hoogkOCpA7wQArNoQcYBUlqdruC-4cBbTJP9P-CenecF5-1wGlYQGsHM13233NkHRPAmKWSzJ3v91JI75n206jhNS8ZZXXw7Hto2zUK1C8Mz5tK_L93eqdLg/s1600/1623444645265151-1.png" width="400">
</a>
</div><br></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%">A
execução dos programas acima, explicita um profundo cenário de conflitos de
interesses entre a ciência e o militarismo em curso. A Funai estimulava a
produção e exploração nas terras indígenas, única e exclusivamente para gerar
renda para o órgão tutor gerenciado pelo Departamento Geral de Patrimônio
Indígena – DGPI, seguindo a lógica de que os índios deveriam ser um ônus menor
para a nação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%">Neste
sentido, vale ressaltar que os projetos desenvolvimentistas e produtivistas dos
governos, tais como exploração de madeira, minérios, instalação de rodovias,
construção de hidroelétricas e outros empreendimentos em terras indígenas como
o arrendamento, agenciados em épocas passadas pelo Estado e hoje pelo agronegócio,
não tiveram como objetivo melhorias para a vida dos povos indígenas, do
contrário, tais projetos foram e continuam sendo caminhos de invasões,
inviabilizando as demarcações das terras indígenas, em que os prazos previstos
para conclusão de todos os processos demarcatórios, foram duplamente desrespeitados,
conforme determina o Estatuto do Índio<a style="mso-footnote-id:ftn1" href="#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:107%;
font-family:"Calibri",sans-serif;mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:
Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
(1973) e a Constituição Federal<a style="mso-footnote-id:ftn2" href="#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:12.0pt;line-height:107%;
font-family:"Calibri",sans-serif;mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:
Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
de 1988.<a name="art65"></a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%">No
Brasil, e</span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;mso-bidi-font-family:
Calibri;color:black;mso-color-alt:windowtext;background:white">xistem atualmente
1298 terras indígenas. Este número inclui as terras já demarcadas ou em alguma
das etapas dos procedimentos demarcatórios. Passados mais de 30 anos da
promulgação da CF/1988, pelo menos 536 terras indígenas ainda se encontram sem
nenhuma providência do Estado para demarca-las</span><span style="font-size:
12.0pt;line-height:150%;mso-bidi-font-family:Calibri"> (Cimi, 2020).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri">Nos tempos atuais e diante do cenário de total negação de direitos
territoriais, o ponto forte em questão é o usufruto dos territórios: quem de
direito pode usufruir destas terras? No campo jurídico, as leis são claras,
assegurando aos povos indígenas o usufruto exclusivo dos territórios
tradicionalmente ocupados pelos povos, seus legítimos donos. Porém, no campo
político, as investidas antiindígenas da política indigenista
desenvolvimentista</span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%">, além
de desqualificar os sistemas econômicos e de produção dos povos, tenta impor o
lucro como referência nas relações dos povos indígenas com o meio ambiente. Ao
tentar incluir as terras indígenas na lógica da produção em escala e em outras
formas de exploração, o governo repete os ideais integracionistas da ditadura
militar: “desenvolver para integrar”. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%">O</span><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:Calibri">s assédios saem de
todos os lados e chegam às áreas indígenas envoltos nos tecidos da “emancipação
financeira dos povos indígenas”, </span><span style="font-size:12.0pt;
line-height:150%">ou seja, os povos indígenas só serão aceitos quando se
igualarem aos ruralistas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri">Passados 50 anos desta história, o projeto de extermínio contra os
povos indígenas se moderniza. A Funai, mesmo com “pernas capengas”, hoje
chefiada por um delegado de polícia, tenta retomar o seu antigo papel nos
governos ditatoriais de dominação sobre as terras indígenas, facilitando como
no passado, as diversas formas de invasão e exploração dos territórios
indígenas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri"><o:p> </o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%"><span style="font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri">Dourados/MS 10 de junho de 2021.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoFooter"><!--StartFragment-->
<!--EndFragment--></p><div style="mso-element:footnote-list"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all">
<hr align="left" size="1" width="33%">
<!--[endif]-->
<div style="mso-element:footnote" id="ftn1">
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;text-align:justify;line-height:
normal"><a style="mso-footnote-id:ftn1" href="#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:11.0pt;line-height:107%;
font-family:"Calibri",sans-serif;mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:
Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
<span style="font-size:12.0pt;mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:
Calibri;mso-bidi-font-family:Calibri;color:black;background:white">O Poder
Executivo fará, no prazo de cinco anos, a demarcação das terras indígenas,
ainda não demarcadas (Lei 6001/73, Art. 65).<o:p></o:p></span></p>
</div>
<div style="mso-element:footnote" id="ftn2">
<p class="MsoFootnoteText"><a style="mso-footnote-id:ftn2" href="#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character:
footnote"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:10.0pt;line-height:107%;font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:
minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:
EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> <span style="font-size:12.0pt;mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:
Calibri;mso-bidi-font-family:Calibri;color:black;background:white">A União
concluirá a demarcação das terras indígenas no prazo de cinco anos a partir da
promulgação da Constituição (CF/88, Art. 67).</span><o:p></o:p></p>
</div>
</div>
<div align="right">
<table class="MsoTableGrid" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" align="right">
<tbody><tr>
<td width="352" valign="top">
<p class="MsoNormal"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1025"
type="#_x0000_t75" style='width:252.45pt;height:196pt' o:ole="">
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</td>
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<td width=352 valign=top style='width:263.7pt;padding:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt'>
<p class=MsoNormal align=right style='margin-bottom:0cm;text-align:right;
line-height:150%;mso-element:frame;mso-element-frame-hspace:7.05pt;
mso-element-wrap:around;mso-element-anchor-vertical:paragraph;mso-element-anchor-horizontal:
column;mso-element-left:right;mso-element-top:.05pt;mso-height-rule:exactly'><span
style='mso-bidi-font-size:12.0pt;line-height:150%'>Indígenas
Guarani-Kaiowá. Foto: Egon Heck/Cimi.</span><span style='font-size:12.0pt;
line-height:150%'><o:p></o:p></span></p>
</td>
</tr>
</table>
</tr>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
color:white;mso-color-alt:windowtext'>A execução </span><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%'>dos programas acima, explicita um
profundo cenário de conflitos de interesses entre a ciência e o militarismo em
curso. A Funai estimulava a produção e exploração nas terras indígenas, única
e exclusivamente para gerar renda para o órgão tutor gerenciado pelo
Departamento Geral de Patrimônio Indígena – DGPI, seguindo a lógica de que os
índios deveriam ser um ônus menor para a nação.<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%'>Neste
sentido, vale ressaltar que os projetos desenvolvimentistas e produtivistas dos
governos, tais como exploração de madeira, minérios, instalação de rodovias,
construção de hidroelétricas e outros empreendimentos em terras indígenas como
o arrendamento, agenciados em épocas passadas pelo Estado e hoje pelo agronegócio,
não tiveram como objetivo melhorias para a vida dos povos indígenas, do
contrário, tais projetos foram e continuam sendo caminhos de invasões,
inviabilizando as demarcações das terras indígenas, em que os prazos previstos
para conclusão de todos os processos demarcatórios, foram duplamente desrespeitados,
conforme determina o Estatuto do Índio<a style='mso-footnote-id:ftn1'
href="#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class=MsoFootnoteReference><span
style='mso-special-character:footnote'><![if !supportFootnotes]><span
class=MsoFootnoteReference><span style='font-size:12.0pt;line-height:107%;
font-family:"Calibri",sans-serif;mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:
Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA'>[1]</span></span><![endif]></span></span></a>
(1973) e a Constituição Federal<a style='mso-footnote-id:ftn2' href="#_ftn2"
name="_ftnref2" title=""><span class=MsoFootnoteReference><span
style='mso-special-character:footnote'><![if !supportFootnotes]><span
class=MsoFootnoteReference><span style='font-size:12.0pt;line-height:107%;
font-family:"Calibri",sans-serif;mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:
Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA'>[2]</span></span><![endif]></span></span></a>
de 1988.<a name=art65></a><o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%'>No
Brasil, e</span><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;mso-bidi-font-family:
Calibri;color:black;mso-color-alt:windowtext;background:white'>xistem atualmente
1298 terras indígenas. Este número inclui as terras já demarcadas ou em alguma
das etapas dos procedimentos demarcatórios. Passados mais de 30 anos da
promulgação da CF/1988, pelo menos 536 terras indígenas ainda se encontram sem
nenhuma providência do Estado para demarca-las</span><span style='font-size:
12.0pt;line-height:150%;mso-bidi-font-family:Calibri'> (Cimi, 2020).<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri'>Nos tempos atuais e diante do cenário de total negação de direitos
territoriais, o ponto forte em questão é o usufruto dos territórios: quem de
direito pode usufruir destas terras? No campo jurídico, as leis são claras,
assegurando aos povos indígenas o usufruto exclusivo dos territórios
tradicionalmente ocupados pelos povos, seus legítimos donos. Porém, no campo
político, as investidas antiindígenas da política indigenista
desenvolvimentista</span><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%'>,
além de desqualificar os sistemas econômicos e de produção dos povos, tenta impor
o lucro como referência nas relações dos povos indígenas com o meio ambiente.
Ao tentar incluir as terras indígenas na lógica da produção em escala e em
outras formas de exploração, o governo repete os ideais integracionistas da
ditadura militar: “desenvolver para integrar”. <o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%'>O</span><span
style='font-size:12.0pt;line-height:150%;mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:Calibri'>s assédios saem de
todos os lados e chegam às áreas indígenas envoltos nos tecidos da
“emancipação financeira dos povos indígenas”, </span><span style='font-size:
12.0pt;line-height:150%'>ou seja, os povos indígenas só serão aceitos quando
se igualarem aos ruralistas. <o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri'>Passados 50 anos desta história, o projeto de extermínio contra os
povos indígenas se moderniza. A Funai, mesmo com “pernas capengas”, hoje
chefiada por um delegado de polícia, tenta retomar o seu antigo papel nos
governos ditatoriais de dominação sobre as terras indígenas, facilitando como
no passado, as diversas formas de invasão e exploração dos territórios
indígenas.<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri'><o:p> </o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri'>Por Egon Heck e Lídia Farias - <span
style='mso-spacerun:yes'> </span>Regional CIMI/MS<o:p></o:p></span></p>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;text-indent:
35.45pt;line-height:150%'><span style='font-size:12.0pt;line-height:150%;
mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:Calibri;mso-bidi-font-family:
Calibri'>Dourados/MS 10 de junho de 2021.<o:p></o:p></span></p>
</div>
<div style='mso-element:footnote-list'><![if !supportFootnotes]><br clear=all>
<hr align=left size=1 width="33%">
<![endif]>
<div style='mso-element:footnote' id=ftn1>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:0cm;text-align:justify;line-height:
normal'><a style='mso-footnote-id:ftn1' href="#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span
class=MsoFootnoteReference><span style='mso-special-character:footnote'><![if !supportFootnotes]><span
class=MsoFootnoteReference><span style='font-size:11.0pt;line-height:107%;
font-family:"Calibri",sans-serif;mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:
Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA'>[1]</span></span><![endif]></span></span></a>
<span style='font-size:12.0pt;mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:
Calibri;mso-bidi-font-family:Calibri;color:black;background:white'>O Poder
Executivo fará, no prazo de cinco anos, a demarcação das terras indígenas,
ainda não demarcadas (Lei 6001/73, Art. 65).<o:p></o:p></span></p>
</div>
<div style='mso-element:footnote' id=ftn2>
<p class=MsoFootnoteText><a style='mso-footnote-id:ftn2' href="#_ftnref2"
name="_ftn2" title=""><span class=MsoFootnoteReference><span style='mso-special-character:
footnote'><![if !supportFootnotes]><span class=MsoFootnoteReference><span
style='font-size:10.0pt;line-height:107%;font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:
minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:
EN-US;mso-bidi-language:AR-SA'>[2]</span></span><![endif]></span></span></a> <span
style='font-size:12.0pt;mso-ascii-font-family:Calibri;mso-hansi-font-family:
Calibri;mso-bidi-font-family:Calibri;color:black;background:white'>A União
concluirá a demarcação das terras indígenas no prazo de cinco anos a partir da
promulgação da Constituição (CF/88, Art. 67).</span><o:p></o:p></p>
</div>
</div>
<!--EndFragment--></p></td></tr></tbody></table></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-66459149860402684912020-01-22T11:31:00.004-08:002020-01-22T11:31:31.822-08:00<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; line-height: 115%;"><b><span style="color: blue;">Melià: a partida, as lutas e a terra sem males</span></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVw3OJloGlljGi2fu9zg3ktQhyphenhyphenmWCD9hRyjwB7GZfWRaA9EG_oPcjkFDu3GutdIIP2de5doBcaWPsm819ZzQZniXdz5Zc92QMP4aZgng_KjvqdjgRkwJyxmQS20Q85riI6_MI2-et684U/s1600/melia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="427" data-original-width="567" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVw3OJloGlljGi2fu9zg3ktQhyphenhyphenmWCD9hRyjwB7GZfWRaA9EG_oPcjkFDu3GutdIIP2de5doBcaWPsm819ZzQZniXdz5Zc92QMP4aZgng_KjvqdjgRkwJyxmQS20Q85riI6_MI2-et684U/s320/melia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Senhor, por favor, onde cheguei?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Aqui é a erra sem males.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Obrigado pela informação. Então posso desligar meu
GPS. Este é o lugar que buscava, para onde fui encaminhado. O lugar é seguro?
Tem certeza que nenhum invasor vai me perseguir?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Em pouco tempo Melià se sentiu em casa. No horizonte
do céu vislumbrou uma animada Aty Guasu. Não tinha mais dúvida. Estava em casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Sequer esperou a festa dos 86 anos que os jesuítas
havia preparado. Na véspera sentiu que era hora de partir. Bem faceiro, iniciou
a derradeira viagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; line-height: 115%;">Melià e Vicente Cañas: o reencontro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 15.0pt; line-height: 115%;">Melià foi um guerreiro de muitas trincheiras. Teve uma
experiência profunda e desafiadora. Uma delas foi com os Enauenê Nawê. Quando
do assassinato de Vicente Cañas, em abril de 1987, Melià fez um emocionado
depoimento:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Conheci o Vicente aqui, em Cuiabá, em 1977.
Notei que se tratava de alguém fora do comum, por isso levem para casa o
retrato do Vicente, coloquem num lugar de honra, ele realmente é um santo, um
mártir, acreditem nele. Com ele aprendi muito mais do que nos livros, nas
escolas. E teimo em afirmar que de todos os missionários que temos hoje no
Brasil ele foi o que mais longe caminhou no sentido de se tornar índio com os
índios. Esse martírio é o testemunho de sua vida”</span></i><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 3.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "Cambria",serif; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">[Depoimento de B. Melià na celebração da “Missa do Sétimo
Dia”, Cuiabá, 24 de maio 1987]<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 13.0pt; line-height: 200%;">Bartomeu
Melià SJ<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Irmão Vicente está
morto. De morte matada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Morte de Vicente coroa a
sua vida, que neste caso não tem nada de frase feita. Sua morte de martírio
apenas cela o martírio de sua vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Durante quatro ano, de
1978 a 1981, fui seu companheiro de missão na aldeia. Convivíamos com os
índios, e para evitar intromissões na rotina indígena, evitávamos manter
conversações separadamente nós a sós. No barraco já era diferente. Eram, às
vezes, longos dias de espera, curando-nos de uma gripe que não podíamos levar
aos índios e contagiá-los, ou simplesmente de descanso aproveitando o tempo
para ler, escrever cartas, meditar e conversar. E às vezes até comentar os
sonhos que havíamos sonhado naquela noite, sonhos muitas vezes semelhantes.
Suas palavras, seus gestos, suas atitudes são hoje para mim um entranhável
memorial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A participação nesses
rituais, de estrutura bastante complicada e muito variadas, segundo as épocas
do ano, era o aspecto da vida indígena que mais registrara em seus cadernos de
anotações quase diárias. Participava da religião indígena, como procurei fazer
eu mesmo junto com ele, com um respeito total, sem segundas intenções, crendo e
confiando que essa religião já era o sacramento da vida de Deus nesse povo, até
que se dariam as condições de uma evangelização cristã explícita. Nesta
religião tínhamos uma experiência de fé sincera e profunda, sobretudo quando
víamos também que a vida ritual não estava separada da comunhão, na comida e na
bebida, que não excluía ninguém e que fartava a todos por igual. Nos últimos
dez anos, Vicente viveu assimilado aos Enawenê Nawê, que na realidade o tinham
como um deles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Creio conhecer um tanto
as experiências missionárias no Brasil e em outros países da América Latina.
Pois bem, posso dizer sem exagero algum, que não conheço ninguém que foi tão
longe como o Vicente no caminho da enculturação. A vida dos Enawenê Nawê se fez
corpo nele, para o que o ajudavam suas grandes capacidades físicas e morais,
porém também uma opção espiritual realmente profética.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5vHdc1eGZ-oSQIzbp8VtDhrH2ufiXbrn26WHEb2fzCH_km2wQepw_PHCwKIEDhv2nWrIr0ryeyHeTQ21J_z5vKmgWOSR4MulbIM4L3xlv_Zx_COiwWka7C3FV_Fa8Z2YvbPu3KOqQXhQ/s1600/canhas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="332" data-original-width="481" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5vHdc1eGZ-oSQIzbp8VtDhrH2ufiXbrn26WHEb2fzCH_km2wQepw_PHCwKIEDhv2nWrIr0ryeyHeTQ21J_z5vKmgWOSR4MulbIM4L3xlv_Zx_COiwWka7C3FV_Fa8Z2YvbPu3KOqQXhQ/s400/canhas.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Irmão era um homem fora do comum. Homem de fronteira que tem que tomar decisões
firmes e arriscadas. Vicente nunca deixou de ser um homem livre e autêntico.
Radical, porém, não extremo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É claro que o assassinato
do Irmão Vicente tem uma intenção bem definida: quem matou ou mandou matar o
Vicente, faria desaparecer, se pudesse, toda a tribo dos Enawenê Nawê para
apossar-se de suas terras e as madeiras nobres que nelas tem crescido durante
séculos. [...] Não faltará quem diga que era necessário que um homem morresse
para que ali entrem “civilização e progresso”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não é cômodo haver tido
por companheiro de vida e de vocação um mártir, e um mártir como Vicente. É uma
‘memória’ que queima por dentro e que exige muito. É uma graça de Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Melià e o Cimi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na definição das linhas
de atuação do Cimi, a entidade pôde contar com a preciosa colaboração de vários
jesuítas da América latina, dentre eles Bartomeu Melià. Além disso, ele teve
importante contribuição com a luta dos Kaingang, do Rio Grande do Sul. Também são
muito importantes as suas reflexões sobre educação indígena Ele teve contribuição
com a causa indígena em vários espaços, especialmente em universidades e
espaços acadêmicos. Sua contribuição foi fundamental na elaboração dos dois
mapas recentes Nhande Guarani e em 2016 o Guarani Continental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ele era um guerreiro
apaixonado pelo Povo Guarani que é o povo de maior territorialidade na América
do Sul. Olhando parra essa grande extensão de territorialidade, em certo
momento assim se expressou: “Esse povo Guarani é tão extraordinário que se não
existisse teria que ser inventado” </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">[Curitiba, <st1:date day="04" ls="trans" month="06" w:st="on" year="1987">04.06.1987</st1:date>].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Secretariado Nacional do Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília, 12 de janeiro de 2020<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-15765389143685036602020-01-11T08:34:00.001-08:002020-01-11T08:34:22.022-08:00Indígenas do Tocantins dizem não à ditadura<br />
Uma delegação de mais de 40 lideranças dos povos Krahô e Xerente
estiveram no mês de dezembro em Brasília fazendo graves denúncias junto a
várias instituições e órgãos do governo.<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzp-BmTuHNiisLWsRjPRaBUMEVeFhiOTpvtt6ReuB9V8zx9RKitt8NMe9UQb6UfFX0S4Hqb3ZfpeSfIgCQE0b7B6cW3AQfVPEtc0dheT7URowNpcL2cvOF_B5iGFkYi2TIydl2JFrX258/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzp-BmTuHNiisLWsRjPRaBUMEVeFhiOTpvtt6ReuB9V8zx9RKitt8NMe9UQb6UfFX0S4Hqb3ZfpeSfIgCQE0b7B6cW3AQfVPEtc0dheT7URowNpcL2cvOF_B5iGFkYi2TIydl2JFrX258/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A questão mais grave se refere às constantes invasões de
seus territórios e saques dos recursos naturais.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Outra questão denunciada a vários órgãos e opinião pública, é
a tentativa de repetição da famigerada Guarda Rural indígena, implantada
durante a ditadura militar, num processo de militarização que esperávamos estar
definitivamente enterrado. Em documento, manifestam sua indignação e repulsa a
essa à insana tentativa de militarização da questão indígena.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Durante a ditadura Militar, indígenas Krahô foram
arrancados com violência do seu território para o presídio Krenak, em Minas
Gerais, onde receberam treinamento militar e aulas de tortura. Ao retornarem ao
território, praticaram diversas agressões aos seus parentes, e um assassinato
envolvendo Guardas Rurais na aldeia Cachoeira. E isso já foi testado uma vez e
não deu certo. Por isso não queremos que retorne. Reafirmamos a nossa autonomia
e exigimos o respeito à nossa organização social. Nós lideranças indígenas
continuaremos na luta em defesa do nosso território, das nossas águas e de
nossas vidas e não queremos a criação de uma milícia indígena”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX6_dGx5WM4Lo8Im5d4HceLYX97FjteeeEBvLzMm4pe582Y2aysvyF-tFB-BNbYb5KWyBEhOhm_fBM-VVayN2tarC9aX2E7aE8zNHtsUb8Hb7iNUs6liVtxe0nGWYCpImPis7zzsNI9Pc/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX6_dGx5WM4Lo8Im5d4HceLYX97FjteeeEBvLzMm4pe582Y2aysvyF-tFB-BNbYb5KWyBEhOhm_fBM-VVayN2tarC9aX2E7aE8zNHtsUb8Hb7iNUs6liVtxe0nGWYCpImPis7zzsNI9Pc/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em audiência organizada pela deputada Joênia Wapixana e a
Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, Erika Kokay denunciou uma vez
mais o etnocídio em curso onde o presidente da república tem acusado os povos
indígenas, como inimigos da nação, estimulando com semelhante afirmação ainda
mais violência contra os povos originários.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
As lideranças estiveram em gabinetes de deputados
denunciando as inúmeras violências a que estão submetidos e ao saque e invasões
de seus territórios. Além disso, estão submetidos a constantes pulverizações
aéreas de agrotóxicos sobre suas comunidades. “Exigimos respeito aos nossos
povos e à mãe terra. Não queremos que a Constituição continue sendo rasgada e
os nossos direitos violados. Dizemos não ao projeto MATOPIBA e suas ações de
destruição. Não aceitaremos nossas águas e terras sendo envenenadas e destruídas.
Não queremos a invasão de nossos territórios sendo invadidos e arrendados. Queremos
viver em paz em nossos territórios, lá nós somos felizes. Somos contra a tese
do Marco Temporal, pois essa tese afronta nossos direitos originários”. Esse
clamor foi levado aos gabinetes de todos os ministros do Supremo Tribunal
Federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRpbWAN1uNutMPceKxAiqxmQgasU4zUFcnoMbDeg7xXzegKPxoCHJzjoA07cicFCISCINn_kxAN38zzDG9Sr0civqV8V2K5JX8YLbdW5-gdoB9jXdUXdNyquAkW28h92b51_cNan-k1Wg/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="693" data-original-width="1300" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRpbWAN1uNutMPceKxAiqxmQgasU4zUFcnoMbDeg7xXzegKPxoCHJzjoA07cicFCISCINn_kxAN38zzDG9Sr0civqV8V2K5JX8YLbdW5-gdoB9jXdUXdNyquAkW28h92b51_cNan-k1Wg/s400/3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na Funai entregaram um manifesto: “nossos direitos estão
sendo ameaçados. Esse governo está retrocedendo nossos direitos originários.
Queremos repudiar as últimas medidas da Funai contra os nossos direitos que
estão garantidos na Constituição de 1988. A retirada da Funai das terras que
ainda estão em processo de demarcação, é uma afronta ao nosso direito. Haverá o
aumento de violência nos territórios. Quem será responsabilizado pelas
possíveis mortes que haverá do nosso povo? Exigimos que a Funai reveja esse
procedimento imediatamente. Nossos territórios do povo Xerente e Krahô estão
sofrendo com desmatamento, venda ilegal de madeira, tráfico de animais,
contaminação de agrotóxico, secagem dos rios. Exigimos providências para a
fiscalização pela Secretaria de Segurança”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília final do ano de 2019<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fotos Laila<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-6385115666139289922019-08-13T12:32:00.001-07:002019-08-13T12:32:25.692-07:00<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Mineração em terras indígenas:
genocídio anunciado<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Não estamos realizando uma audiência pública, mas um ato
contra a mineração em terras indígenas”, ressaltou a deputada indígena Joênia
Wapichana, de Roraima, ao dar início à manifestação pública e política na
sessão por ela coordenada. Seguiram-se mais de duas horas de manifestações
contundentes contra a anunciada mineração em terras indígenas. Nestes dias, o
presidente Jair Bolsonaro anunciou a sua decisão de abrir as terras indígenas à
mineração. A decisão em si revela a intenção genocida, em atitude entreguista e
autoritária e criminosa. As manifestações das lideranças indígenas de todo o
país denunciaram com veemência, a manifesta intenção do atual presidente do
país de abrir as terras indígenas à ganância frenética das mineradoras
nacionais e multinacionais. A fúria do grande capital já está rugindo nas
portas das terras indígenas. Conhecemos muito bem o desastre que tal atitude
representa. Basta lembrar os séculos de extermínio dos povos originários,
perpetrando em nosso continente, o maior genocídio da humanidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Estimando-se 70 milhões de mortos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não precisamos ir tão longe. É só lembrar os aproximadamente
1.500 Yanomami que morreram vítimas da massiva invasão de mais de 40 mil
garimpeiros em seu território, no início da década de 1980. No território desse
povo houve também, em 1993, o massacre de Haximu quando mais de uma dezena de
Yanomami foram assassinados pelos garimpeiros. Poderíamos citar inúmeros casos
de indígenas que morreram em decorrência dos processos de mineração e
garimpagem em seus territórios, especialmente na Amazônia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não à mineração em terras indígenas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
As manifestações unânimes contra a mineração em territórios
indígenas ecoaram nos espações do Congresso como um alerta de vida contra os
anunciados projetos de morte do atual governo.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Atitudes semelhantes já foram tomadas no início deste século quando os
povos indígenas se reuniram em grandes assembleias nacionais e durante as
discussões de propostas de Estatuto dos Povos Indígenas, fizeram chegar ao país
e ao mundo sua posição radicalmente contrária contra qualquer tipo de
exploração mineral em suas terras.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os fortes interesses do capital nacional e internacional
nunca abdicaram de suas intenções de rasgar o ventre da terra para se apossar
impunemente das riquezas minerais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No final dos governos da ditadura militar, em 1983, houve a
tentativa do presidente Figueiredo de abertura das áreas indígenas à mineração,
através do decreto de nº 88.985, assinado pelo presidente da República e pelos ministros
Cesar Cals, de Minas e Energia, e Mario Andreazza, do Interior. O desastre que
tal medida acarretaria, em termos ecológicos e principalmente em termos da
sobrevivência física e cultural dos povos indígenas foi prontamente denunciado
por entidades civis e pelo movimento indígena (A questão da mineração em terra
indígena – Cadernos da Comissão Pró Índio/SP 1984), em âmbito nacional e
internacional. Abaixo-assinados organizados no país e fora dele foram enviados
ao presidente da República. O decreto não foi assinado, mas este não foi
regulamentado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mineradoras e seus testas de ferro jogaram pesado e sujo no
processo constituinte (1986-1988), atacaram o Cimi covardemente com mentiras e
falsificação de documentos. Porém, não conseguiram fazer passar seus interesses
escusos.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E agora voltam covardemente com as mesmas pretensões:
saquear os minérios existentes nas terras indígenas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Secretariado Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasilia, agosto 2019<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-5245884662981394072019-04-15T13:23:00.001-07:002019-04-15T13:23:08.351-07:00Índios do Maranhão em Brasília<br />
<b>Queremos nossa terra e nossos direitos</b><br />
Nesta Semana Foram representantes do povo Apanjekra da Terra Indígena Porquinhos localizada nos município de Fernando Falcão. Também integraram a delegação indígenas do povo Memortumre Canela da aldeia Escalvado, município Fernando Falcão, Maranhão.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-LaPjlSi5rZQqtTbwnXxoa2Jc3Icx-54gGj5wRa12GTbUgUvlBJsLDngenkyizOPIX9k-7c7d2OvuTPYIAWV33jRrTj9rWx_K_FGdR7ZedK9OUSsWto3axBziA0A9_UBNI1wHwlX2Oo8/s1600/1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1397" data-original-width="1600" height="348" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-LaPjlSi5rZQqtTbwnXxoa2Jc3Icx-54gGj5wRa12GTbUgUvlBJsLDngenkyizOPIX9k-7c7d2OvuTPYIAWV33jRrTj9rWx_K_FGdR7ZedK9OUSsWto3axBziA0A9_UBNI1wHwlX2Oo8/s400/1.png" width="400" /></a></div>
<br />
As principais demandas tem sido a regularização de seu territórios.<br />
A Terra Indígena de Porquinhos obteve portaria declaratória em 2009 assinado pelo Ministro da Justiça Taso . Portaria essa posteriormente anulada.<br />
“No entanto, deixamos claro, que nosso povo não vai parar de lutar por nosso território. Nosso sangue foi derramado naquele chão, que para nós é sagrado, pelo f. estamos disposto dar a nossa vida por nosso território de nossos avós terem vivido livres em nosso território, se preciso for. Não temos medo de morrer para garantir o Bem Viver para o nosso povo e nossa futura geração.” (em documento entregue nos gabinetes dos Ministros do Supremo Tribunal Federal)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYU9pVyukzynlW3TrX09yXZ-bJRV75v1gaY75YnIVtqSx-LDxVnRRHRxj0wpwsUrCWC9Y561RjaFTBUBSgQUCEvVepwsciQE2h9rcjLBwxdckrvNRP9f3YQ8rB_PltYRkRz91FZYq_P4E/s1600/2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYU9pVyukzynlW3TrX09yXZ-bJRV75v1gaY75YnIVtqSx-LDxVnRRHRxj0wpwsUrCWC9Y561RjaFTBUBSgQUCEvVepwsciQE2h9rcjLBwxdckrvNRP9f3YQ8rB_PltYRkRz91FZYq_P4E/s400/2.png" width="400" /></a></div>
<br />
No final do documento fazem um dramático apelo aos Ministros do STF “portanto Senhores e Senhoras Ministros ouçam a voz do vosso coração, sintam o calor da mãe terra penetrando em seu corpo através de vossos pés. Deixem ser tocados pela mãe natureza que clama para ser preservada”.<br />
As lideranças do povo Memurtum re denunciaram a construção de uma estrada que atravessa seu território causando muitas violências, conflitos e mortes r doenças. Além disso a estrada está propiciando desastres e crimes ambientais. No documento de denúncia elencam ainda a retirada de minérios. Acusam com responsável pela construção da estradas o prefeito Adailtom do município de Fernando Falcão. Entre outros crimes destacam a violação dos direitos dos povos e comunidades indígenas que não foram consultados sobre a construção da estrada, causado genocídio indígena além da morte de dois indígenas José Caipar Canela e Jairo Cohruw Canela.<br />
<br />
<b>Auditórios blindados e aldeias abertas</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOw_9OO7_c2Y4o2oQcLP3nfHdoa8RuVZJpjouxlZKWpnSq9-LpaDghfzKYFbEbKfuX8j3d_v8VBAIDR2ua21lwKxKS-2le2JOHayCcfV-m56lpY5HxZhrZXFIJQw1Q951aN_8x6YRn8ZU/s1600/3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1133" data-original-width="1600" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOw_9OO7_c2Y4o2oQcLP3nfHdoa8RuVZJpjouxlZKWpnSq9-LpaDghfzKYFbEbKfuX8j3d_v8VBAIDR2ua21lwKxKS-2le2JOHayCcfV-m56lpY5HxZhrZXFIJQw1Q951aN_8x6YRn8ZU/s400/3.png" width="400" /></a></div>
<br />
Os indígenas conseguiram ultrapassara primeira barreira, mas encontraram um Congresso com portas dos auditórios intransponíveis, sendo obrigatório uma senha para ter acesso aos espaços onde os indígenas queriam participar. Uma inovação, uma espécie de blindagem da democracia. No corredor, em frente das portas dos auditórios restou aos índio sentarem no chão dos corredores. Será que eles tem medo de nos?<br />
Uma das lideranças achou muito estranho não poderem entrar, ficando de pé ou sentados no corredor. “Na aldeia não acontece isso não. Nós recebemos bem todos os que vem a nossas casas e aldeias. E perguntou: será que eles tem alguma coisa que querem esconder?<br />
Muitos indígenas era a primeira vez que saíram da aldeia para cidade grande. Tiveram medo em enfrentar as esteiras rolantes e elevadores.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRQgcfFIPeZzMAhdBFfKdQCBVqyppN6nvmQIiuSljArb61JE5SGT-4HTDx0vdIRPAQ9gD6lH612Sg4a_8EYw9i5Qfin0GmaiUC9GBm7y659aPrNtXeaf9LAxuzDum6cmdMPXYXQp76xPI/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="866" data-original-width="1299" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRQgcfFIPeZzMAhdBFfKdQCBVqyppN6nvmQIiuSljArb61JE5SGT-4HTDx0vdIRPAQ9gD6lH612Sg4a_8EYw9i5Qfin0GmaiUC9GBm7y659aPrNtXeaf9LAxuzDum6cmdMPXYXQp76xPI/s400/5.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<b>Saudade da Constituinte – 30 anos depois</b><br />
Acompanhei um grupo que foi visitar os gabinetes dos deputados. Em geral os indígenas foram recebidos com muita simpatia e promessas de apoiar os projetos alguns gabinetes abriram seu pequeno espaço para receber toda a delegação, tirar fotos e manifestações de respeito e carinho.<br />
Porém não se poderia imaginar que depois de três décadas A Carta Magna se encontrasse tão desrespeitadas e sob forte pressão de retrocesso e descumprimento Os direitos indígenas em grande parte, mormente com relação à demarcação e garantia dos territórios, ainda não foi cumprida. Sequer o Estatuto dos Povos Indígenas foi aprovado, contribuindo para a situação caótica e avanço de setores anti-indígenas.<br />
Valeu. A luta continua. Na avaliação durante essa semana em terra estranha viram e ouviram muitas coisas. Agora podem lutar melhor porque conhecem quem são seus amigos e seus inimigos Quem quer tomar as terras. Olhamos nos olhos deles. Eles não podem mais dizer que nós não existimos<br />
Agora não temos mais medo. Fomos massacrados, mas agora estamos conhecendo, até o governo é contra nós.<br />
<br />
<br />
Egon Heck<br />
Cimi Secretariado<br />
Brasilia, 12 de abril de 2019<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-73884625248888390472019-04-10T03:16:00.000-07:002019-04-10T03:16:01.138-07:00Governo Bolsonaro: cem dias contra os povos indígenas<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPbz8dFVVUsO2pRuKNTqy_EYSt-86SE7ShPWcZwgZ2QH231A9KgaoDboC8oVuIu8wfIXVrdywnBfwGyMPWR3w43OT_8leVH9ESjg_CeSrhFAcc8qARgWfzU1ug09ELbBUlVIrQnKZyt3Q/s1600/1111.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPbz8dFVVUsO2pRuKNTqy_EYSt-86SE7ShPWcZwgZ2QH231A9KgaoDboC8oVuIu8wfIXVrdywnBfwGyMPWR3w43OT_8leVH9ESjg_CeSrhFAcc8qARgWfzU1ug09ELbBUlVIrQnKZyt3Q/s400/1111.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Mais um lamentável recorde
do atual governo Bolsonaro, na definição cruel de uma política indigenista do
atual governo. Desde o primeiro dia de governo cumpriu o que havia prometido aos
ruralistas e a outros interesses anti-indígenas “Não irei demarcar um
centímetro de terra para os índios”. E para que essa promessa inconstitucional
se tornasse realidade, seriam necessárias criar as condições objetivas para que
se transformasse numa política de governo e não apenas uma promessa de um
candidato em campanha. Daí a razão da Medida Provisória 870, com a qual o que
restava da Funai foi esquartejada em vários ministérios e setores anti-indígenas.
Foi um golpe mortal. Ou melhor pretendia abrir o caminho para o que as
ditaduras militares e civis não conseguiram nesses cinco séculos: exterminar os
povos indígenas. No início da ditadura militar, em 1964, os índios eram
estimados em tono de cem mil sobreviventes, em menos de cinco milhões de
hectares. Mas hoje são em torno de um milhão.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nenhum governo dos últimos 50 anos foi tão contumaz e afoito
contra os índios, em seus primeiros 100 dias de governo. Se de um lado, Bolsonaro
foi tão longe em suas ações e promessas anti-indígenas, de outro, os inimigos
dos povos indígenas parecem ter entendido tais ações como sinal verde para
cometer todo tipo de violências, especialmente a invasão de terras indígenas já
demarcadas para implantação de loteamentos e exploração madeireira. Com o total
esfacelamento da Funai, está aberto o caminho para o pretendido extermínio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
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<div class="MsoNormal">
Outra afirmação, inúmeras veze repetida pelos governos ditatoriais
militares, é a de que os índios não são objetos de museu, mas querem ser como
os demais brasileiros. Essa é a expressão na qual está embutido o desejo de um
Brasil sem índios. Ou seja, os índios seriam “emancipados”, via decreto
presidencial. Com isso, seus territórios seriam liberados para exploração do
agronegócio, agricultura e pecuária especialmente. Esse foi o grande projeto do
ministro do Interior, General Rangel Reis, em 1975. Os povos indígenas pareciam
ter enterrado a proposta de Rangel Reis e seus aliados. Porém, mais de 40 amos
depois, a proposta de “integrar” os índios à sociedade volta a ser proposta,
dessa vez dentro dos 100 dias do governo Bolsonaro.</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ameaças permanentes de retrocesso</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1V9FUS4eDEdGTbfC0aTy2AMGcr6dFmwsC_nfYIR2x2v-nPv4DZkvGyUBD3POefKcN2NPm6L_1mswfDstIsihyunHCgdG6MSdToGfBf6D6IqxmwGpSnvzNbMixFFNI5CofMeGsE5q9Os/s1600/2222.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="866" data-original-width="1299" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1V9FUS4eDEdGTbfC0aTy2AMGcr6dFmwsC_nfYIR2x2v-nPv4DZkvGyUBD3POefKcN2NPm6L_1mswfDstIsihyunHCgdG6MSdToGfBf6D6IqxmwGpSnvzNbMixFFNI5CofMeGsE5q9Os/s400/2222.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Antes mesmo de esquentar a cadeira de presidente, assinou,
ainda no primeiro dia de seu mandato, a Medida Provisória 870, na qual atingiu
o coração da política indigenista do Estado brasileiro. Estraçalhou a já
moribunda Funai. Pedaços do órgão foram parar no colo dos ruralistas, como a
responsabilidade pela regularização das terras indígenas. No campo da saúde, o
governo Bolsonaro não tardou em propor a extinção da Secretaria Especial de Saúde
Indígena, entregando o atendimento às prefeituras, e destruindo o modelo conquistado
a duras penas através de inúmeros encontros e debates desde a aldeia até os
seis encontros nacionais, através do subsistema da saúde indígena, assumidos
nas seis conferências nacionais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O mesmo processo acontece com relação à educação escolar
indígena. Os professores indígenas, juntamente com suas comunidades, estão
construindo com muita luta e determinação, um caminho de descolonização do
sistema escolar implantado pelo projeto colonial. O agora ex-ministro, Vélez
Rodriguez, demitido esta semana, vinha destruindo as bases que a duras penas
foram sendo construídas pelos povos indígenas nas últimas décadas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Permanente mobilização e luta do
movimento indígena<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
Quando se conversa com os povos indígenas sobre os êxitos no
enfrentamento com as forças e interesses que buscam exterminá-los, a resposta
se reporta sempre aos aprendizados de cinco séculos de resistência. E essa
resistência tem sido alcançada graças à profunda espiritualidade e a sua
relação harmoniosa com a natureza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O movimento indígena emergido na década de 197, teve como
fundamentais e fundantes os processos das Assembleias Indígenas regionais e
nacionais, iniciadas em abril de 1974. Em seguida, sustentaram o enfrentamento ao
projeto de “emancipação”, que visava disponibilizar as terras indígenas ao
capital expansivo do latifúndio. No bojo dessas lutas, o movimento indígena
teve o surgimento de um importante movimento de apoio à causa indígena. Até
hoje, várias dessas entidades continuam como adiados dessas causas, dentre elas
o Cimi, o CTI, a CPI.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Outro momento fundamental das lutas do movimento indígena,
foi o processo Constituinte. Dele se estaca o enfrentamento da mineração ávida
para se expandir sobre os territórios indígenas. Um fato relevante desse
período foi a tentativa de impedir a aprovação dos direitos indígenas na
Constituição. Foi então criada a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito,
quando toda a trama mentirosa das mineradoras foi derrubada. Logo em seguida,
em outubro de 1988, foram aprovados os direitos dos povos indígenas na nova
Constituição. Apesar da intensa mobilização para conseguirem essa conquista, a
luta continua até hoje. O Estatuto dos Povos Indígenas ainda não foi aprovado e
está em curso um movimento nos três poderes no sentido e modificar e excluir
direitos indígenas. Outro marco importante foi a Marcha e Conferência Indígena,
Negra e Popular, realizada por ocasião das “comemorações dos 500 anos” do
início da invasão dos territórios indígenas. Já no século 21 destacamos, a
importante participação dos povos indígenas na Brasil nos três fóruns sociais
mundiais, realizados em Porto Alegre, RS (2001, 2002 e 2003). Na sequencia, em
2004 se iniciou a realização dos Acampamentos Terra Livre, que são até agora os
espaços políticos de denúncia e unificação de lutas dos povos indígenas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Desde 2005, o movimento indígena continua levando adiante
suas lutas através de suas próprias iniciativas, em nível dos povos e regiões,
articulados em termos nacionais pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas do
Brasil).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As mobilizações são permanentes, para evitar qualquer
retrocesso e exigir que sejam cumpridas a Constituição e a legislação
internacional, relativas aos povos originários no mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O mês de abril, é um dos momentos fortes de tomada de
consciência da importância dos povos indígenas para toda a sociedade, de socialização
e denúncia das violências a que continuam submetidos esses povos, bem como os
povos tradicionais. É o momento de ampliar as alianças e avançar na luta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar da atual política indigenista sinalizar para o recrudescimento
dos conflitos e violências, o movimento indígena tem acumulado bastante
sabedoria para vencer estas novas batalhas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fotos – Laila-Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília, abril 2019.<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-36922619515329264532019-04-03T07:06:00.001-07:002019-04-03T07:06:35.866-07:00Sobrevivência humana depende das comunidades indígenas<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os líderes religiosos (nhanderu e nhandeci) veem com muita
preocupação e apreensão o momento que estamos vivendo, o perigoso caminhar da
humanidade. Na visão desses líderes, os indícios são de que o mundo vai acabar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtNyb4_ezriOOStBa0u9H7EHKvlO-ytw-W2i3ZLEL4-ErI8Oexav2vFhJQKDdwd8GTb8fhY3HD1g03UhuauXZ0v9BK24XGFq-VKFnR8oZqRFxV8AAZkL41Shl4iNKgWr6ICFJXQtcXHsk/s1600/DSC07044-001.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1451" data-original-width="1600" height="362" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtNyb4_ezriOOStBa0u9H7EHKvlO-ytw-W2i3ZLEL4-ErI8Oexav2vFhJQKDdwd8GTb8fhY3HD1g03UhuauXZ0v9BK24XGFq-VKFnR8oZqRFxV8AAZkL41Shl4iNKgWr6ICFJXQtcXHsk/s400/DSC07044-001.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto um grupo de lideranças dos povos de Mato Grosso do
Sul (Kaiowá Guarani, Terena e Kinikinau), participava de audiência no
Ministério Público Federal, o Nhanderu Olimpio, sua esposa e mais um rezador,
faziam seus rituais, pedindo proteção e forças para que os líderes dos povos
originários sejam iluminados e sábios na luta dos direitos de seus povos. Com o
semblante preocupado, prenunciou: “O mundo vai acabar. Os nhanderu que
sustentam o mundo estão acabando”. E prosseguiu em suas preocupações quanto ao
destino do mundo: “Os jovens estão perdendo a cultura”. Apesar dessa trágica
ameaça que pesa sobre o desequilíbrio em que a terra está ameaçada em cair,
apesar de tudo isso, “estamos, nós índios em luta por nossa terra”. “O nosso Pai
do céu deu a terra para os índios. Por isso estamos lutando por nossa terra”. Lembrou
ainda da abundância que tinham em suas terras, com muita mata, água boa, muita
comida. “E agora acabou tudo. Tudo acabado. Mato não tem mais. Onde tem mato
tem chuva”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Coincidência ou não, um estudo recente que envolveu
pesquisadores de 15 países, mostra que as práticas dessas comunidades com o
manejo dos polinizadores são fundamentais para o meio ambiente e para o
bem-estar do homem em nosso planeta (<a href="https://cartacampinas.com.br/2019/04/sobrevivencia-humana-depente-das-comunidades-indigenas-alertam-cientistas-de-15-paises/"><span style="color: windowtext;">ver mais</span></a>). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Espaço de resistência e violência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
A visita à Comissão de Direitos Humanos, da Câmara dos
Deputados, foi um dos momentos fortes. O presidente da Comissão, deputado Helder
Salomão, foi muito receptivo ouvindo atentamente as denúncias da situação de
barbárie contra os povos indígenas. Frisou que nesse momento inicial, sua
gestão ouvirá a sociedade e seus clamores, visando fazer o enfrentamento às
violências da melhor forma possível. Informou que mesmo antes de ser indicado
para presidir a comissão, visitou os índios Tupiniquim e Guarani, localizados
no Espírito Santo. “Vivemos tempos sombrios. Esta comissão será um espaço de
resistência, de luta pelos direitos dos povos indígenas”.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUMsYXCdLqIM8VDjv7p_qHPm-BITQvBznTC9ldbAXC4Bntge5UaznZK3FoeEi2W8fFPr1JTQWO9qI9E4zHujcnvuZAeKSSyxf3UJofz6eBqROKV3hLT_fP68jXHNtF8xSwRQso7SYthso/s1600/DSC07004.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUMsYXCdLqIM8VDjv7p_qHPm-BITQvBznTC9ldbAXC4Bntge5UaznZK3FoeEi2W8fFPr1JTQWO9qI9E4zHujcnvuZAeKSSyxf3UJofz6eBqROKV3hLT_fP68jXHNtF8xSwRQso7SYthso/s400/DSC07004.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
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<div class="MsoNormal">
Eliseu Guarani-Kaiowá expressou com veemência as violências
a que estão submetidos no Mato Grosso do Sul. “Hoje estou aqui denunciando as ameaças
que nós lideranças estamos sofrendo. Estando hoje aqui e amanhã não estarmos
mais junto do nosso povo”. Para que o presidente e toda a Comissão de Direitos
Humanos tenham uma noção mais realista do que está se passando com os povos
indígenas no Mato Grosso do Sul, insistiram que fizessem uma visita à região.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Paulinho Terena afirmou que as lideranças de seu povo estão
sendo massacradas: “Elas precisam de segurança urgente. Somos contra o
arrendamento de nossas terras, contra a municipalização da saúde indígena.
Queremos a Sesai fortalecida”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Outra liderança Kaiowá Guarani, denunciou um descaso
gravíssimo sofrido por uma indígena num hospital da região: “Somos maltratados
e perseguidos. E nossa alma fica presa quando somos perseguidos. O genocídio
dos povos originários continua. Mas não estamos amedrontados”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por fim, outras lideranças que se manifestaram na audiência
na CDH pediram o fortalecimento da Funai para que esta possa cumprir a sua
obrigação que é “demarcar nossas terras”. Ao invés de esquartejar a Funai, como
fez o presidente da República no primeiro dia de seu mandato.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de mais uma semana de presença em Brasília, permanece
a firme decisão para que não haja retrocesso e perda de direitos. Retornaram a
suas aldeias depois de muita mobilização, reza e luta. Partiram com a firme convicção
de que os povos indígenas do Brasil vão avançar sem medo na luta por seus
direitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
fotos\lailaCimi</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Secretariado nacional do Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília, início de abril 2019.<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-36160222674699793982019-03-28T14:51:00.002-07:002019-03-28T14:51:54.532-07:00A beleza da vitória e a vitória da beleza e da diversidade <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2nTpjojUNg83BsD6tjjJezSOLyBtd9nMuUUFvHLEPQThqeANd6A-HeGTH_q0jnSC8ci-s8MaYz12JV-iP_LAwuG4ek19hjPgJv0tj-6Qq2nPGmfX20slpeZ7-nXOQ0Ud3JZmfbnxS1Co/s1600/IMG_4515.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2nTpjojUNg83BsD6tjjJezSOLyBtd9nMuUUFvHLEPQThqeANd6A-HeGTH_q0jnSC8ci-s8MaYz12JV-iP_LAwuG4ek19hjPgJv0tj-6Qq2nPGmfX20slpeZ7-nXOQ0Ud3JZmfbnxS1Co/s400/IMG_4515.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600"
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1028"
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No Superior Tribunal de Justiça, a delegação indígena Pataxó
foi recepcionada de maneira honrosa e respeitosa. Nenhuma restrição à maneira
tradicional de suas vestimentas ou qualquer coisa do gênero. Foram
recepcionados com dignidade na diversidade de suas maneiras de ser e viver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Viram e ouviram com atenção, as decisões sobre a ação em
julgamento. Momento gratificante para os guerreiros e lideranças que estavam
neste recinto, ouvirem os oito juízes proferirem seus votos favoráveis aos
direitos indígenas da terra indígena Pataxó, de Barra Velha-Monte Pascal, na
região de Porto Seguro, Bahia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
De alma lavada e direito territorial conquistado, a
delegação partilhou com sua gente, nas aldeias e seus aliados Brasil e mundo
afora, que, apesar de tudo, são possíveis a conquista por direitos e mudanças
profundas em nosso país. A vitória foi dos povos indígenas do Brasil. Um pouco
de oxigênio em meio a cenários tão sombrios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Direitos humanos: a difícil luta dos
povos originários, oprimidos e empobrecidos do nosso país<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_4" o:spid="_x0000_i1027"
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No dia de ontem, mais um momento forte da luta pelos
direitos dos povos indígenas no Brasil. Uma esperançosa união na luta pela
vida, pela justiça e pela paz. A nova gestão da Comissão dos Direitos Humanos
da Câmara dos Deputados, confirmou ser um espaço de resistência e de luta para
evitar retrocessos e avançar na consolidação dos direitos humanos, étnicos e
ambientais.<span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-no-proof: yes;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_2"
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</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-T5xgSKBba9cvvwvKuzQq_IHXgIYH_tXLLnwkbo_TkyUHVs3wc3VEOvLMyEZOde4aQRrb0bziCm1CxQ41CtyTF-SIhXldXbvUB-6G5hn6opbZP9y528xATemUhS1abVu-4z08Jn1_OuI/s1600/IMG_4490.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-T5xgSKBba9cvvwvKuzQq_IHXgIYH_tXLLnwkbo_TkyUHVs3wc3VEOvLMyEZOde4aQRrb0bziCm1CxQ41CtyTF-SIhXldXbvUB-6G5hn6opbZP9y528xATemUhS1abVu-4z08Jn1_OuI/s400/IMG_4490.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyRBkG72FXNsMqdiw_eJU0TMC3C2pUfeJOlgIFQ2JMyFFBL8E8rneZBUpuCYK1WL2yLs-KR7mZ5l13lShNMxn69o9gCg9di40sJGilfF76q66rD-7hfSmmrQidHvCK5fbW2tncS6oDjVU/s1600/IMG_4542.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyRBkG72FXNsMqdiw_eJU0TMC3C2pUfeJOlgIFQ2JMyFFBL8E8rneZBUpuCYK1WL2yLs-KR7mZ5l13lShNMxn69o9gCg9di40sJGilfF76q66rD-7hfSmmrQidHvCK5fbW2tncS6oDjVU/s400/IMG_4542.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhye3kE_-4UMTbNORs4JE9HBoDuAAor_-ZJqbIRymsJTgZrdf1WAwxQuDyClrKq9aI9R_bzaz8rYp9Xtzaefr0uhVVyr3ij2cTybUtyeeh-JhCBnfpTK99BLhJQ-z5LauudmE8PSLhTt-U/s1600/IMG_4413.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhye3kE_-4UMTbNORs4JE9HBoDuAAor_-ZJqbIRymsJTgZrdf1WAwxQuDyClrKq9aI9R_bzaz8rYp9Xtzaefr0uhVVyr3ij2cTybUtyeeh-JhCBnfpTK99BLhJQ-z5LauudmE8PSLhTt-U/s400/IMG_4413.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dezenas de parlamentares e inúmeras organizações e entidades,
manifestaram seu integral apoio e colaboração com a Comissão de Direitos
Humanos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sonia Guajajara, em nome da Articulação dos Povos Indígenas
do Brasil (APIB), denunciou as inúmeras iniciativas que estão sendo implantadas
visando extinguir direitos e acelerar o genocídio contra os povos indígenas.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjySgggn3qGyw6UX3IFfq99F2ASiZj3FJM-6Dmpm7uD2L1U6hmdXQaJDxsFKJthmrLkUrrMjDGcr5T0eM0dn9kGTM1xNVEdPkFBnYLnjriJmhWsWClnc-vmjXH3cGpeQoVEfPg31VNM1G0/s1600/IMG_4429.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjySgggn3qGyw6UX3IFfq99F2ASiZj3FJM-6Dmpm7uD2L1U6hmdXQaJDxsFKJthmrLkUrrMjDGcr5T0eM0dn9kGTM1xNVEdPkFBnYLnjriJmhWsWClnc-vmjXH3cGpeQoVEfPg31VNM1G0/s400/IMG_4429.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
O presidente da Comissão, deputado Helder Salomão, insistiu
na importância dos membros da comissão de ouvir a sociedade, e os clamores das
vítimas da violência e do ódio que está sendo apregoado pelo atual governo.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdD3kwkSOq2qCl35bu5hxpATs3mbGX53pHYfBXkGS75DN5BMbAd4rdBl5pVpEbpeONu23jRJTva_LeX6SQ0b7Cim4DZF3goUOaI7ajTwJE_z6Ob7MnTvuwIE9zSbOL7tKunX4B6-cPJb0/s1600/IMG_4428.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdD3kwkSOq2qCl35bu5hxpATs3mbGX53pHYfBXkGS75DN5BMbAd4rdBl5pVpEbpeONu23jRJTva_LeX6SQ0b7Cim4DZF3goUOaI7ajTwJE_z6Ob7MnTvuwIE9zSbOL7tKunX4B6-cPJb0/s400/IMG_4428.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Várias entidades e deputados, denunciaram veemente o anúncio
da comemoração</div>
<div class="MsoNormal">
do dia 31 de março, dia do golpe da ditadura militar. Isso
representa uma apologia da tortura, da violência, o ódio e o retrocesso.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje a delegação de mais de 100 indígenas está retornando
para suas aldeias no sul da Bahia. A luta continua, pois só a mobilização desde
as aldeias e comunidades poderá frear as tentativas de retrocesso de
desconstrução de direitos. Outras delegações virão e darão continuidade às
lutas contra a municipalização da saúde indígena, contra o esquartejamento da
Funai e a entrega da demarcação das terras indígenas aos inimigos dos povos
originários.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck – fotos Laila/Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Secretariado Nacional do Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília, 29 de março de 2019<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-27650273016874577012019-03-24T16:03:00.002-07:002019-03-24T16:03:26.486-07:00Mais um guerreiro na casa do Pai<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0VFuU0bjzC5ho2sEeejxVqe3_JNEkJu4vjAqqekrukLNLSYDcAjTglbj5DcaCQUN114mIXVtTmDUX3qTkUqzwsHAnrpfAC7G3-PVp0BgeoWlT0kTBZ0II2WYdXPqJRXONt1rkDdXWYrY/s1600/DSC05853.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0VFuU0bjzC5ho2sEeejxVqe3_JNEkJu4vjAqqekrukLNLSYDcAjTglbj5DcaCQUN114mIXVtTmDUX3qTkUqzwsHAnrpfAC7G3-PVp0BgeoWlT0kTBZ0II2WYdXPqJRXONt1rkDdXWYrY/s400/DSC05853.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Thomaz partiu silencioso em sua derradeira “missão calada”. Foi
mais de meio século de doação de uma vida a uma causa. Desde aquela Semana
Santa de 1967, de maneira especial com seu companheiro Egydio, acenderam a
chama de um novo indigenismo missionário, marcado por um compromisso radical e
coerente com a causa dos povos indígenas, com respeito à vida, cultura,
religião e autodeterminação desses povos.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Encarnação<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlAG1twt5WKfgvAqllGy3uT8b1ST80Uo8HQ5HOoPhPm1LWOgVp1pGMpKQGB7y0k2XxxtSEjfhKPOQzNNACJ93lzP7TSypnYp6sBOptlXJSa3WXEO9ez4aplJg5RSScvNL6IrKlH0MXpqM/s1600/DSC04404.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlAG1twt5WKfgvAqllGy3uT8b1ST80Uo8HQ5HOoPhPm1LWOgVp1pGMpKQGB7y0k2XxxtSEjfhKPOQzNNACJ93lzP7TSypnYp6sBOptlXJSa3WXEO9ez4aplJg5RSScvNL6IrKlH0MXpqM/s400/DSC04404.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Desde os primeiros contatos com os Kaingang e Guarani do Rio
Grande do Sul, na década de 1960, foi construindo, em meio a dores e alegrias,
dúvidas e certezas, um novo caminho missionário que veio a se concretizar na
criação do Cimi – Conselho Indigenista Missionário, do qual participou de
diversas formas, desde Conselheiro até vice-presidente e articulador da questão
das terras indígenas. Também foi designado pela Missão Anchieta como diretor do
internato de Utiarit, em Mato Grosso. Um processo lento, de dores e esperança,
de coragem profética, de ousadia e fé. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrf2_ZVArsbX0cGR46YTcAEKEzAZuivDLxK8HYlMKmuyD9wQvP6JumRXe_RhPiTySLGHgHOVMxfDqR0fYJtbBF-i52myniOCbn4cBrm99zisuIBbDNyx3MhcjfvI6qF6QldixfJdbD1sw/s1600/DSC05928.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrf2_ZVArsbX0cGR46YTcAEKEzAZuivDLxK8HYlMKmuyD9wQvP6JumRXe_RhPiTySLGHgHOVMxfDqR0fYJtbBF-i52myniOCbn4cBrm99zisuIBbDNyx3MhcjfvI6qF6QldixfJdbD1sw/s400/DSC05928.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b>Caminhos plurais e causa
comum</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
A Missão Anchieta, na Prelazia de Diamantino, foi uma terra
fértil para a afirmação de um novo indigenismo missionário de resistência e
conquista de importantes direitos dos povos indígenas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aí também temos a fundamental contribuição de Thomaz. Sua
sensibilidade aguçada, coragem e determinação, ele e Egydio tiveram a intuição
de ajudar os povos indígenas no Brasil de darem um passo decisivo na luta e
conquista de seus direitos, especialmente suas terras. Ao sentirem os povos originários
em nosso continente se unirem e mobilizarem para enfrentar a opressão do
sistema colonial, procuraram buscar um caminho solidariedade, apoio e
visibilidade às lutas dos povos indígenas em nosso país.</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb41xBxqGteKBpeMp_y6zZuPp3d1xnopRk35dFi5_FQFFOh0CVDbOOW7SbVpoaT4BzwCT-Qwfx6UGsNcs85gQmAY0qSA4m2owpUBeN6pbPBXqHrj3LSa4TpktK86EZqm-cYNy1cfXZvug/s1600/DSC05816.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb41xBxqGteKBpeMp_y6zZuPp3d1xnopRk35dFi5_FQFFOh0CVDbOOW7SbVpoaT4BzwCT-Qwfx6UGsNcs85gQmAY0qSA4m2owpUBeN6pbPBXqHrj3LSa4TpktK86EZqm-cYNy1cfXZvug/s400/DSC05816.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p>Foi então que ajudaram os povos, especialmente as assistidas
pelas missões católicas, num primeiro momento, a começarem a se visitar e
reunir em grandes assembleias para debaterem sua causa, seus problemas e
principalmente as formas de se apoiarem nas lutas por seus direitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Da aldeia ao Sínodo
da Amazônia<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Thomaz tornou-se semente de resistência, de novos caminhos
possíveis e necessários em nosso ardor missionário e testemunho profético. Tua
presença e partilha de vida com os Myky, é certamente um desses caminhos a
emergir com vigor no Sínodo da Amazônia que se realizará em outubro desse ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Thomaz! Pagaste um preço alto pela tua ousadia e
radicalidade, mas podes ter a certeza de que o sofrimento se transformará em
semente e a semente em muitos frutos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Abraço a meu melhor
amigo, companheiro de luta e caminho<o:p></o:p></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
No dia em que encontramos Vicente Kiwxi, você Jaúka, aos
prantos, bradaste por justiça: “Encontramos esse meu maior amigo... Chorei
comovido, e, pensando na figura desse meu amigo, que tombava ali, insepulto até
então, ignorado por todos, como ele foi durante muito tempo, por muita gente,
que não dava valor ao tipo de trabalho que ele levava, que era de total
respeito ao povo Enawenê Nawê” (Provocar rupturas, construir o reino, memória,
martírio e missão de Vicente Cañas, Egon Heck e Paulo Suess, ed. Loyola, 2017).</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como afirmaste há poucos dias, por ocasião dos 50 anos da
OPAN, teu batismo de fogo foi ajudar a sobrevivência dos Tapaiúna, que foram
quase totalmente massacrados pela irresponsabilidade do Estado brasileiro, e
que até hoje estão sem ter sua terra devolvida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Thomaz, os povos indígenas são imensamente gratos, pois
foste e continuas sendo um guerreiro dessa causa, agora junto a todos os que
deram suas vidas por essa causa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Secretariado Nacional do Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília, início de outono de 2019.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-40530029662626621682019-02-20T04:43:00.003-08:002019-02-20T04:43:36.475-08:00OPAN: meio século na luta pelos direitos indígenas<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_kOpj3jQe3SaWPY7AEWE-tTJb6hrp-d1WWMDJYYp1P9yGBzGKvyKH1WiAlSpYS-Jrntcx5jrQwGjQyb4qV2cp8RnJIYpQSDm5riERKVzEEiB4ajt31FYBNe_PKk7FjjvMsL7IDg3qL1k/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="504" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_kOpj3jQe3SaWPY7AEWE-tTJb6hrp-d1WWMDJYYp1P9yGBzGKvyKH1WiAlSpYS-Jrntcx5jrQwGjQyb4qV2cp8RnJIYpQSDm5riERKVzEEiB4ajt31FYBNe_PKk7FjjvMsL7IDg3qL1k/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dia de muito calor em Cuiabá, Mato Grosso.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dia especial.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Momento de comemorar o meio século de existência da Operação Anchieta,
posteriormente Operação Amazônia Nativa (desde 1987). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Além de ser a primeira entidade criada dentro
do processo de surgimento de um novo indigenismo, no final da década de 1960
ela teve a mesma raiz e inspiração do Cimi, que seria criado quatro anos
depois, por Egydio e Tomas, ambos jesuítas ligados à Missão Anchieta, em
Diamantino, MT.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Momento histórico. Os idealizadores da entidade expuseram o
contexto eclesial e social em que ousaram enfrentar conjunturas adversas para
abrir um novo caminho de compromisso missionário, a partir de um novo e radical
compromisso com os povos indígenas e as populações marginalizadas e oprimidas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essa rebelião que partiu do coração de cada um dos fundadores
da OPAN, estava em sintonia e alimentada pela fé transformadora e necessidade
de mudanças profundas. Como sentiam e vivenciavam essa realidade de dentro das
estruturas, percebiam a necessidade de partir para outros caminhos, que não das
missões tradicionais com estruturas de internatos. Os leigos seriam os que
neste momento poderiam fazer a diferença, pois não tinham sobre si o peso das
estruturas. Estariam mais leves e livres para um compromisso mais radical com
os povos indígenas que estavam submetidos a um intenso processo de extermínio.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvEkf6cWr3y-aSFOrkeaN-vxyqJCARHppphIe09s7USoutp5dUa7ZYU3Ld_XKaM47HCIFhaeOZfrwvh1tpk2p71XM6x3NoV4Qfuzoyf88MIbs_G1rsIiFB7ZlP6lidEAXBHGJTQIJtOwk/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="504" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvEkf6cWr3y-aSFOrkeaN-vxyqJCARHppphIe09s7USoutp5dUa7ZYU3Ld_XKaM47HCIFhaeOZfrwvh1tpk2p71XM6x3NoV4Qfuzoyf88MIbs_G1rsIiFB7ZlP6lidEAXBHGJTQIJtOwk/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No dia 6 de fevereiro, a OPAN inicia a comemoração dos 50
anos de existência com a presença dos idealizadores e fundadores Egydio e Tomás
e alguns dos primeiros voluntários que estavam atuando em projetos no norte do
Mato Grosso e na Prelazia de Guajará-Mirim, em Rondônia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os fundadores da entidade expuseram os caminhos que os
levaram a idealizar a entidade a partir da força e insatisfação presentes na
juventude, submetida ao regime ditatorial militar e de uma Igreja que estava
sendo impulsionada pelos ventos do Concílio Vaticano II, além de outros
momentos fortes em nível de América Latina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tomas Lisboa expôs a histórica caminhada que resultou no
desmonte a missão de Utiariti e o consequente deslocamento dos missionários
para as aldeias. Também relatou seu batismo de fogo ao conviver por alguns
meses com os Tapaiuna (beiços de pau), vítimas de mais uma ação criminosa do
governo, que articulou o contato com esse povo, desencadeando a drástica
redução de mais de 300 índios para uns 40 sobreviventes. E estes foram
transferidos para o Parque do Xingu, onde aguardam até hoje seu retorno ao território
original.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egydio Schwade contou as peripécias enfrentadas ao procurar,
em vários lugares do Brasil, voluntários que assumissem o desafio radical de
conviver com os povos indígenas nas aldeias, num processo de encarnação, desde
o aprender a língua do povo, até procurar ao máximo ser um deles. Foi nos
seminários que ele obteve maior adesão à sua proposta. Lembrou que a OPAN no
decorrer desse meio século de existência teve muitas mudanças e enfrentou
muitos desafios. Porém, foi sem dúvida uma caminhada com muita dignidade e
compromisso com os povos indígenas em nosso país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">OPAN e Cimi, uma
mesma raiz e caminhos diversos<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9syQboxYLebwO02dVgfSZy200ePB76Kkapue8YtbWON6JjMnXCW9fPmTXUjjqba1DQfmihmHMg3A6unRiJdXkK2yze7N7jRhYFq87KgqvRji2BJoyXlSJgPNLgBiLcQhbdbqVmacD0IU/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="504" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9syQboxYLebwO02dVgfSZy200ePB76Kkapue8YtbWON6JjMnXCW9fPmTXUjjqba1DQfmihmHMg3A6unRiJdXkK2yze7N7jRhYFq87KgqvRji2BJoyXlSJgPNLgBiLcQhbdbqVmacD0IU/s400/3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Houve uma sintonia e articulação muito intensa entre as duas
entidades. Tanto isso é verdade que em determinados momentos, membros da OPAN passaram
a trabalhar no Cimi e membros do Cimi eram também membros da OPAN. O primeiro
secretário geral do Cimi foi Egydio que na ocasião era coordenador da OPAN. Nos
dez primeiros anos, os missionários do Cimi faziam o curso de formação
indigenista na OPAN.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O importante de toda essa história é que a causa indígena
ganhou aliados de compromisso e confiança na luta por seus direitos e no
enfrentamento das lutas contra seus inimigos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Indígenas dão seu
recado<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
A primeira mesa foi de representantes dos povos indígenas. Estes
insistiram na importância de não apenas festejar, mas de aprofundar a aliança e
solidariedade entre os povos originários para enfrentar com sabedoria, união e
energia todas as adversidades que o atual governo pretende desencadear contra seus
direitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As lideranças indígenas foram unânimes na avaliação da
gravidade da situação com relação aos direitos dos povos indígenas. Esta
situação exige uma permanente vigilância e mobilização para que não prevaleça o
império da violência, da criminalização e retrocesso com relação aos direitos
conquistados. Igualmente importante foi considerada a formação de quadros, de
guerreiros, que façam o enfrentamento contra as forças adversas encasteladas no
atual governo, com um discurso anti-indígena orquestrado pelo atual presidente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUXmOsX0Lf4n8dfXitiQmvXkPXny1LcMc7v-kNCcx4EObNtQmjAqFov6q6D53xla6Ugw0N3yOpAyanlAkLG9CPfUp0_ClXEmK-eHt-ShaZ7PkHeZ1uDjWUjYMG1ro0PJX0_NfLKF1aHrA/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="504" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUXmOsX0Lf4n8dfXitiQmvXkPXny1LcMc7v-kNCcx4EObNtQmjAqFov6q6D53xla6Ugw0N3yOpAyanlAkLG9CPfUp0_ClXEmK-eHt-ShaZ7PkHeZ1uDjWUjYMG1ro0PJX0_NfLKF1aHrA/s400/4.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma história de lutas e conquistas, solidariedade e alianças
com os povos originários do Brasil.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na
abertura do evento Ivar, um dos históricos membros da entidade, fez referência
às inúmeras ações que foram desenvolvidos nesses 50 anos. pela vida e direitos
dos povos indígenas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como Opanista e em seguida como membro do Cimi pude
testemunhar e partilhar de inúmeras lutas, vitórias e derrotas dos povos
indígenas em nosso país e outras regiões do continente americano<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Egon Heck<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cimi Secretariado
Nacional<o:p></o:p></b></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-2048274469474266632018-09-19T13:46:00.004-07:002018-09-19T13:46:28.776-07:00Os Kaiowá Guarani e as rezas sobre os nomes dos inimigos<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
O Brasil e o mundo estarão unidos aos Nhanderu e Nhandesi
Kaiowá Guarani na luta pela vida e pela terra de Guyraroka e demais territórios
indígenas ainda por demarcar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih4AtbnG5tb4aX1CF91dj9JKAZrQ-1KvzltNBCa7M_IGviejTfe__fpMfpkxdIUulPKsEJrpVnLR7C9meowCPg2LwR2NPpGJwZNdJIbBjAwrQg00doO2qc2y_AHb_JNdUCR-oCdrB_xz0/s1600/_MG_2684.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih4AtbnG5tb4aX1CF91dj9JKAZrQ-1KvzltNBCa7M_IGviejTfe__fpMfpkxdIUulPKsEJrpVnLR7C9meowCPg2LwR2NPpGJwZNdJIbBjAwrQg00doO2qc2y_AHb_JNdUCR-oCdrB_xz0/s400/_MG_2684.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A enorme força espiritual dos Kaiowá Guarani se manifesta de
várias maneiras, desde as rezas fortes dos Nhanderu, para que o sol se apague
até as rezas que lhes permite penetrar no coração das pessoas para demovê-las
de ações que atinjam ou neguem os seus direitos de viver em seus tekoha,
territórios tradicional, originários, com paz os seus projetos de Bem Viver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os mais de 50 Kaiowá e Guarani que estiveram em Brasília
para lutar pelos seus direitos, fizeram um dos rituais de reza sobre o nome de
várias pessoas, especialmente as que estão fazendo e aprovando leis que vão
contra a Constituição do país, no que diz respeito<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aos direitos dos Povos Indígenas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Simultaneamente uma tarefa da Polícia Federal agia no Mato
Grosso do Sul. Prenderam o filho do governador Reinaldo Azambuja, PSDB, e o
deputado Zé Teixeira, DEM, que reivindica como sua a terra do tekoha Guyraroka.
Foram fazer companhia ao ex-governador André Pucinelli, que já está preso. Ele
tem insistentemente se manifestado contra o direito dos índios a seus
territórios. Dentre afirmações por ele feitas, uma diz que “é um crime dar um
palmo de terra aos índios que não produzem”. Nessa mesma direção foram recentes
declarações de Bolsonaro, que se eleito for, não demarcará um centímetro de
terra para os índios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikUrNs12bSUJQW1Qqe33ay4ybZbW7dT2zbYTiDu5a_v_z04rAEfzDisYVKUcSsHflGdNjXrNmK7WxSpYQs1W03Cbpqac8OfaFHWDlXbsHxfTKLCv0AGK0CRdBR0W7v1uBKCkaVRzNYVhw/s1600/_MG_2480.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikUrNs12bSUJQW1Qqe33ay4ybZbW7dT2zbYTiDu5a_v_z04rAEfzDisYVKUcSsHflGdNjXrNmK7WxSpYQs1W03Cbpqac8OfaFHWDlXbsHxfTKLCv0AGK0CRdBR0W7v1uBKCkaVRzNYVhw/s400/_MG_2480.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto isso, os povos originários da região continuarão
fazendo seus rituais e rezas, até que seus direitos seja garantidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os Kaiowá Guarani continuarão rezando sobre os nomes de seus
inimigos, na esperança de que terão suas terras reconhecidas e garantidas. Esse
é um direito originário reconhecido na Constituição e legislação internacional
da qual o Brasil é signatário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quem sabe, a recuperação de altas somas de recursos
desviados possa ser canalizada para demarcar e garantir os territórios
indígenas no Mato Grosso do Sul.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal">
Durante a semana em Brasília, os indígenas também foram para
a Advocacia-Geral da União (AGU), para entregar à Ministra documento pedindo
imediata revogação do parecer 001, também, conhecido como parecer do genocídio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na quinta-feira, a delegação Kaiowá Guarani que esteve a
semana em Brasília acabava de embarcar rumo às suas terras, retomadas e
acampamentos. Alegria contagiante. Estavam leves, alegres, sorridentes. As
vitorias e debates com vários setores da sociedade e do governo alimentaram os
frágeis mas profundos e consistentes fios de esperança. Foi a expressão
concreta do pacto que assumiram na recente Aty Guasu realizada na Terra
Indígena Guyraroka. “Nosso povo já rezou junto e fizemos um pacto. Todos os
Tekoha estão conectados e estarão juntos para defender com nossos corpos e
nosso sangue os territórios que forem afetados pelo Marco Temporal, Parecer 001
da AGU ou outra ferramenta genocida contra nossos povos” (Carta da Aty Guasu de
Guyraroka 24-08-2018).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-kL4LBRYdY8q5lWAtAYMEqhlsAVpUh1kr32laCtA-gAmldWxVEjbnME1giW781MJIUjitxZm70VccxpCLr-N9kXoZyIswcoBZQk0JLR74WqQivzib8AMke5Cx6bGvCxlsSE2H5xEYs4I/s1600/_MG_2408.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-kL4LBRYdY8q5lWAtAYMEqhlsAVpUh1kr32laCtA-gAmldWxVEjbnME1giW781MJIUjitxZm70VccxpCLr-N9kXoZyIswcoBZQk0JLR74WqQivzib8AMke5Cx6bGvCxlsSE2H5xEYs4I/s400/_MG_2408.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Chegaram à capital federal ansiosos, pois além das lutas
concretas de suas comunidades sentiam o peso da responsabilidade de darem
continuidade às lutas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dos povos
indígenas do Brasil, tendo como objetivo principal a não aprovação do Marco
temporal, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A presença mais importante foi com os Ministros do STF,
através de conversas e entrega de documentos nos gabinetes, solicitando a
reversão da anulação da Terra Indígena Guyraroka e a participação dos índios
nesse processo e em todos aqueles que tratam da questão indígena, conforme reza
a Constituição. Fizeram muitos rituais antes e depois da retirada da plenária
virtual do STF.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estiveram também na Funai, Ministério da Saúde, Ministério
da Educação (MEC) e Procuradoria Geral da República.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCZELZ9oOh0txlWp-igkj-uBsNGRMUbvhoBuFlSuYhFmgs5ErUvbbKYITlxT8-UM_35EjAgcjreKHnoix7-T-FfJ7xDhn6gfzZBU3YjGahAMxs-iY6zi4VlP_VYsBb0w5lOw_8ZqTdNuE/s1600/_MG_2459.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCZELZ9oOh0txlWp-igkj-uBsNGRMUbvhoBuFlSuYhFmgs5ErUvbbKYITlxT8-UM_35EjAgcjreKHnoix7-T-FfJ7xDhn6gfzZBU3YjGahAMxs-iY6zi4VlP_VYsBb0w5lOw_8ZqTdNuE/s400/_MG_2459.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Brasil e o mundo estarão unidos aos Nhanderu e Nhandesi
Kaiowá Guarani na luta pela vida e pela terra de Guyraroka e demais territórios
indígenas ainda por demarcar e garantir para os povos originários deste país e
de América Abya Yala.<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-83900339593147095892018-08-20T09:18:00.001-07:002018-08-20T09:18:34.388-07:00Semana de luta Guarani em Brasília<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">As rezas e
os rezadores Nhanderu e Nhandessi<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAe5DZJobcF9x2i6Jr1lC6aEcgk2bPwfVi2stkg49HuYPwjbuuhIxx6s4tMy1ZSkd84H7S2VztcuI7HB3Ip3AlP1NhO2hRG696neESHVfotJKm_ijRa-RitlKJVugHI9f3SqSmW2LVYCA/s1600/_MG_2485.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAe5DZJobcF9x2i6Jr1lC6aEcgk2bPwfVi2stkg49HuYPwjbuuhIxx6s4tMy1ZSkd84H7S2VztcuI7HB3Ip3AlP1NhO2hRG696neESHVfotJKm_ijRa-RitlKJVugHI9f3SqSmW2LVYCA/s400/_MG_2485.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na semana
passada, Brasília tornou-se uma grande casa de reza (Oga Guasu). Por onde passou,
a delegação de 45 Guarani Kaiowá e Nhandeva realizou seus rituais, rezas e
danças. Impreterivelmente tinham que encerrar seu momento de espiritualidade,
fazendo os gestos de expulsão dos maus espíritos. Só não podiam realizar as
rezas mais fortes, com medo que Brasília </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">poderia se esvaziar muito. Se todas as contas no exterior
fossem revelas a debandada seria grande.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Conquistando aliados:
a greve de fome e a demarcação da terra <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Um dos momentos emocionantes, nessa semana de luta da
delegação Guarani Kaiowá em Brasília, foi o encontro que tiveram com o grupo de
lutadores sociais em greve de fome. Depois de inúmeros rituais falaram sobre o
significado desse seu gesto de solidariedade. Os Nhanderu abençoaram e
desejaram força nesse gesto supremo de por em risco suas vidas por uma causa
tão magnânima e generosa.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaB_7uiZDEQmRrjYut63vWGN93FHGjbZtDHm0EgzfI1omXK1QsmRvtsJJz4pR7DjQdCDkjd_cbrA4-R7ooSDX6Vwfm8eMdHKNxWjplfY7sSUO71oCsvsXDI_UI88jAYGw6xMAzi3YqZXw/s1600/_MG_2556.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaB_7uiZDEQmRrjYut63vWGN93FHGjbZtDHm0EgzfI1omXK1QsmRvtsJJz4pR7DjQdCDkjd_cbrA4-R7ooSDX6Vwfm8eMdHKNxWjplfY7sSUO71oCsvsXDI_UI88jAYGw6xMAzi3YqZXw/s400/_MG_2556.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na carta que entregaram aos amigos em greve de fome,
externaram as razões de sua esperança, nessa permanente guerra e luta que
enfrenam: “Somos gratos pelo ato de sacrifício de vocês para que o povo
brasileiro possa se alimentar de pão, mas também de justiça. Iremos rezar com
toda nossa força para que fiquem bem e temos certeza que com nossa reza e com
atos de coragem como o de vocês este país poderá ser melhor, mais democrático e
mais justo com todos nós, em especial com os povos indígenas que são seus filhos
primeiros. Todos estamos juntos e sabemos que a fome que passamos também conduz
nossos pés para o mundo onde ninguém precisará passar fome. Deixamos aqui,
junto com a benção de nossos rezadores, nosso abraço, nosso obrigado e nossa
amizade enquanto Guarani e Kaiowá”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Frei Sérgio, emocionado pela forte
expressão dos rituais e palavras dos indígenas, disse: “Nós da esquerda, em especial
do PT, temos muito que aprender com os povos indígenas”. E concluiu: “Enquanto
não forem respeitados os direitos dos povos indígenas, não haverá verdadeira
justiça em nosso país”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Estado brasileiro
na contramão da história<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCUng3GoHKTB3lWt7DLZDXjYVr3hYz_oTj1QVIaA7yh_usFg6LVfeLgO-d9SOe8Jo6y-OJooIls9BPH3XvMa2vrQPZGy67PlVGTqM1PvWuaG22u0MbkxPGzv2OWhErd_RABxsSwOwBPnU/s1600/_MG_2712.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCUng3GoHKTB3lWt7DLZDXjYVr3hYz_oTj1QVIaA7yh_usFg6LVfeLgO-d9SOe8Jo6y-OJooIls9BPH3XvMa2vrQPZGy67PlVGTqM1PvWuaG22u0MbkxPGzv2OWhErd_RABxsSwOwBPnU/s400/_MG_2712.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No Dia Mundial dos Povos Indígenas, 9
de de agosto, a delegação Kaiowá Guarani participou com seus rituais e falas,
de um memorável ato de protesto e debate sobre a situação dos povos indígenas
no Brasil e no mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Durante ato realizado no Memorial dos Povos Indígenas, em
Brasília, organizações indígenas e aliados, destacaram avanços importantes
registrados nas últimas décadas. Ao mesmo tempo denunciaram o lamentável
processo de regressão verificado em vários países, dentre os quais se destaca o
Brasil, que “é certamente um dos países que hoje mais violenta os direitos
indígenas”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Na Funai, a
choradeira foi geral<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Meteram a mão no orçamento, deixando-a pele e osso. Não
liberaram grana. Deixaram-na agonizante. Mas seu presidente atual disse não se
intimidar. Afirmou trabalhar incessantemente. E para ancorar suas afirmações,
prometeu que com seus assessores deixaria pronto um minucioso documento com todas
as informações da realidade de todas as terras indígenas Kaiowá Guarani, no
Mato Grosso do Sul. Os índios até retardaram sua viagem de volta, mas não levaram
o documento com as informações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Entenda a AGU, quem
puder<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVDPt_RANmxmSC7i2woVm38C1tkrycCtdtj8B9PnY_7wKCyLqev9Nyed4YcU_GIHlyA2n9UVNd-LZtmvg2hNaP-tx4Jys1Gwih1KtTcJ_KDv7s1oDAbbOufbvNRtgIXhFQpyvAzdhME2s/s1600/_MG_2527.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVDPt_RANmxmSC7i2woVm38C1tkrycCtdtj8B9PnY_7wKCyLqev9Nyed4YcU_GIHlyA2n9UVNd-LZtmvg2hNaP-tx4Jys1Gwih1KtTcJ_KDv7s1oDAbbOufbvNRtgIXhFQpyvAzdhME2s/s400/_MG_2527.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
A Portaria 01 de 2017 é a anti-porta
do genocídio dos povos indígenas. Além de impedir e inviabilizar a demarcação
das terras indígenas, propõe a possibilidade de anular processos administrativos
já em andamento ou mesmo conclusos. Porém, a ministra da AGU, Grace Mendonça,
em sua retórica falaciosa continua afirmando que a portaria é para dar
segurança jurídica para a demarcação das terras indígenas e mesmo agilizar os
processos de demarcação. Será que a ministra plagiou a iniciativa do ministro
Jobim que na década de 1990 também editou portaria introduzindo o contraditório
nos processos de demarcação das terras indígenas e justificou sua iniciativa
afirmando ter estabelecido prazos para cada etapa para agilizar as demarcações?
Na prática, além dos prazos terem sido sistematicamente descumpridos, acabou
inviabilizando as demarcações, pela forte pressão dos ruralistas e de interesses
políticos. Parece que o Estado brasileiro e seus prepostos, apenas buscam
justificativas burocráticas para descumprir a Constituição e a legislação
internacional, assinados pelo Estado brasileiro, como a Convenção 169 da OIT, a
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, pela ONU, e a declaração da OEA
(Organização dos Estados Americanos).<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
A delegação Guarani-Kaiowá reforçou o pedido de revogação urgente
desse instrumento de genocídio que os interesses antiindígenas estão utilizando
na sua incansável investida contra os direitos dos mais de 300 povos
originários deste país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Marco Temporal:
enredo supremo para o próximo carnaval<o:p></o:p></b></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtdADhkIdJEdh6LIeQ-nTkmaY6CY96E61F58-oYoM8aqer-nxhXd32e5e6QMRACPNipWkmwoBpK1doad-hhh32sUPBi0TC4ki6CZ6SACYMLltP5EAJNuuyGFQ4xBm0S6LW7-oELwWsaU4/s1600/_MG_2491.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtdADhkIdJEdh6LIeQ-nTkmaY6CY96E61F58-oYoM8aqer-nxhXd32e5e6QMRACPNipWkmwoBpK1doad-hhh32sUPBi0TC4ki6CZ6SACYMLltP5EAJNuuyGFQ4xBm0S6LW7-oELwWsaU4/s400/_MG_2491.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
No campo de futebol, nas rodas de
pilhéria, o marco temporal servia para fazer chacotas ou piadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quem sabe até o próximo carnaval o dito marco temporal já
esteja na cova e sirva apenas para a memória sórdida de um instrumento e
decreto de morte para os povos indígenas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É lamentável que frequentemente os supremos ministros tenham
que ser lembrados que a Constituição foi construída para ser cumprida. Quase
semanalmente delegações indígenas estão se fazendo presentes no Supremo
Tribunal Federal, não apenas para lembrar de que ainda estão vivos, mas que
pretendem chegar ao coração dos ministros e demonstrar a eles quanto sofrimento
e mortes estão provocando interpretações contra os povos indígenas, como é o
caso do marco do temporal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fotos Laila/Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Secretariado Nacional<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília, 17 de agosto de 2018<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-40166111603755841362018-07-17T09:20:00.003-07:002018-07-17T09:20:45.823-07:00Paralisação das demarcações e o racismo institucional que impede entrada de maracás na “casa do povo”<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado,
indígenas Krahô-Kanela denunciam projetos que afetam vida do povo. Comunidade
não foi consultada.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgig56fXJeaJOE2TKemlVvq-7kBTyRFpPRi0nO8Oe-MGz4GL-J5UrPMtFq5Nlk1-d7plBOa2yiwiK6AN2m4q9y2ubXeptrzTrxWnpkgXBtmrVD5zeJJrYOtYmEWS88urete7xupfUOEwI0/s1600/IMG_0839+%25281%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgig56fXJeaJOE2TKemlVvq-7kBTyRFpPRi0nO8Oe-MGz4GL-J5UrPMtFq5Nlk1-d7plBOa2yiwiK6AN2m4q9y2ubXeptrzTrxWnpkgXBtmrVD5zeJJrYOtYmEWS88urete7xupfUOEwI0/s400/IMG_0839+%25281%2529.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O racismo institucional, assegurado pelos regimentos da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, se faz mostrar em todas as agendas
com participação dos povos indígenas, em Brasília (DF). Na capital federal, a
intolerância religiosa contra as espiritualidades indígenas demonstra para quem
são feitas as políticas do poder legislativo. Além de paralisar as demarcações,
impedem as manifestações espirituais dos povos na “casa do povo”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Quando essa casa viola o direito de nós entrarmos com nosso
maracá e coloca o rótulo como sendo uma arma perigosa, ela está, na verdade,
discriminando toda a cultura dos povos indígenas”, lamenta Babau Tupinambá,
liderança indígena da Bahia. “Isto é a mais alta forma de nos indígenas
invocarmos nosso criador, aquele que nos protege e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos dá forma de lutar e continuar lutando
pelos nossos direitos. Isso acontece há 518 anos. Por favor presidente desta
casa, revogue essa regra”, pediu o cacique Tupinambá a presidência do Senado
após um grupo de indígenas ser barrado na portaria da casa por estarem com seus
maracás.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqhN6E0ENSMyLm_GuFlk6Vj2nbNVzr_mA0baafonY8S-UjtM8udLMXHmzM0HDsgcFLJgrDOHYuXl1zn8TYcjNP5wkyYEzcJvnKlvX0wlrdbVwcUWTojKrLz4fnnt0zLtSMokLHH-cxmIQ/s1600/IMG_0836.JPG" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqhN6E0ENSMyLm_GuFlk6Vj2nbNVzr_mA0baafonY8S-UjtM8udLMXHmzM0HDsgcFLJgrDOHYuXl1zn8TYcjNP5wkyYEzcJvnKlvX0wlrdbVwcUWTojKrLz4fnnt0zLtSMokLHH-cxmIQ/s320/IMG_0836.JPG" width="400" /></a><o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O fato ocorre recorrentemente. A última vez foi na semana
passada, quando uma delegação de indígenas Krahô-Kanela esteve em Brasília para
trazer denúncias sobre os impactos ambientais das atividades criminosas que
afetam os territórios tradicionais em Tocantins. Os atos feitos por grupos
econômicos do agronegócio espalham consequências de extrema gravidade para a
região, atingindo os povos indígenas e seu território. A situação foi relatada
na Comissão de Direitos Humanos do Senado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estão matando nossos rios, envenenando nossas águas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O grupo de indígena denunciou a retirada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ilegal de água dos rios Formoso, Javaé e
Noroti por ruralistas no município de Lagoa da Confusão (TO). Outra triste
realidade trazida pelas lideranças foi o uso indiscriminado de agrotóxico com
graves consequências para o meio ambiente e a população da região.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Só existe ainda mata na terra indígena.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEOTnC7MBFpYo3NvhOUC8lFAY_2tj3M8PlYAJKyWtbWPKyeVwRO0wng6VW5_AZ_lFoCJXbe97eZSwppXpBjNtpf9VJ7FUxziCfl_sCuAKZcDL46NUIQXSu03Ld_xIuI5kF4tQIMboJMWg/s1600/IMG-20180711-WA0002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEOTnC7MBFpYo3NvhOUC8lFAY_2tj3M8PlYAJKyWtbWPKyeVwRO0wng6VW5_AZ_lFoCJXbe97eZSwppXpBjNtpf9VJ7FUxziCfl_sCuAKZcDL46NUIQXSu03Ld_xIuI5kF4tQIMboJMWg/s400/IMG-20180711-WA0002.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“O Governo não demarca nossa terra por decisão política.
Vivemos uma total paralisação da demarcação das terras”, lamenta Wagner Kraho
Kanela. Além de não contarem com seu território tradicional demarcado, no
momento apenas regularizado, o povo Krahô-Kanela afirmara que dos 16 grandes
projetos que estão sendo instalados nessa região, nenhum deles tem relatório de
impacto ambiental. Na audiência no Senado, descreveram a forma desrespeitosa
como os fazendeiros chegam na região e instalam seus “empreendimentos”, sem
nenhum consulta aos povos indígenas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agronegócio retira água de rio dentro da Terra Indígena.
Nenhuma liderança é consultada. Foto: Divulgação<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizKRtfRf4sKSiAkIvQSmhck-yzqQdw56WTK2KKtzDWXoHxUNzviWNABXhDkXPdUgZZkDcSNDCAZ9skeYrNvfJkPV40bDSas7K7VtjzB_6WGhfWMUVoFjZxV81gdpRKu-VFVezz-YmmMGg/s1600/IMG-20180711-WA0003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizKRtfRf4sKSiAkIvQSmhck-yzqQdw56WTK2KKtzDWXoHxUNzviWNABXhDkXPdUgZZkDcSNDCAZ9skeYrNvfJkPV40bDSas7K7VtjzB_6WGhfWMUVoFjZxV81gdpRKu-VFVezz-YmmMGg/s400/IMG-20180711-WA0003.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
As consequência desses projetos desrespeitosos com a vida
dos povos já são sentidas na região. No período da chuva, de janeiro a maio, a
área tradicional fica alagada em mais de 90%, obrigando a saída de famílias
indígena.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nas enchentes passadas, os
Krahô-Kanela perderam toda a produção do povo. “Tudo isso acontece em total
desrespeito a nossos direitos garantidos na Constituição e a Convenção 169 da
Organização Internacional do Trabalho da ONU. Ela garante às populações
indígenas atingidas por empreendimentos a Consulta prévia, informada e
consentida”, lamenta liderança Krahô-Kanela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma delegação dos índios Tupinambá e Pataxó Hã-Hã-Hai, do
sul da Bahia também participaram da audiência denunciando a situação de extrema
violência que sofrem esses povos, com indígenas assassinados e os processos de
regularização das terras totalmente paralisados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Lg_D7FbbvahWyyFRgBPkch7JNv1w0DL1RFDXz7lGzDtF2g_z2qgT1bA6v-HlRwRDFCpBKLg6kvbdCdw83b2cN4TuTfVxP3h33KlRpXEnPX4Nt-eGgLDVclXEKhgs1BEsRH2PpoABF4Y/s1600/IMG-20180711-WA0005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Lg_D7FbbvahWyyFRgBPkch7JNv1w0DL1RFDXz7lGzDtF2g_z2qgT1bA6v-HlRwRDFCpBKLg6kvbdCdw83b2cN4TuTfVxP3h33KlRpXEnPX4Nt-eGgLDVclXEKhgs1BEsRH2PpoABF4Y/s400/IMG-20180711-WA0005.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
16 grandes projetos que estão sendo instalados na região,
nenhum deles tem relatório de impacto ambiental. Foto: Divulgação<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Encaminhamento<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como encaminhamento da audiência, a Comissão de Direitos
Humanos do Senado enviará ofícios ao presidente da Fundação Nacional do Índio
(Funai) e ao Ministro da Justiça (MJ) exigindo urgência na conclusão do
processo de demarcação da Terra Indígena Mata Alagada, do povo Krahô-Kanela.
Ainda, assumir rever regimento interno do Senado que impede entrada de maracás
e instrumentos espirituais dos indígenas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
POR EGON HECK, DO SECRETARIADO NACIONAL CIMI<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
FOTOS: Laila Menezes e Wagner Krahô Kanela</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-31343087902382588762018-07-04T12:41:00.001-07:002018-07-04T12:41:08.465-07:00Torcer pelo Brasil ou pelos brasileiros<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVLE0wjmjBd0gXvlECLLp_EsPnaUz_uOjMnjLqA7yU3WuRT7hXq_-DTR8Q3YodzGcYWbxz3eMAGvZ3_zWJaR_JNnb41gPxchKspxF_GR5hqzijrHZ3osm7s4xIZDFkWfcYLxgJkJGFKM/s1600/cd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVLE0wjmjBd0gXvlECLLp_EsPnaUz_uOjMnjLqA7yU3WuRT7hXq_-DTR8Q3YodzGcYWbxz3eMAGvZ3_zWJaR_JNnb41gPxchKspxF_GR5hqzijrHZ3osm7s4xIZDFkWfcYLxgJkJGFKM/s400/cd.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7r0IR7Gn7xrJCeehz24Wd5OkRnpuUl-gwQCzpBrFTkHlqHquMoYKix0zRSNhZa1_R_ixXpLLbIkK-FcG_Kv1PQUKRZahQUO9P62KZ179aY_QvaBLF6N_L9q3u2LYAiXY_NLHfglgzyII/s1600/DSC03697.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7r0IR7Gn7xrJCeehz24Wd5OkRnpuUl-gwQCzpBrFTkHlqHquMoYKix0zRSNhZa1_R_ixXpLLbIkK-FcG_Kv1PQUKRZahQUO9P62KZ179aY_QvaBLF6N_L9q3u2LYAiXY_NLHfglgzyII/s400/DSC03697.JPG" width="300" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O veneno na mesa já está garantido. O pré sal virou pré
salada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>abocanhado pelas grandes
companhias multinacionais. A natureza virou presa fácil da esperteza e sanha
dos grandes interesses.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Depois de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estacionadas nas portas das terras indígenas
por 30 anos, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>partir da Constituinte de
1988, as grandes mineradoras estão sedentas, para aproveitar a euforia da Copa
do Mundo, ou o trilho das eleições, para saciar a ganância abrindo a porteira
das terras indígenas através da aprovação da “lei Jucá”, PL 1016 ou outros
expedientes menos sutis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfNWyKtN3WUfJ_w7HXSvyI-p2pZE-1ceoPSHZ45LvwFdgAwIqey2N-4x5i2WAaQAAn0bLrAYBkoHAUHOhxUFg_qrE9bMQ5LeJczzQWI5QPWep1DiTv-CMjDNOtBT5Xtb3mgsSGBWMiVPE/s1600/DSC03823.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfNWyKtN3WUfJ_w7HXSvyI-p2pZE-1ceoPSHZ45LvwFdgAwIqey2N-4x5i2WAaQAAn0bLrAYBkoHAUHOhxUFg_qrE9bMQ5LeJczzQWI5QPWep1DiTv-CMjDNOtBT5Xtb3mgsSGBWMiVPE/s400/DSC03823.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na surdina barulhenta da euforia da bola, tudo pode
acontecer. Ou seja, o país anestesiado é prato cheio para os inescrupulosos
vendilhões da pátria consumarem a rapina e dilapidação dos nossos recursos
naturais e os sagrados direitos dos povos originários a seus territórios e vida
digna. A PEC 215 e os inúmeros projetos anti indígenas na manga da camisa para
serem colocados em votação a qualquer momento. Os povos indígenas continuam
mobilizados, com um olho na bola e outro pé na estada rumo a Brasília.<span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A vitória do Brasil pode significar a derrota dos
brasileiros (empobrecidos e oprimidos) que são a grande maioria da população.
Lembro-me muito bem de 1970, auge da ditadura militar civil, quando o Brasil
conquistou o tricampeonato e se afundou na violência do AI5 e aprofundou o
regime autoritário por mais uma década e meia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os tempos são outros e esperamos ter aprendido com a
história. Os inimigos encastelados em seus privilégios e acumulação de capital
continuam alimentando o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>agronegócio e o
neocapitalismo. Que atrás de cada grito de gol venha abaixo o golpe. Que com
cada gole de cerveja sintamos também o gostinho amargo da falta de segurança,
de saúde e educação de qualidade.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Demarcação já!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cimi –Secretariado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-84840479816838751622018-06-25T07:44:00.001-07:002018-06-25T07:44:17.481-07:00<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Estudantes universitários indígenas e
quilombolas na luta<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aprendendo e
construindo a união</b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto em torno de 300 estudantes universitários,
indígenas e quilombolas deixam o Centro de Formação Vicente Cañas, animados
pela histórica semana de mobilização e luta pelos seus direitos, em Brasília,
ficam as lições, certezas e desafios. A luta continua na certeza de que o passo
dado nesta semana será muito importante, não apenas para terem condições
objetivas de continuarem sua formação nas universidades, mas principalmente
para que seus povos não percam direitos constitucionais, mas que tenham
conquistas, unidos com os quilombolas e outras populações tradicionais. O
momento é de somar, construir juntos a união necessária para conquistar a tão
sonhada autonomia em seus territórios, na pluralidade de povos e culturas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_9" o:spid="_x0000_i1029" type="#_x0000_t75" style='width:425.25pt;
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o:title="DSC02251"/>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGyWramnU76F8MOZhwaeQ3k_o5Qo4p5x1CImF7AmB-M1zSIVOmw-sCIGXx716tdrowLohREUcc3vBXioI6A6Lzq2heuEUX-ZQkdEjr2ajwNzp-dLGkRZZGYfzC7mp9BQWxkLsHUaO6WS0/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="798" data-original-width="1064" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGyWramnU76F8MOZhwaeQ3k_o5Qo4p5x1CImF7AmB-M1zSIVOmw-sCIGXx716tdrowLohREUcc3vBXioI6A6Lzq2heuEUX-ZQkdEjr2ajwNzp-dLGkRZZGYfzC7mp9BQWxkLsHUaO6WS0/s400/3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na avaliação, no final da semana de mobilização e
incidências políticas em vários órgãos do Estado brasileiro, emoção, lágrimas e
compromisso. Dos mais de 300 estudantes indígenas e quilombolas de
universidades de todas as regiões do país, foi destacada a importância da união
promissora que vem se consolidando entre os povos indígenas e quilombolas. “Ajudamos
a construir mais uma página bonita e importante na luta pelos direitos dos
povos indígenas em nosso país. O que parecia apenas mais um sonho, aos poucos
vai se tornando<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>realidade. Nós temos que
continuar a luta dos nossos antepassados. Eles nos deixaram um testemunho de
resistência, coragem e determinação. Se hoje estamos aqui é porque foi
derramado muito sangue e sofrimento em nossas aldeias”, ressaltou um dos
estudantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Era difícil imaginar, quando há quatro décadas se iniciou,
através das assembleias indígenas, um novo movimento indígena no Brasil,
momentos como os que estão sendo protagonizados pelos estudantes indígenas e
quilombolas, como acabamos de ver nessa semana em Brasília. Foi um momento
revelador da vitalidade e potencialidade das lutas dos povos indígenas e
quilombolas para não apenas evitar retrocessos como pretendem as elites no
poder, mas para contribuir com a sabedoria milenar na construção de sistemas de
Bem Viver para todos os brasileiros.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_7" o:spid="_x0000_i1028" type="#_x0000_t75" style='width:348pt;
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o:title="DSC02226"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A experiência de passar horas em ritual na estrada, na
entrada do Palácio do Planalto, na Advocacia Geral da União, perceber o descaso
e desdém com que os representantes do Estado tratam os povos indígenas,
quilombolas e populações marginalizadas desse país, é uma experiência que cala
fundo na alma e não se aprende nas universidades. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEmcd2A3VEuqJ8G5OEe23CeIcYj1emlSyXHRAJAIVN6rJ4PvvFOnwP6miCMWQW-aWcrH89NmGUAi8VDb0xEa8XqEWN3DT1roqpFf8WiZJkZlACSY7Tk2_00lsQwS3MBjFZM_Qxga2uGqk/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEmcd2A3VEuqJ8G5OEe23CeIcYj1emlSyXHRAJAIVN6rJ4PvvFOnwP6miCMWQW-aWcrH89NmGUAi8VDb0xEa8XqEWN3DT1roqpFf8WiZJkZlACSY7Tk2_00lsQwS3MBjFZM_Qxga2uGqk/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A descolonização
necessária<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_6" o:spid="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75" style='width:379.5pt;
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o:title="DSC02375"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
Precisam não apenas chegar às universidades, mas nelas poder
permanecer e contribuir com a sabedoria de seus povos, lutar pela
descolonização desse espaço de saber e sabedoria. Os estudantes indígenas têm consciência
de que essa é uma tarefa difícil pois o ranço colonial está impregnado nas
estruturas das universidades onde ainda precisam enfrentar muitos preconceitos,
desprezo e racismo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O colonialismo interno e o neocolonialismo impregnam as
relações de saber, poder e ser. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mudanças
profundas dessas estruturas só serão possíveis através de lutas de
transformação dos sistemas dominantes. A presença de indígenas e quilombolas
nas universidades poderá ser um desses espaços de transformação e superação do
sistema colonial.<span style="background: black; border: none black 1.0pt; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 0pt; layout-grid-mode: line; line-height: 115%; mso-ansi-language: X-NONE; mso-bidi-language: X-NONE; mso-border-alt: none black 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: X-NONE; mso-font-width: 0%; padding: 0cm;"> </span><span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_8" o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75" style='width:425.25pt;
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<v:imagedata src="file:///C:\Users\User\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image009.jpg"
o:title="DSC02298"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Ho79qMBkiOpg8u0pJWDEKgihzKdoB_tTkD1LOGEBHenbrlPlnRsgVz3-KAQ8A_GbyQsXDCy02KqpOe3fYPpNMck2-SrDO-cCgQrcUOHxee9udK58sNnxZ26c1C-SscFklokxOLhruVo/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="871" data-original-width="1162" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Ho79qMBkiOpg8u0pJWDEKgihzKdoB_tTkD1LOGEBHenbrlPlnRsgVz3-KAQ8A_GbyQsXDCy02KqpOe3fYPpNMck2-SrDO-cCgQrcUOHxee9udK58sNnxZ26c1C-SscFklokxOLhruVo/s400/4.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Diante a conjuntura de golpes nas políticas de inclusão,
dos ataques aos direitos indígenas e quilombolas arquitetados nos três poderes
do Estado brasileiro, permaneceremos vigilantes contra toda política que tende
a governar para os que são privilegiados há 518 anos e contra toda política
social”. (Nota Pública – Permanência já! Movimento Nacional dos Estudantes
Universitários Indígenas e Quilombolas).<o:p></o:p></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheTokZgKipmlqGnCCSOO0sH1fxT4kVccpndpUI2yp9VSqibRX6Nhn9vV-uzJgawbqSPsHL-6w4YVST2yrIIWocR2QhLLaVbzGpZneY3lXedCAyqU9Tz0DgrTcLSXxdaDcmqv-FAMQnCxw/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheTokZgKipmlqGnCCSOO0sH1fxT4kVccpndpUI2yp9VSqibRX6Nhn9vV-uzJgawbqSPsHL-6w4YVST2yrIIWocR2QhLLaVbzGpZneY3lXedCAyqU9Tz0DgrTcLSXxdaDcmqv-FAMQnCxw/s400/5.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Apesar dos mitos e grandes desafios que os povos indígenas e
quilombolas tem pela frente, a manifestação foi de felicidade pela contribuição
na luta. “Temos orgulho de estar na luta. <span style="mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_3" o:spid="_x0000_i1025"
type="#_x0000_t75" style='width:362.25pt;height:271.5pt;visibility:visible;
mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\User\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image011.jpg"
o:title="DSC02139"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ficaram sementes que farão crescer a nossa luta e nossa
união”.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_CVDjeCRX0O7z50lBki_WkGs2LFm7kkkuNgcxwaep0DjHBKUSqXq1425THmoFqRvTM-na8vnt5pvv54zH-_U1FQiC586AN5Kzu7D0Q4A7DY3iByIluMvVe0HxMT8WQJXA0OeywzkJ-A/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="831" data-original-width="1108" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig_CVDjeCRX0O7z50lBki_WkGs2LFm7kkkuNgcxwaep0DjHBKUSqXq1425THmoFqRvTM-na8vnt5pvv54zH-_U1FQiC586AN5Kzu7D0Q4A7DY3iByIluMvVe0HxMT8WQJXA0OeywzkJ-A/s400/6.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A luta vai continuar, com maior união, com a força dos
encantados e dos que tombaram na resistência e luta pelos direitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
fotos Laila/Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cimi Secretariado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília 25 de junho 2018<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-59662000474214855172018-05-06T12:34:00.005-07:002018-05-06T12:34:58.370-07:00Guerreiras nativas na luta pelos direitos indígenas<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">“Sem as mulheres nada existiria. Por isso estamos aqui
para mostrar a importância da presença das mulheres indígena” (Tuyra Kayapó).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">A plenária das mulheres realizada no início do 15º
Acampamento Terra Livre, em Brasília, foi um dos momentos fortes dessa grande
mobilização nacional do movimento indígena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes; mso-themecolor: text1;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiamV5AQuenVgd3neYNfV983guTJbBbKfJvMUOK-SJiJeKmgeDHiDWubBBnp1JVjXbm3qOpELB66PWRmnp_x_qhWoUyT1bGMJJLjH_CQ-pGifhUkZLjNI2qFtLTE_QS9mr39kIax3zbC2Y/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiamV5AQuenVgd3neYNfV983guTJbBbKfJvMUOK-SJiJeKmgeDHiDWubBBnp1JVjXbm3qOpELB66PWRmnp_x_qhWoUyT1bGMJJLjH_CQ-pGifhUkZLjNI2qFtLTE_QS9mr39kIax3zbC2Y/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Esse primeiro encontro de mulheres indígenas no ATL, foi
um espaço conquistado para demonstrar a importância da presença das mulheres na
luta pelos direitos dos povos originários. “Esse espaço é nosso, uma construção
com muitas mãos”, afirmaram várias das mulheres indígenas em suas manifestações.
Algumas com filhos no colo chamavam atenção para a necessidade de estarem
sempre mais unidas pela beleza de suas pinturas corporais e adornos. Essas
guerreiras não se deixam dobrar pelo desânimo ou dureza de suas lutas diárias,
na resistência pela vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Depoimento de Elisa Urbano Pankararu, por ocasião da
Plenária das Mulheres Indígenas, no decorrer do 15º Acampamento Terra Livre: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">“Estou atualmente como coordenadora do departamento de
Mulheres Indígenas da APOIME (Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste Manas
Gerais e Espírito Santo). Aprendi com as lideranças que conheço e conheci, que
APOINME somos todos nós. Portanto, todos e todas, homens e mulheres, o que entendo
que nós mulheres somos parte integrante do movimento indígena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYqeHpM36KuCv8RmnKabGedvllKGF5IJb2j0o5vH80M-sIyUKgehBis5EdWL0s3Qf-rJKYYzMM3JB6M3wwAJFhTuA62v3KIOQfh6gGM-dQmeTv6Vf2XGRwcOHltICYaOaNGS0JRNiKozs/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYqeHpM36KuCv8RmnKabGedvllKGF5IJb2j0o5vH80M-sIyUKgehBis5EdWL0s3Qf-rJKYYzMM3JB6M3wwAJFhTuA62v3KIOQfh6gGM-dQmeTv6Vf2XGRwcOHltICYaOaNGS0JRNiKozs/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">A história desse país, desde o golpe de 1.500, o primeiro
golpe que configurou o nosso sofrimento até hoje: negação de direitos,
violências de todas as naturezas, </span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes; mso-themecolor: text1;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
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o:title="DSC01266"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">segregação por todos os lados. Enfim, um
conjunto de elementos responsáveis pelo extermínio físico e cultural dos nossos
povos. Portanto, refletir ações de tais naturezas é refletir ações do
colonizador pois foi ele que violentou homens, mulheres e crianças. Por isso
deixou de herança suas mazelas. A cultura da violência, do racismo, do machismo
e da prepotência, que existe em todos os espaços, do privado ao público, até
chegar em instâncias administrativas. Nesse caso, a negação de políticas
públicas para as mulheres é fruto desse contexto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Nossas mulheres são também guardiãs dos saberes
tradicionais, conhecimentos sagrados de nossos antepassados. Também seres especiais.
Ou seja, nosso protagonismo faz parte da natureza. Eis a importância de sermos
APOMNE nas nossas aldeias, nas instâncias e espaços ser representatividade
municipal, estadual e no cenário nacional”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Séculos e décadas de resistência e luta nas trincheiras
da dura sobrevivência sob as garras da invasão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Unidas
e organizadas somos fortes<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmDXN3H_iEDrLbvsoSGgPI5eiuLQbsLLYF0TEce0ScYtrKv0auqeZ5Gd72N2cKaQwCDtThlFGDCqfZcGjcFMz7omPkVoVDnOSoUFpNNwqha5W194Jz38MnfPMAMCYRUUBzrQyYSy5GAu4/s1600/DSC01177.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmDXN3H_iEDrLbvsoSGgPI5eiuLQbsLLYF0TEce0ScYtrKv0auqeZ5Gd72N2cKaQwCDtThlFGDCqfZcGjcFMz7omPkVoVDnOSoUFpNNwqha5W194Jz38MnfPMAMCYRUUBzrQyYSy5GAu4/s400/DSC01177.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Susana Xokleng lembrou a bela e dura luta que as mulheres
indígenas travaram, especialmente na década de 1990, quando se organizaram por
regiões e povos e em nível nacional criaram o CONAMI (Conselho Nacional de Mulheres
Indígenas). Lembrou muitas guerreiras que ainda estão aqui e muitas já não mais
estão em nosso meio. Fez uma lembrança especial a Rosana Kaingang que fez parte
dessas </span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes; mso-themecolor: text1;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
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<v:imagedata src="file:///C:\Users\User\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image005.jpg"
o:title="DSC01166"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">inabaláveis guerreiras. Terminou sua fala com
um grito de alerta: “Nossos inimigos estão querendo nos engolir. Mas se unirmos
nossas forças, junto com nossas lideranças tradicionais vamos vencer essas
batalhas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Adriana Tremembé lembrou que os povos indígenas serão
sempre perseguidos, mas nunca vencidos. “A força dos encantados e a
inquebrantável disposição de resistência e luta dos guerreiros e guerreiras nos
dão a certeza da nossa vitória e garantia dos nossos direitos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Em vários momentos foi lembrada a situação caótica por
que passa o país, cada vez pior desde o golpe, desafiador para os povos indígenas
e todos os pobres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Encerraram a plenária das mulheres indígenas conclamando:
“Precisamos estar juntos na luta. Querem nos exterminar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Egon Heck<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- fotos
Laila/Cimi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Cimi Secretariado Nacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Brasília, 04 de maio 2018.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-83296801668859104172018-04-24T02:55:00.004-07:002018-04-24T02:55:42.372-07:00Funai: um general a menos<br />
<div class="MsoNormal">
Na tarde de quinta-feira, 19 de abril, Dia do Índio, o
general Franklimberg Ribeiro de Freitas, comunicou aos funcionários da Funai, a
entrega do pedido de exoneração do cargo de presidente do órgão indigenista. Se
antecipou às pressões impostas pelo agronegócio sobre o governo Temer. Na
saída, Franklimberg “admite que sofreu uma pressão forte da bancada ruralista e
diz que foi demitido por não fazer malfeitos” (Estadão 20/04/1918).</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipwjCka3KnBLot4AUSsaQ9nOex0oum4gL8V7-5eDlk_sKf-g0y1lhjwbc75h71AqNw4L0kstq_oJBPEWqBGNE0fuH-gawEIkiOCDBAwkTAvg37dvEV0vm_qL_Tm-NEd_-6AiW6Zuprx60/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipwjCka3KnBLot4AUSsaQ9nOex0oum4gL8V7-5eDlk_sKf-g0y1lhjwbc75h71AqNw4L0kstq_oJBPEWqBGNE0fuH-gawEIkiOCDBAwkTAvg37dvEV0vm_qL_Tm-NEd_-6AiW6Zuprx60/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Durante a ditadura militar/civil, um militar afirmou que para
ser presidente da Funai não precisava entender de índio, era suficiente saber
administrar. O agronegócio e os ruralistas querem mais. Não se precisa entender
de índio e não fazer nada do que manda a Constituição. É preciso agir
eficazmente contra os índios e seus direitos. Prova disto é que há mais de uma
centena de projetos antiindígenas no Congresso Nacional.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Além disso, são inúmeras as iniciativas do governo
que vão nessa direção. Controlada pelos ruralistas, a CPI da Funai e do Incra,
recomendou em 2017 a extinção do órgão indigenista. Na prática, a política de
sucateamento da Funai vem confirmando que a bancada ruralista e o agronegócio trabalham
agressivamente para suprimir direitos indígenas da Constituição para avançar
sobre os territórios indígenas e os recursos naturais nelas ainda existentes. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Quase um presidente da Funai por ano<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Conforme a galeria dos presidentes da Funai, foram nomeados 40
presidentes em 51 anos de existência. É sem dúvida o órgão do Estado brasileiro
alimentado com maior número de contradições e antagonismos. É o que expressa
inequivocamente o altíssimo número de presidentes do órgão nestas cinco décadas<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO158MvBcsaWtyKZYh17rmh_o1eKsitrhlfj-69jG6AzEP8Pg_Qw9NT_NuJKUUBb9BwSJTNmlx5u03tjGDkFFJbANIYKpHIM5nq2eEaFG3oyOPUeQ1VKZ5ya4iG4s5holoOjcRF8WT9KY/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1154" data-original-width="1299" height="355" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO158MvBcsaWtyKZYh17rmh_o1eKsitrhlfj-69jG6AzEP8Pg_Qw9NT_NuJKUUBb9BwSJTNmlx5u03tjGDkFFJbANIYKpHIM5nq2eEaFG3oyOPUeQ1VKZ5ya4iG4s5holoOjcRF8WT9KY/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O general e os malfeitos</span></b><br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
Se perguntássemos quais os malfeitos de Franklimberg nos
quase dez meses em que esteve na presidência da Funai, com certeza diríamos que
foi a omissão e quase total paralização da obrigação primeira do órgão que é a
demarcação e garantia dos territórios indígenas. É evidente que esse é o crime
que o Estado brasileiro continua cometendo, gerando uma situação de violência e
genocídio. Os poucos funcionários, a falta de recursos, as pressões políticas e
econômicas são as causas profundas dessa malfadada política indigenista do
atual governo, que nesses dias está sendo denunciado na ONU.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuJ536EEqPevdSR3cNt8BmAMYxuW1vb6Hex0d1Yh4C77qFjaeB5g0o3_2LMlOMUY8smrzr8Pi8EZqeKpcLh1hotd_VM7QjT2CUyY_UqUIDWpASbl7z1Ddz3-wgXzNbCltkfOE_l9o3dkw/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="469" data-original-width="625" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuJ536EEqPevdSR3cNt8BmAMYxuW1vb6Hex0d1Yh4C77qFjaeB5g0o3_2LMlOMUY8smrzr8Pi8EZqeKpcLh1hotd_VM7QjT2CUyY_UqUIDWpASbl7z1Ddz3-wgXzNbCltkfOE_l9o3dkw/s400/3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A atual mudança na direção da Funai faz parte das
estratégias do agronegócio em curso nesse período pré-eleitoral e de golpe
político.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Acampamento Terra Livre certamente estará trazendo para a
capital federal o grito e o clamor dos povos indígenas do Brasil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar do quadro caótico e desalentado, os povos indígenas
tem sustentado um enfrentamento permanente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O bode na sala<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
Não tem como não relacionar a troca do presidente da Funai
com a intensa atividade, mobilização e enfrentamento dos povos indígenas e seus
aliados no decorrer da próxima semana. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Acampamento Terra Livre se inicia nesta segunda-feira com
debates sobre os principais problemas que atingem os povos indígenas no país
atualmente. Serão dias intensos de debates, mobilizações e contatos nos três
poderes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrAUJZJ28-ZYGvncbEB2gzl_HC2IzC_xDAjgMZJuKIRdq9rS0isNyPfeBvPguZXqPD8sCWPSndZhoeJefvrr4wukyhMsnv8-z9u4SHv8uiSj_jinRFYCT21tpeq4jKP8qvoVetZC9wIcg/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrAUJZJ28-ZYGvncbEB2gzl_HC2IzC_xDAjgMZJuKIRdq9rS0isNyPfeBvPguZXqPD8sCWPSndZhoeJefvrr4wukyhMsnv8-z9u4SHv8uiSj_jinRFYCT21tpeq4jKP8qvoVetZC9wIcg/s400/4.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Será mais um momento forte de
cobrança dos direitos constitucionais e denúncia em nível nacional e
internacional da ameaça de retirada de direitos dos povos indígenas e povos
tradicionais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Diante desse cenário, astutamente o governo e setores antiindígenas
estão procurando desviar o foco das lutas tentando introduzir um bode na sala.
Os povos indígenas já alertaram que não se deixarão envolver pelo debate em
torno das disputas pela presidência da Funai.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os encantados e os guerreiros de todas as tribos, os deuses
que iluminam os caminhos da resistência e da vida certamente estarão
alimentando mais esse momento de luta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck / Cimi Secretariado Nacional<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fotos – Laila/Cimi<o:p></o:p></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-66795421701639102222018-04-10T06:39:00.004-07:002018-04-10T06:39:56.566-07:00Salvos pela reza e resistência<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifCQUZjs2Ms4je5S-DeFk5orkiZPrW1buvs_97lpF1oHYOCIJ79qKIrBDBLOPwL6w-yW3jX0z11LxiGOcGXKIa-9fLR_veHRl2STyEUieeQ2Zm_wB6GSbuMRfFs1Wmz10wAv2DrfPHvTA/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifCQUZjs2Ms4je5S-DeFk5orkiZPrW1buvs_97lpF1oHYOCIJ79qKIrBDBLOPwL6w-yW3jX0z11LxiGOcGXKIa-9fLR_veHRl2STyEUieeQ2Zm_wB6GSbuMRfFs1Wmz10wAv2DrfPHvTA/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Quando as tropas formadas por agentes da polícia federal,
polícia militar do estado do Mato Grosso do Sul, corpo de bombeiros e polícia
especial da fronteira – DOF já estavam a caminho da anunciada ação de despejo
de duas comunidades Kaiowá Guarani, no município de Caarapó, próximo à Terra
Indígena Tey Ikuê, foram surpreendidos
com a decisão da Ministra Carmen Lúcia presidente do Supremo Tribunal Federal,
de suspender a reintegração de posse.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht5EvJGEfnh3LC_LJG_topbMav3FbfCGljyLgOdsuZtTve4sYWTj85DHgiizf-q6lXgaYh8dLsQCp0aL-9jA8jJJjOr19brm09Sci6rtUvhrLPGg9b5p-nFprtNc68u_mN6dIrLBdLO44/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht5EvJGEfnh3LC_LJG_topbMav3FbfCGljyLgOdsuZtTve4sYWTj85DHgiizf-q6lXgaYh8dLsQCp0aL-9jA8jJJjOr19brm09Sci6rtUvhrLPGg9b5p-nFprtNc68u_mN6dIrLBdLO44/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Era madrugada do dia 9 de abril. Muita reza e uma grande
rede de solidariedade nacional e mundial. Mais um massacre estava prestes a
acontecer. As rezas de dezenas de Nhanderu e Nhandesi ( líderes religiosos) e a
mobilização do povo Kaiowá e Guarani, mobilizados e em resistência conseguira
evitar mais um massacre eminente. A decisão da ministra Carmen Lúcia foi
decisiva. Se espera que o Estado brasileiro, conivente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e responsável por essa situação permanente de
tensões, violência e genocídio, de sequência imediata ao reconhecimento e
demarcação das terras dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul, caso contrário
continuará sendo acusado em instância internacionais por esses crimes. <b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">O genocídio continua no Mato Grosso
do Sul<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1028" style="height: 318.75pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 425.25pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="DSC09717" src="file:///C:\Users\User\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image002.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiheLGk9gxyp_tv05lzBcsWt3AIIYluGpMyp5pvk-lEs9-Np0gVlH7Go6npmVPpbTb8gXN3Q3cMPru-REFndIMCXTBZ7g0t0GgtTOAin1J7T8kXkHkHLxiD19NCbMMlTZJeaEC51H0t9fM/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="638" data-original-width="1300" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiheLGk9gxyp_tv05lzBcsWt3AIIYluGpMyp5pvk-lEs9-Np0gVlH7Go6npmVPpbTb8gXN3Q3cMPru-REFndIMCXTBZ7g0t0GgtTOAin1J7T8kXkHkHLxiD19NCbMMlTZJeaEC51H0t9fM/s400/3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">“Não
aguentamos mais, voltaremos a nossas terras para delas cuidar e viver com
dignidade’<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com essa afirmação no
documento final da Aty Guasu, realizado na aldeia de Pirakuá, os indígenas
Guarani Kaiowá expressaram sua disposição de voltarem <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao sagrado direito dos seus territórios,
através da única alternativa que lhes resta: retornar a suas terras
tradicionais, os tekohá..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shape id="Imagem_x0020_4" o:spid="_x0000_i1027" style="height: 208.5pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 425.25pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="copia" src="file:///C:\Users\User\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Diante de
mais uma operação de brutal violência que significa por si só<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a ação de despejo, pois a Constituição
federal e legislação internacional da qual o Brasil ´signatário garantem esse
direito<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>incontestável a eminência de
violência é grande.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhimrBPbjg7vA0FsXHUXnCs95DOPzvumvz7f4P7eIUnz0uyQfJ20wg4Jvy1IufzKBi8ozgcGlnzTlmE63iMLrMTzM9Q3nibI-5S4t8pPyD-UA9Ha14BxasRLvEB_MEouSedifFjeWoyPac/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhimrBPbjg7vA0FsXHUXnCs95DOPzvumvz7f4P7eIUnz0uyQfJ20wg4Jvy1IufzKBi8ozgcGlnzTlmE63iMLrMTzM9Q3nibI-5S4t8pPyD-UA9Ha14BxasRLvEB_MEouSedifFjeWoyPac/s400/4.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">“A
comunidade decidiu resistir e está disposta, se preciso for, morrer na
resistência”, conforme externaram lideranças das comunidade ameaçadas de
despejo. Afirmação que veio corroborar a afirmação já expressa na Aty Guasu de
Pirakuá, realizada no final do ano passado “Caso persistir<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a reintegração de posso o Estado brasileiro
será responsável, pois haverá morte coletiva do povo Guarani e Kaiowá, nós
resistiremos até o fim”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A atitude de
total desprezo e desrespeito à Constituição e à lei 6001, Estatuto do Índio de
1973, conforme as quais o Estado Brasileiro deve demarcar todas as terras <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shape id="Imagem_x0020_2" o:spid="_x0000_i1026" style="height: 318.75pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 425.25pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="DSC09713" src="file:///C:\Users\User\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image004.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">indígenas
já<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a mais de 25 e 35 anos
respectivamente. E concluíram “Vamos nos mobilizar para evitar esse massacre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">O povo
Kaiowá Guarani pede a suspensão do despejo para que não aconteça mais um
massacre, como em 2016.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na Aty Guasu de Pirakuá os Kaiowá Guarani
externaram sua inquebrantável resistência e esperança “Resistiremos na
esperança de crescermos na união, fazendo nascer do nosso chão, regado com
nosso próprio sangue e com as lágrimas de nossos sentimentos veremos crescer
novos guerreiros”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shape id="Imagem_x0020_3" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 318.75pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 425.25pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="DSC09679" src="file:///C:\Users\User\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image005.jpg">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCzOGhEE3sstgoMugTG0a9lca6zcLTyclHn0YF4YjVw7lSkiVLKv_SQnAGQmwJFDtQzEed740eyvoP2KSqtPyjY3DOBYnVOXiNWtTG5LaHcpHcHbSiGZlXC2_Ne9dP51R7N7msrY_7NH4/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="974" data-original-width="1299" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCzOGhEE3sstgoMugTG0a9lca6zcLTyclHn0YF4YjVw7lSkiVLKv_SQnAGQmwJFDtQzEed740eyvoP2KSqtPyjY3DOBYnVOXiNWtTG5LaHcpHcHbSiGZlXC2_Ne9dP51R7N7msrY_7NH4/s400/5.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Lideranças
das aldeias ameaçadas de expulsão estão enviando um grito de SOCORRO. Terminam
sua carta de pedido de socorro afirmando a decisão de não abandonar seus tekohá
“Somo donos das terras originárias, lutaremos até a morte, nessa terra sagrada”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Conforme
expressou o delegado da polícia Federal Luiz Carlos Porto, que esteve com as
comunidades/aldeias<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na semana passada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">“O despejo
não resolve o problema, só as demarcações podem resolver o problema, demarcar e
demarcar.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Quem sabe o
Estado brasileiro comece, com décadas de sangue derramado, a começar a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pagar a secular dívida para com os povos
originários do Brasil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Egon Heck<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Cimi,
Secretariado Nacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Abril de
2018<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-85151705387149521162018-03-28T07:58:00.002-07:002018-03-28T07:58:16.811-07:00Aguas de março – lutas e resistência dos Povos Indígenas<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1_BN14v09RFz_uIiHDH5BR1laVwRqUWNSudgEe6MYRmKlbrpMTwFw6JsHmcd3W1_lu4AlGL3GvLPBgM9tcRoc1ZzHB6qgRpf8RW8TGrDKc69Rg0gFejGgFqNGtQ89s8DapIZCMm2oXYw/s1600/IMG_8247.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1413" data-original-width="1600" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1_BN14v09RFz_uIiHDH5BR1laVwRqUWNSudgEe6MYRmKlbrpMTwFw6JsHmcd3W1_lu4AlGL3GvLPBgM9tcRoc1ZzHB6qgRpf8RW8TGrDKc69Rg0gFejGgFqNGtQ89s8DapIZCMm2oXYw/s400/IMG_8247.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
Os rios são nosso sangue,<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A água é sagrada<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É nossa mãe<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Queremos nossa <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Floresta de pé,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nossos rios limpos!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Estão matando a natureza,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Querem exterminar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nós
filhos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Da terra e das águas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas nós Munduruku<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não vamos deixar,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vamos fazer alianças<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com ribeirinhos, quilombolas, pescadores<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vamos lutar juntos,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com outros países e povos!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As hidrelétricas, ferrovias, mineradoras,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A soja não vão passar,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nosso sangue vamos derramar<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Se for preciso, para o Tapajós <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E todos os rios salvar!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nesses termos Alessandra, liderança Munduruku do rio Tapajós
, denunciou com veemência o que o governo e as empresas estão fazendo no
território de seu povo, no Pará.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Querem nos matar de sede, de fome, com ódio querem exterminar
os povos originários dessa terra. Querem contaminar tudo, nossas terras, nossas
águas, nossas vidas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas nossos
guerreiros, nossos encantados e deuses, não vão permitir que isso aconteça.
Denunciamos esses projetos de morte e anunciamos nossa certeza de que isso não
vamos permitir. Convocamos todos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para
uma grande união e luta mundial pela vida, contra o grande capital e seus<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>projetos de morte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Resistência e luta<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT9xXgd0KmFvD2GQitlEIzLnGXavvrrLs6uhyphenhyphengDDxP9u4TP9w8cbRIs42zbIV9BqwouwSzjNPhcZi6l2PgZXGCBmE2iEtvOq_kfd3GfyEoG7q6f0vPa6TiMTKpkDlqQQQcvWkNvyUqLU0/s1600/DSC00955.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT9xXgd0KmFvD2GQitlEIzLnGXavvrrLs6uhyphenhyphengDDxP9u4TP9w8cbRIs42zbIV9BqwouwSzjNPhcZi6l2PgZXGCBmE2iEtvOq_kfd3GfyEoG7q6f0vPa6TiMTKpkDlqQQQcvWkNvyUqLU0/s400/DSC00955.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vamos organizar lutas concretas, desde nossas comunidades e
aldeias para impedir a continuidade e aprofundamento da destruição e
contaminação, das águas, contra a privatização galopante dos nossos aquíferos,
como o Guarani. Os participantes Kaiowá Guarani externaram suas preocupações
com a eminência do aquífero ser vendio às grandes corporações mundiais,
enquanto seus territórios continuam sem serem demarcados e protegidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Senhores do poder: Se desejarem aprofundar a destruição das
condições de vida em nosso planeta Terra, Gaia, contaminando nossos
territórios, terra água e ar, não esqueçam de deixar vossos caixões preparados,
pois terão os sete palmos de chão previstos para os crimes contra a humanidade.
Disso, tenham certeza, não escaparão!<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Nesse sentido se expressaram ao sentimentos d revolta e indignação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto o capitalismo selvagem se reconstrói no mar de lama
e sangue derramado pelo mundo afora, vai se gestando e construindo novos
caminhos e formas de luta e resistência. Brasília está, nestes dias, sendo a
capital mundial das águas para a morte (Forum<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Mundial das águas, dos poderosos, grande capital e governos com sua gana
de privatizações, mercantilização e altos lucros) e para a vida (Fórum
Alternativo Mundial das Águas – FAMA.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
São milhares de militantes de diversas partes do mundo e do
Brasil, que estão em Brasília para se unir ao grito e luta pelas nossas águas e
pela vida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Também estão se somando a esse fundamental movimento
delegações indígenas e de populações tradicional de todas as regiões do país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os povos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>originários
estão preparando um dossiê e uma carta denúncia elencando as principais
violências a que estão submetidos a partir da destruição e negação de seus
territórios. No documento, que está sendo construído coletivamente,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>está sendo enfatizado a resistência secular e
atual e a disposição de se unirem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aos
lutadores de todo o mundo para impedir a anunciada catástrofe mundial com a
continuidade desse sistema capitalista neoliberal que assola e destrói a vida
no planeta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Um
mundo e um Brasil diferentes<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-uCrMhl8rUNC10F1Lbbz-jV3hb-oLd2PqBI3f-HxCnDw1mSOVDrpdUMQtbFKgj5QkYCpuWmpEMs83O00m-oYdSkTyqoJ_drpJiXXT7Cu_evjebr-nL7nBPd6cRwfWbmbkRKkS_Jit46I/s1600/DSC00853.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-uCrMhl8rUNC10F1Lbbz-jV3hb-oLd2PqBI3f-HxCnDw1mSOVDrpdUMQtbFKgj5QkYCpuWmpEMs83O00m-oYdSkTyqoJ_drpJiXXT7Cu_evjebr-nL7nBPd6cRwfWbmbkRKkS_Jit46I/s400/DSC00853.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quase duas décadas depois da explosão de revolta e partilha
das experiências de luta por mudanças e transformações profundas expressas nos
Fóruns Sociais Mundiais,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que tiveram
suas primeiras três edições realizadas em Porto Alegre, O Brasil é novamente palco
de grandes fóruns que oxigenam e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>trazem
esperança de que um outro mundo e Brasil são possíveis e urgentes. E os povos
originários estão presentes trazendo suas contribuições a partir de suas
sabedorias, religiosidade e cosmovisões e reafirma o que expressaram em seu
documento no Terceiro Fórum Social Mundial, em 2003 “Nunca mais um Brasil sem
nós os povos indígenas”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGWamKbrK5tm6pXv0WdHAyvE8q6cTMiZH_dc-wXKK3YhbIBgrKRB_rZ6FJb-foqGP0a1FT7FkaPPLCEVExRukyl4vYm5tzrpxl-3I28SfH5X9YNYlGU1KScIObFilydgv7aUirc28Bhfg/s1600/DSC00848.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGWamKbrK5tm6pXv0WdHAyvE8q6cTMiZH_dc-wXKK3YhbIBgrKRB_rZ6FJb-foqGP0a1FT7FkaPPLCEVExRukyl4vYm5tzrpxl-3I28SfH5X9YNYlGU1KScIObFilydgv7aUirc28Bhfg/s400/DSC00848.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No no FAMA duas denúncias fortes fizeram: As grandes
violências e ameaças dos grande projetos na Amazônia,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>denuncia feita em diferentes espaços pela
liderança do povo Mundurucu Alessandra.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Os Kaiowá , Guarani e Terena do Mato grosso do sul mais uma vez
denunciaram a não demarcação de seus território, fato esse que desencadeia um
mar de violência e mortes. Também ressaltaram<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>e denunciaram<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as intensões e as
tratativas oficiais para a privatização do Aquífero Guarani.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Denúncia esta reforçada por expositores do
debate.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Representantes do Cimi nos debates das atividades
desenvolvidas na UNB – Universidade Nacional de Brasília e no Parque da cidade
denunciaram o genocídio anunciado sobre 120 comunidades/povos indígenas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“isolados” (em isolamento voluntário ),
diante do avanço desenfreado de frentes de expansão do agronegócio, mineradoras
e madeireiras, nos espaços em que sobrevivem. A qualquer momento poderão ser
extintos. Com o agravante que a Funai sucateada e sem recursos tem desativado
postos de vigilância, conforme o general presidente de órgão, deixando ainda mais
vulneráveis. O Brasil é o país que tem maior número de povos “isolados” do
mundo A sobrevivência depende de ação urgentes e solidariedade nacional e
internacional<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fotos
Laila/Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Secretariado Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasíslia, março de 2018<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-59103765240474966032018-02-20T09:15:00.000-08:002018-03-28T07:23:44.409-07:00Água no céu e na terra<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6239097316573073673" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6239097316573073673" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6239097316573073673" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Chuva
grossa, intermitente. Água se espalhando pelo chão formando verdadeiros rios.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">"Colher a água<br /><br />
</span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Reter a água</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">"Guardar
a água<br />
Quando a chuva cai do céu.<br />
Guardar em casa<br />
Também no chão<br />
E ter a água se vier a precisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No pé da casa
você faz sua cisterna<br />
E guarda a água que o céu lhe enviou<br />
É dom de Deus, é água limpa, é coisa linda<br />
Todo idoso, o menino e a menina<br />
Podem beber que é água pura e cristalina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">(Água de
chuva - Roberto Malvezzi, Gogó)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMAoKSOkSOvPIEb34IqYuL1FHTEgZOje-GRycFoXGSzyKf1JRv_Pktq_NX5OtqQzmK7jEMr-ibWh4YRKeiyU4fFs8YLVV7b2Nn0B8TaTUFriGnxCC_egv1VudtfwNtXHTXAeR4wmYJC5Q/s1600/DSC00771.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMAoKSOkSOvPIEb34IqYuL1FHTEgZOje-GRycFoXGSzyKf1JRv_Pktq_NX5OtqQzmK7jEMr-ibWh4YRKeiyU4fFs8YLVV7b2Nn0B8TaTUFriGnxCC_egv1VudtfwNtXHTXAeR4wmYJC5Q/s400/DSC00771.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Olhar
atento. Um sonho rolando no chão encharcado. A água abundante hoje, poderá
faltar amanhã. No Centro de Formação Vicente Cañas, as águas rolando livremente
são o anúncio de algo importante que está por acontecer. É dia 12 de janeiro.
Tempo de chuva. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
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</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Acabaram de
chegar quatro nordestinos. De água e cisternas eles entendem muito. Ainda mais
de cisternas de placas, Implementação de Tecnologia Social. Vieram a convite do
Cimi para realizar no nosso espaço de formação, uma obra já há bastante tempo
sonhada, a construção de cisternas para captação de água da chuva. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1027"
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o:title="DSC00745"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Os três jovens nordestinos chegaram com esse
conhecimento técnico e projetaram o seu tempo de serviço: quatro cisternas com
a capacidade de armazenamento de 51 mil litros cada. Quatro cisternas levaria
quatro semanas para serem concluídas, ou seja, uma semana para cada cisterna. E
assim aconteceu. Dia 12 de fevereiro aí
estavam os três jovens com orgulho de tudo que fora planejado, concluído. E
mais, sorridentes, apesar da saudade dos familiares e amigos: “Nunca trabalhamos
num lugar tão tranquilo e agradável”, afirmou o mais experiente e responsável
pelo grupo. E nós que tivemos a felicidade de acompanhar o andar das
construções estávamos igualmente satisfeitos. Serão mais de 200 mil litros de
água da chuva disponíveis para os momentos de maior necessidade.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Tempos de escassez e
maltrato da água<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiatagmQQ8ubOfKT5xCGVaiUhJtgKRR9e8r5D9hC_l65ErdabKNu7qQufC-UTRi6jmcvqDH7x6kjjXJ3jeYY42rDO_ZlvDmbdyaQqLx06hjtcMp-oNsi211Tql9YBdAYkboPsLhqY84AQU/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiatagmQQ8ubOfKT5xCGVaiUhJtgKRR9e8r5D9hC_l65ErdabKNu7qQufC-UTRi6jmcvqDH7x6kjjXJ3jeYY42rDO_ZlvDmbdyaQqLx06hjtcMp-oNsi211Tql9YBdAYkboPsLhqY84AQU/s400/11.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Quando um amigo nosso que trabalha com sistemas
agroflorestais veio passar uns dias conosco, ficou impressionado com o Centro
de Formação Vicente Cañas. Espaço agradável e aconchegante. Mas deixou uma
observação pertinente. Esse não é um espaço do agronegócio. Ao contrário, é uma
forma de produção de vida que busca erradicar tal modelo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_4" o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75" style='width:425.25pt;
height:318.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
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o:title="DSC00391"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Portanto, o exemplo das práticas alternativas com
relação à água, energia e produção tem que estar presentes nesse espaço. Com as
cisternas esperamos estar um passo coreto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixssCH-YszRA27YkcaFm-dc_hXIX2ZP6WGc8dWTJxL_H12O0fxsfY4G4uptV1F4Z70GIulx_CSzShy04EV95njCgXPliQm6sKwyPotaG1FFkyqIgtJcWe-_zYbzLZkl59YrhLMVVz5WX4/s1600/19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixssCH-YszRA27YkcaFm-dc_hXIX2ZP6WGc8dWTJxL_H12O0fxsfY4G4uptV1F4Z70GIulx_CSzShy04EV95njCgXPliQm6sKwyPotaG1FFkyqIgtJcWe-_zYbzLZkl59YrhLMVVz5WX4/s400/19.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O Centro de Formação Vicente Cañas começou a ser
organizado pelo Cimi a partir de 1995, quando foi adquirido o terreno e feitas
as primeiras reformas numa precária estrutura ali existente. Foi uma decisão da
entidade para dar viabilidade a um as principais linhas de atuação da entidade:
a formação de missionários e dos povos indígenas. Além disso, era uma
prioridade disponibilizar um espaço de apoio aos povos indígenas na luta por
seus direitos. Centenas de encontros e articulações se realizaram neste espaço
que está prioritariamente voltado para a formação política dos indígenas e dos
missionários. Desde 1996 começaram a ser realizados ali os cursos de formação
dos membros do Cimi. No início do século,
o Centro serviu de espaço para a realização dos Acampamentos Terra Livre que
estão se realizando desde 2004. Num desses encontros, chegaram a ficar ali
acampados mais de 700 indígenas.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmcqsarrKnxYNbYx-dh4EjmmzfyzN0e_KNr0qsU4AIfzgk1iqffXXoWzSX3Ss7fbxiPw0oDpJEemYZpsZ83GSri0rtDTMyn1Uvai9YXrBvfqjtumokYWBMg9TQlfJ5WwhmFK5CbAha2ac/s1600/26.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmcqsarrKnxYNbYx-dh4EjmmzfyzN0e_KNr0qsU4AIfzgk1iqffXXoWzSX3Ss7fbxiPw0oDpJEemYZpsZ83GSri0rtDTMyn1Uvai9YXrBvfqjtumokYWBMg9TQlfJ5WwhmFK5CbAha2ac/s400/26.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Graças ao apoio de amigos e entidades, conhecimentos
técnicos, competência e habilidade dos nossos “artistas do nordeste”, estamos
dando a nossa contribuição não apenas ao debate e alerta sobre a eminência de
uma catástrofe mundial pela escassez de água potável no nosso planeta terra,
planeta d’água, com gestos concretos com o cuidado com a água.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Brasília e entorno que nesses últimos anos já
estiveram sob regimes de racionamento d’água estará sediando daqui umas semanas
o 8º Fórum Mundial das Águas. Os sedentos de lucro do mundo e as grandes empresas
virão com o intuito de garantir o seu domínio sobre as águas, pois assim
dominarão mais facilmente a vida (ou morte) no planeta terra.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyZeHHVZNvR7Ziv9s7u-ZPvQiUBaxUWEYEfF5ejx3YxLCXG665hTvsbSOSKzdp3CTlwZka8jm8PykS064rxa-dRMG95HHpIb15X-IDhNNyzKngTdDltqdwjCEYupLRFQQTkLZzcQzCkE8/s1600/DSC00757.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyZeHHVZNvR7Ziv9s7u-ZPvQiUBaxUWEYEfF5ejx3YxLCXG665hTvsbSOSKzdp3CTlwZka8jm8PykS064rxa-dRMG95HHpIb15X-IDhNNyzKngTdDltqdwjCEYupLRFQQTkLZzcQzCkE8/s400/DSC00757.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em Brasília também estará se realizando o Encontro Alternativo
das Águas. Será o momento de ampliarmos o grito da água, da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Egon Heck<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Cimi, Secretariado Nacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Fotos Laila/Cimi e Egon<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Brasília, 16 de fevereiro<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-82563500848706556002018-02-08T03:48:00.000-08:002018-02-20T09:12:58.123-08:00Xavante voltam ao cenário de luta pelos seus direitos<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
O processo de luta dos povos indígenas do Brasil, a partir
da década de 70 teve como protagonistas importantes os índios Xavante, do Mato
Grosso. O despertar desse povo para a luta pelos seus direitos, se deve em
grande parte ao processo das Assembleias
Indígenas que começaram acontecer a partir de abril de 1974.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No bojo desse movimento indígena emergente, surgiu uma promissora dinâmica de visitas e
gestos de solidariedade entre os povos originários no Brasil. Estava o porão da
casa paroquial de Xanxerê quando chegaram um indígena Bororo e um Xavante,
enviados pela Assembleia Indígena, para conhecer de perto o sofrimento,
violências, invasões das terras e roubo dos recursos naturais, principalmente
dos povos indígenas do sul do país e do Mato Grosso do Sul. Era outubro de
1975. Estava em curso um novo momento em
que a emergência e luta pelos direitos dos povos indígenas dando visibilidade
às violências e negação de direitos dos
povos originários, que estavam condenados ao extermínio, com prazos e datas
marcadas pelos seus algozes, as elites genocidas deste período. E os maiores
protagonistas dessa resistência e luta foram sem dúvida os Xavante.<!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Diante do que viram e sentiram,, os dois Xavante e um
Bororo, após a visita, solicitaram que defendessem as suas terras contra
qualquer tipo de invasão. E se precisassem era só mandar um recado que eles desceriam
com 500 guerreiros Xavante para
ajuda-los. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUeOR-aOvVhTslCQj1n4gb-Pyfmo3VSU_Js-RwOPIFGg-GAjaFt43vnyS8MUdiBv1pttwhjqoISz-ibZ0yYnww7ZRTsEIrqeALqrcMF1UlXjDHEUBJYDZ7ziBboUBK34FxE_O0cP79OP0/s1600/BR00002a-211+%2528214%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUeOR-aOvVhTslCQj1n4gb-Pyfmo3VSU_Js-RwOPIFGg-GAjaFt43vnyS8MUdiBv1pttwhjqoISz-ibZ0yYnww7ZRTsEIrqeALqrcMF1UlXjDHEUBJYDZ7ziBboUBK34FxE_O0cP79OP0/s400/BR00002a-211+%2528214%2529.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Lideranças Xavante como Aniceto que foi o porta Voz dos
povos indígenas no momento em que foi pedido ao
então presidente Geisel que fosse rasgado o projeto da Emancipação,
que na verdade era a liberação das
terras indígenas para o latifúndio, tiveram um papel de destaque nas lutas dos
povos indígenas do Brasil. Também teve destaque a eleição de Mario Juruna
Xavvante, pr ser o primeiro indígena eleito deputado federal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vejamos um relato de José Tsonopré, de São Marcos “Em 1972,
uma vez fomos na casa de intruso. Mandamos retirar os materiais dele para fora
de casa. Ele chegou e reuniu os
empregados dele pra atacar nós. Depois disso os índios quase não parava em
casa. Todo o dia vigiando a reserva. Então eles viam o pessoal nosso reunidos
em armas. Nós mesmos limpamos, engraxamos rifles e vigiamos a noite inteira até
amanhecer. Com o medo que eles tem, voltaram atrás. Então fazendeiro arrumou
metralhadora. Nós fomos a Cuiabá, avisamos delegado. Então a polícia cercou a
fazenda e tirou tudo. Não aconteceu briga e eles saíram. Para a defesa de nossa área devemos
ser unido. Unido resolve mais fácil” ( Boletim do Cimi n. 24, outubro/dezembro
1975)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E a solidariedade do povo Xavante a outros parentes pelo
Brasil afora foram se multiplicando na medida em que as situações de violência
e exploração foram sendo visibilizadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Mario Juruna Xavante
foi também visitar os índios do Mato Grosso do Sul. Ficou indignado e escreveu
um relatório nos seguintes termos:<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
“Eu Mario Juruna
chefe da comunidade Xavante da aldeia de
Namucurá, no Norte do Mato Grosso, vim
visitar os índios que moram no sul do Mato Grosso para ver como que eles estão vivendo, se estão sendo
ajudado e que problemas eles estão passando.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No dia 27 de novembro d (1979) visitei os índios Kaiowá liderados pelo
“capitão” Lidio, que moram na fazenda Mate Laranjeiras, e fiquei muito
triste de ver a pobreza que eles estão vivendo. Eles vivem preso que nem gado
em piquete, na entrada da fazenda o
gerente colocou cadeado, assim ninguém visitar índio, nem Funai, nem pessoal da
igreja, nem imprensa, assim ninguém vê
que índio tá vivendo como verdadeiro escravo...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
Depois fui visitar mais índio Kaiowá que mora na
terra ocupada pela fazenda. Paraguassu. E fiquei mais triste com dor no coração
de ver bastante famílias de índios vivendo pela beira das estradas nas terra da
fazenda, que nem escravos vivendo com as crianças em barraquinha coberta de
capim, com plástico preto, que nem mendigo favelado que eu vi em São Paulo e no
Rio de Janeiro. Transcrito do
relatório manuscrito,( 4 páginas) Dourados 29 de novembro de 1979)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_2"
o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" style='width:425.25pt;height:239.25pt;
visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
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o:title="BR00002a-211 (530)"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMh1-DLL75-WDMkEPIKH9jVePW1JJuhQSbSEBLGy6J8erG8jzpz5SBQz-NG4es6qunmvK8UbqPeuYM-FZuEKSnneWdqu1C5gcvYSjDwa0jTHknkOn3PNaVN3omKrPPiUBAobMzWktQxnc/s1600/BR00002a-211+%2528530%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMh1-DLL75-WDMkEPIKH9jVePW1JJuhQSbSEBLGy6J8erG8jzpz5SBQz-NG4es6qunmvK8UbqPeuYM-FZuEKSnneWdqu1C5gcvYSjDwa0jTHknkOn3PNaVN3omKrPPiUBAobMzWktQxnc/s400/BR00002a-211+%2528530%2529.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
Na década
de 70 e 80 os Xavante protagonizaram lutas expressivas de conquista de seus
direitos, especialmente seus territórios. Por diversas vezes derrubaram
presidentes da Funai e funcionários indesejados. Tiveram participação
importante nas lutas coletivas e no movimento pan indígena das décadas de 70 e
80. Vale lembrar o cacique Aniceto que foi o parta voz dos povos indígenas do
Brasil por ocasião do não ao projeto de emancipação. Igualmente relevante foi a contribuição nas lutas do
único indígena eleito deputado federal até hoje em dia.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
A recente
luta de Marawatsede trouxe de volta o brio e a coragem guerreira deste povo.
Agora os Xavante de Parabubure estarão novamente trazendo a luta dessa
comunidade pela sua terra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
A vitória
será um alento e esperança para os povos indígenas no início de mais um ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
Secretariado
Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
Egon Heck
Fotos: Laila/Cimi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
Brasilia, 8 de fevereiro 2.018<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-39103647398434888202018-01-25T03:21:00.002-08:002018-01-25T03:22:05.263-08:00Agroecologia e resistência das economias indígenas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvJ-JN35Xu6n0Y8EFhFyUcNGqOYAm65KEIV1Ok7C7p_pw-PudUqCIgQEiwgRd6bjmPy9BnKCCrm_u_kC0DioCFQI3OSRpqb10fVVXl2iApnFmKK2h4g_pnzv21gnUfE0jRGIg5_wwHjKE/s1600/IMG-20180115-WA0007-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvJ-JN35Xu6n0Y8EFhFyUcNGqOYAm65KEIV1Ok7C7p_pw-PudUqCIgQEiwgRd6bjmPy9BnKCCrm_u_kC0DioCFQI3OSRpqb10fVVXl2iApnFmKK2h4g_pnzv21gnUfE0jRGIg5_wwHjKE/s400/IMG-20180115-WA0007-001.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O que poderia parecer apenas mais um curso de formação a se
realizar no Centro de Formação Vicente Canhas, em Luziânia acabou se tornou um
momento de retomada de uma das dimensões fundamentais do Cimi nesses mais de 45
anos de existência: a sustentabilidade e
soberania alimentar dos povos indígenas em seus territórios<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Partindo da constatação de que esse é um dos calcanhares de
aquiles dos povos indígenas de gravíssimas consequência nesse momento do enfrentamento e ferocidade do
agronegócio. Durante 5 dias buscamos aprofundar essa realidade e traçar
estratégias de apoio aos povos indígenas em sua caminhada de construção de
autonomia, autodeterminação.<span style="background: black; border: 1pt none black; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 0pt; line-height: 107%; padding: 0cm;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3IHaTEC0ORZ_hJZonlJ3Gicf-mICSiOE80_10EFmJpFHXsyOlETtTN3LQZA-NJ8ODeMAc_FkABDV6x349Zam1UsgVj2yCHVzA79VAYXMaLZuUEdFYukxUnsxNKHjAKIMIKek3QsBsUE/s1600/DSC00198.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3IHaTEC0ORZ_hJZonlJ3Gicf-mICSiOE80_10EFmJpFHXsyOlETtTN3LQZA-NJ8ODeMAc_FkABDV6x349Zam1UsgVj2yCHVzA79VAYXMaLZuUEdFYukxUnsxNKHjAKIMIKek3QsBsUE/s400/DSC00198.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
O avanço avassalador do agronegócio sobre os territórios
indígenas e os recursos naturais neles existentes, atualiza na atual conjuntura
do país a tese dos governos da ditadura civil militar há poucas décadas: um
Brasil sem índios, com a total liberação dos territórios indígenas para o
latifúndio e agronegócio. Porém a
resistência e união dos povos nativos conseguiu
não apenas reverter esse processo,
mas possibilitou, ao revés, um extraordinário crescimento populacional,
organizativos e participante da luta dos movimentos sociais para a construção
de um novo projeto para o país, com o reconhecimento de mais de 300 povos
indígenas com quase um milhão de pessoas. Um país plural, socialmente justo, em
que o mais importante é o bem viver de seus povos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Resistência e insurgência dos povos nativos, originários<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD0q3Y7VwOUObIHWoxfPP_UGK-9VH4qSEf2EwyQsFX1jZXoE4qGeAEABalhpxw3Rj1I5uLJGqugZfVsoHgMAFz1zPPX2oXjPfHRR7g9r71NJLxoHqECPI3BwOBRIaRZTHl59k-WM4zWe8/s1600/DSC00213.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD0q3Y7VwOUObIHWoxfPP_UGK-9VH4qSEf2EwyQsFX1jZXoE4qGeAEABalhpxw3Rj1I5uLJGqugZfVsoHgMAFz1zPPX2oXjPfHRR7g9r71NJLxoHqECPI3BwOBRIaRZTHl59k-WM4zWe8/s400/DSC00213.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Nos últimos anos os povos indígenas bem como os pobres do
campo e as populações e povos tradicionais mantiveram permanente enfrentamento
com o regime desenvolvimentista imposto e contrário aos direitos
constitucionais dos povos indígenas. Em outubro deste ano estarão sendo
celebrados os 30 anos de existência da Carta Magna do pais. Serão também 25
anos de descumprimento da Constituição, particularmente o que determina que o
Estado brasileiro demarcasse todas as terras indígenas. Vergonhosamente não
apenas faltam demarcar quase a metade das terras indígenas, bem como as já
demarcadas estão a grande maioria invadidas e sob a pressão feroz e permanente
do agronegócio, das madeireiras, das mineradoras e setores militares.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Graças à permanente mobilização dos povos conseguiram impedir a
retirada dos direitos da Constituição, mas também formaram um amplo processo de
alianças, desde as realidades e lutas da aldeia até encontros com
personalidades mundiais, como foi o recente encontro com o Papa Francisco, em
Puerto Maldonado e a participação expressiva no Encontro Nacional das CBBs –
Comunidades Eclesiais de Base) que está se realizando em Londrina.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É a insurgência contra essa política de ataque aos direitos
indígenas e a exigência do cumprimento da Constituição e garantia dos direitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Os sistemas agroecológicos,
agroflorestais e economias indígenas são importantes armas nesse
enfrentamento<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnfTAuHmU_fZVs1oXeJ3kkByy6O-VVMDmiHTvC9Bzo7OTiBRSPni_dYp0nPvRNu6r9Ddkm2ay4Zm0OZb69oXYZDe8-ra2m6CnG9XDc6OFQQPZP6tK5sChficvGFf_BrrYopfJxhET1we0/s1600/DSC00549.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnfTAuHmU_fZVs1oXeJ3kkByy6O-VVMDmiHTvC9Bzo7OTiBRSPni_dYp0nPvRNu6r9Ddkm2ay4Zm0OZb69oXYZDe8-ra2m6CnG9XDc6OFQQPZP6tK5sChficvGFf_BrrYopfJxhET1we0/s400/DSC00549.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
No enfrentamento com os interesses anti-indígenas será preciso muita união e sabedoria,
disposição e persistência. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Experimentos e visitas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
O encontro também procurou desenvolver o conhecimento
através de experimentos, visitas, questionamentos, debates<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
José Zarate, engenheiro agrônomo que trabalha na Fundação
Metropolitana, Colômbia, trouxe<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
informações e exemplos
práticos que muito nos ajudaram na construção de linhas de ação políticas e
práticas para a implementação de sistemas agroecológicos e agroflorestais na
nossa atuação junto aos povos indígenas.
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFp_n91fIl8gGSA1dIj7SpEtCJQjFRW5k84ge3gSk1LPMLYMEP8kITlfp-rV4C2rzvtDHmaPm6kdAaDMTX6QkDF5aaFDj_v7w7oh_yhTpR2CNNTALEe6JJpqDFT8rqNYcKNw5YL1uAlY8/s1600/DSC00507.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFp_n91fIl8gGSA1dIj7SpEtCJQjFRW5k84ge3gSk1LPMLYMEP8kITlfp-rV4C2rzvtDHmaPm6kdAaDMTX6QkDF5aaFDj_v7w7oh_yhTpR2CNNTALEe6JJpqDFT8rqNYcKNw5YL1uAlY8/s400/DSC00507.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
José insistiu na importância de se ter um plano de vida,
individual ou comunitário, para se poder avançar em nossas intenções de
consolidar e implantar sistemas agroecológicos. Algumas sugestões ficaram evidentes, como
aumentar o intercambio de sementes e experiências; que o espaço do Centro de
Formação do Cimi seja um lugar para visualizar e estimular as práticas
alternativas, visando a superação do
modelo de produção capitalista, constituir um banco de sementes no CFVC<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cimi, Secretariado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Brasília, 23 janeiro 2018<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fotos Laila Menezes</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-78806230908681945232018-01-06T01:55:00.000-08:002018-01-06T02:14:55.772-08:00<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">Para que o mundo não acabe</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A reza e a forte
emoção</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Atanásio é um dos maiores rezadores Kaiowá Guarani na
atualidade, no Mato Grosso do Sul.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A Aty Guasu estava animada com fortes debates, naquele início
de dezembro de 2017. Repentinamente se iniciou uma movimentação em torno do
Nahanderu. Assim foi registrada pela liderança Arnaldo: <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR5bhBlUrEQxb2js0CuEZZ3QY3O_KUDBTMLvq8sFixdokkeTV6nUQKsVf8FZM4WNu9aYb6VV7DNwCghsOcaLMsGbt15_MZGfZmubBukJZkwZ6j4jEytIdXL4LK1oLXZ8qsYYrbyIYpD_I/s1600/DSC09819.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR5bhBlUrEQxb2js0CuEZZ3QY3O_KUDBTMLvq8sFixdokkeTV6nUQKsVf8FZM4WNu9aYb6VV7DNwCghsOcaLMsGbt15_MZGfZmubBukJZkwZ6j4jEytIdXL4LK1oLXZ8qsYYrbyIYpD_I/s400/DSC09819.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>“Atanásio começou a rezar uma reza forte invocando os entes sagrados
para acabar com o mundo. Entrou em transe e suou muito. Por sorte seu Jorge
chegou chorando e pediu que Atanásio não acabasse a reza ainda. Que tivesse fé.
Atanásio estava em transe e não conseguia mais parar enquanto cada Kaiowá e Guarani
sentia um aperto em seu coração e ninguém conseguia fazer nada, apenas chorar
pelo fim do mundo, mas Jorge teve força e impediu Atanásio de continuar. Quase
morremos todos. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>Atanásio então pediu calma e ensinou uma outra reza que serve como
antídoto para a reza dele para que quando os espíritos o conduzam para acabar com
o mundo outros rezadores possam intervir”.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
Atanásio falou também sobre o território: “ Temos reza para
amenizar a dor e as feridas espirituais. O pai (pa’i kuara) e nosso grande Deus
vão nos ajudar. Meu pai me ensinou para fazer o bem para os Guarani e Kaiowá.
Mas os brancos não. Muitas vezes temos muita misericórdia dos brancos e os
brancos nunca tiveram de nós. Para que os jovens, crianças, possam seguir os
caminhos de antes, ajudar o povo e saber lutar contra o branco é preciso
perguntar aos mais velhos como são as coisas em nossa cultura”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpTSmO7W89Nlp-ti7Xc5mbeUNZzA4bQyKgQDtkXRXNyAhm98m2V8hJfXZfoxuzB5l6F06wzTFBjw2-zgLgvhqZpnL5qfGyOLjrAVwIYK92hQuAIQh_JEcU0MCEWczgmm-VmniV9Xa-lt8/s1600/DSC09831.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpTSmO7W89Nlp-ti7Xc5mbeUNZzA4bQyKgQDtkXRXNyAhm98m2V8hJfXZfoxuzB5l6F06wzTFBjw2-zgLgvhqZpnL5qfGyOLjrAVwIYK92hQuAIQh_JEcU0MCEWczgmm-VmniV9Xa-lt8/s400/DSC09831.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não poderia deixar passar esse final de 2017 e início de
2018 sem deixar esse registro que muito realisticamente expressa a luta, a
resistência e a força dos Kaiowá Guarani. É nesse contexto de profunda
espiritualidade e sabedoria que passos lentos, mas seguros, vão sendo dados por
esse povo, especialmente na conquista de suas terras, no retorno a seus tekohá
(terras tradicionais).</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No decorrer do ano que acaba, várias delegações desse povo
estiveram em Brasília denunciando as violências que estavam sofrendo pelos
interesses políticos e econômicos da região.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Porém, nada os demove ou intimida nessa firme determinação
de continuar lutando por seus direitos, particularmente por seus territórios
sagrados, fonte e base de suas vidas conforme sua cultura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar do decreto de morte e genocídio em curso, eles
lentamente vão conseguindo pequenas vitórias, que oxigenam sua determinação de
conquista de seus direitos. No final do ano, a decisão da Justiça Federal, 3ª Região,
suspendendo a reintegração de posse do tekohá Bakurity, no município de
Dourados, foi muito importante.<o:p></o:p></div>
<div>
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Uma delegação veio a Brasília exigir agilidade na demarcação
das terras, dando continuidade nos processos já em andamento e constituindo
Grupos de Trabalho para identificar as terras ainda sem providência, como Ceroi
e Takuaju Laranjal nos municípios de Jardim e Guia Lopes da Laguna.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpdfc__44t6Tc0gBDYYqpcjWeTcu7q6JKsBm79x5s7MVwelFs6OVthK1POg61xjYXqI4DHohUADRQq17z8EmXapxXlODdmY8EYoE5Z7i4_y41DC206qo0wmK0poE61hiw_OHjoV5wolnY/s1600/DSC09612.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpdfc__44t6Tc0gBDYYqpcjWeTcu7q6JKsBm79x5s7MVwelFs6OVthK1POg61xjYXqI4DHohUADRQq17z8EmXapxXlODdmY8EYoE5Z7i4_y41DC206qo0wmK0poE61hiw_OHjoV5wolnY/s400/DSC09612.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
Nos últimos anos, vem se consolidando o processo de
organização e resistência, destacando-se a Aty Guasu (Grande Assembleia) com
participação ampla das aldeias/comunidades, além das Aty Guasu das mulheres e
dos jovens. Além disso, os professores indígenas já têm um grande acúmulo de
luta e organização. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Que os mártires dessas lutas nas últimas décadas continuem
dando força e êxito às lutas desse heroico e resistente povo e a todos os povos
indígenas do Brasil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Povos indígenas 2017: sob o fogo
cruzado do Estado<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
Os últimos anos têm sido talvez dos mais violentos,
ameaçadores e genocidas desse último meio século. Talvez nunca os Três Poderes estiveram
tão articulados em suas inciativas contra os direitos dos povos indígenas, do
que nesses últimos quatro anos. E nada indica que seja diferente nesse novo ano
que se inicia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se por um lado é possível prever um cenário de fogo cruzado,
de muita violência, também é verdade que esse quadro aterrorizante tem gerado
um promissor movimento de união e articulação dos povos indígenas e um
crescimento expressivo dos apoios e novos aliados, dentro e fora do país.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Acreditamos que a força dos encantados, dos deuses e dos espíritos
dos guerreiros garantirão mais um ano de vitórias da vida e do Brasil justo e
plural pelo qual todos estamos lutando.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDxcV262p-UsoHEGepooHq454mmllRBkvlEvQoZDyRKkfC8v5PMfR9XuovjbDFbhBVua_oH8qRjB0D3kb5IFRIj39gpvBVQYjQCAd8iVvnZVPY93ZBqC2-SVoMy0oc1g0fEz5nc1zscb4/s1600/DSC09870.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDxcV262p-UsoHEGepooHq454mmllRBkvlEvQoZDyRKkfC8v5PMfR9XuovjbDFbhBVua_oH8qRjB0D3kb5IFRIj39gpvBVQYjQCAd8iVvnZVPY93ZBqC2-SVoMy0oc1g0fEz5nc1zscb4/s400/DSC09870.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Pode o mundo não acabar, porém só com a união e os valores e
sabedoria dos povos originários do mundo será possível que a esperança de um
mundo melhor para todos possa avançar. Caso contrário, a crescente destruição
da natureza irá sim inviabilizar a continuidade da vida no planeta terra.<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Egon Heck<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cimi, Secretariado nacional<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Brasília, 1 de janeiro de 2018 <o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6239097316573073673.post-2485098418202563272017-12-06T14:07:00.002-08:002017-12-06T14:07:21.535-08:00<div class="MsoNormal">
<b>Aty Guasu: "Temos misericórdia dos brancos e os
brancos nunca tiveram de nós", afirma Guarani Kaiowá<o:p></o:p></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz-eZESOqvSwu-3H17DckSB-4xgGFYVlYEsr5ZO8N2WC1OFV-EsrUhkdjzhgElKuJn1tVfIfLIFyJ3j3_AOYt8av9UGD07Y6dVhGbE8qJYNQP3Ysi2gB0YlN7yHplQUAKE90lhJ3dHbhc/s1600/DSC09749.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz-eZESOqvSwu-3H17DckSB-4xgGFYVlYEsr5ZO8N2WC1OFV-EsrUhkdjzhgElKuJn1tVfIfLIFyJ3j3_AOYt8av9UGD07Y6dVhGbE8qJYNQP3Ysi2gB0YlN7yHplQUAKE90lhJ3dHbhc/s400/DSC09749.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /> <a href="http://www.cimi.org.br/">Por Egon Heck,
Secretariado Nacional do Cimi, e Adalto Guarani e Kaiowá</a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Crédito das fotos: Egon Heck/Cimi</i></div>
<div class="MsoNormal">
<i>
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<i>Por Egon Heck, Secretariado Nacional do Cimi, e Adalto
Guarani e Kaiowá</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Final de ano se aproximando. O Conselho da Aty Guasu Kaiowá
Guarani sentiu a necessidade de realizar um momento forte de muita reza e luta,
especialmente para enfrentar os poderosos inimigos e avançar na reconquista de
seus territórios tradicionais, os tekoha - lugar onde se é.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi também um momento de memória das importantes lutas,
avanços e derrotas, com o assassinato de dezenas de lideranças. Foi escolhido a
Terra Indígena Pirakuá, pelo seu forte simbolismo, pois em torno da recuperação
desse tekoha se deu o início de uma longa caminhada de luta pela terra. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É uma das poucas terras com o processo de regularização
concluído e totalmente ocupado pelos Kaiowá Guarani. Boa parte da terra ainda
está coberta de mata nativa. Essa foi a segunda Aty Guasu realizada nesta
aldeia, em quase 40 anos. Foram mais de 400 participantes indígenas do Brasil,
Argentina e Paraguai.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Fora Fórum dos Caciques!</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um momento de tensão aconteceu quando no final do segundo
dia apareceu um grupo do Fórum dos Caciques, que é uma divisão do
movimento indígena no Mato Grosso do Sul, forjado na Assembleia Legislativa por
ocasião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o Conselho
Indigenista Missionário (CPI) - que teve seus encaminhamentos absurdos
arquivados por falta de provas das acusações absurdas feitas contra a entidade.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois dos 12 indígenas Terena, Kinikinau e Ofaié se
apresentarem e manifestarem seu desejo de participação nos dois últimos dias da
Aty Guasu, uma forte e contundente manifestação contrária a essa presença
indesejável foi encabeçada pelas mulheres. Questionaram o fato de serem
subvencionados e se sentarem ao lado dos notórios inimigos dos índios. “Quem
senta ao lado de criminosos é criminoso também, afirmou um das mulheres Kaiowá
Guarani. Após falas contundentes, a decisão inconteste: “Vocês não vão ficar na
nossa Grande Assembleia. Podem ir embora”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeBRHQkjQgDLZkx4jwXUAyef9GQ2vq2slE1FJj-rJQ-HzoNMgN_I98EiPD26YY9tpWmisYUNYax4SCOGybg8tAmo04T_339bBIXouSQ7Hu4DBhehrkx5lTW-CbmqHpNnAMhsIdC5Ar8x8/s1600/DSC09679.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeBRHQkjQgDLZkx4jwXUAyef9GQ2vq2slE1FJj-rJQ-HzoNMgN_I98EiPD26YY9tpWmisYUNYax4SCOGybg8tAmo04T_339bBIXouSQ7Hu4DBhehrkx5lTW-CbmqHpNnAMhsIdC5Ar8x8/s400/DSC09679.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Depoimentos</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Atanásio Kaiowá Guarani, beirando os 90 anos, continua sendo
figura central nessa Aty Guasu. Como Nhanderu é o mais procurado para abençoar
os inúmeros indígenas que vão buscar a sua benção, e conduzir os rituais
realizados com muita força e intensidade espiritual. O primeiro e mais
importante dia da Grande Assembleia foi conduzido pelos líderes religiosos que
conduziram os rituais e depoimentos dos Nhanderu e Nhandesi. Atanásio falou
sobre o território: “Temos reza para amenizar a dor e as feridas espirituais".
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O velho Nhanderu acrescentou: “O pai (pa’i kuara) e nosso
grande deus vão nos ajudar. Meu pai me ensinou para fazer o bem para os Guarani
e Kaiowá. Mas os brancos não. Muitas vezes temos muita misericórdia dos brancos
e os brancos nunca tiveram de nós. Para que os jovens, crianças, possam seguir
os caminhos de antes, ajudar o povo e saber lutar contra o branco é preciso
perguntar aos mais velhos como são as coisas em nossa cultura.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCy-qJ8E-4MigHdnYJtRI1Arx2AQ3JcJ0oS0XRx-0-UpPxWrcnuGhJgN34EsaVVsMZvo56jG_swZ3CPa0K-1TIawemhxFEdyxsVD_hAX7LHAaZpq70Rsqb-XIpZrg2_U_6eblAb98N38A/s1600/DSC09671.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCy-qJ8E-4MigHdnYJtRI1Arx2AQ3JcJ0oS0XRx-0-UpPxWrcnuGhJgN34EsaVVsMZvo56jG_swZ3CPa0K-1TIawemhxFEdyxsVD_hAX7LHAaZpq70Rsqb-XIpZrg2_U_6eblAb98N38A/s400/DSC09671.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Para Atanásio, é preciso “viver direito e praticando sempre
a nossas rezas; todas as noites, manhãs, tardes. Por exemplo, quando a mulher
vai ter um filho ela procura o médico ao invés de procurar o rezador que lhe
dirá como é ter e criar um filho na cultura Kaiowá e Guarani. Para que as
lideranças não morram na retomada das terras, tem que consultar primeiro o
rezador.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O Nhanderu Lico Nelson Guarani e Kaiowá assim expressou seu
apelo: “sim, nos rezadores somos sempre simples e humildes e somos os advogados
dos advogados, os juízes dos juízes, mas somos humildes e não temos orgulho
ruim. Não nos exibimos e nem nos achamos maiores que o povo".<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Fala aos jovens: "Procurem os anciãos"</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
"Hoje falo e peço para os jovens e novas lideranças que
estão à frente da Aty que acompanhem muito a luta, pois nós já estamos partindo
e quem sofrerá são nossos filhos e nossos netos. Saibam que a cultura dos
brancos nunca vai nos salvar: nem a terra, nem nossas vidas. Por isso todos têm
que aprender o caminho da reza. Nós temos a maior das armas. A reza, o mbaraká
e temos que estudar a escola da reza. Às vezes, o próprio indígena não tem fé
no mbaraká deixando nossos rezadores para trás sem poder ajudar na batalha. As
igrejas influenciam muito as pessoas e nunca vai entender que temos uma cultura
e espiritualidade própria que pode e deve ser manifestada por nós. Acredito que
nós não vamos mais permitir que a cultura dos brancos invada nosso modo de
viver”, discursou Nhanderu Lico Nelson Guarani e Kaiowá <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Alda Nhandesi explicou como foi feito a retomada do
Pirakuá. Lembrou que foi uma das rezadoras que participou da retomada. “Pirakuá
se chamava Puente Kyhá e eu ajudei a liderar a reza. Quem tava junto era Lico,
Rosalino, Carlito, Amilton Lopes. E hoje eu vim de novo nesta comunidade,
depois de 30 anos. Queria dizer para os novos que estão nessa luta para
conversar mais com os rezadores e valorizarem o que deixamos para eles, nossa
cultura e nosso modo de viver e a língua. Quando vamos por nosso caminho, é
preciso ir rezando durante a caminhada. Eu estive muito tempo nessa resistência
e em meu tempo nós valorizamos muito os rezadores, por isso conseguimos
demarcar. Qualquer liderança que for retomar, favor procurar os anciões”. <o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCy-qJ8E-4MigHdnYJtRI1Arx2AQ3JcJ0oS0XRx-0-UpPxWrcnuGhJgN34EsaVVsMZvo56jG_swZ3CPa0K-1TIawemhxFEdyxsVD_hAX7LHAaZpq70Rsqb-XIpZrg2_U_6eblAb98N38A/s1600/DSC09671.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCy-qJ8E-4MigHdnYJtRI1Arx2AQ3JcJ0oS0XRx-0-UpPxWrcnuGhJgN34EsaVVsMZvo56jG_swZ3CPa0K-1TIawemhxFEdyxsVD_hAX7LHAaZpq70Rsqb-XIpZrg2_U_6eblAb98N38A/s320/DSC09671.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Rivarolla Guarani Mbya, cuja aldeia fica na Argentina, falou
da importância da união dos esforços e da lutar conjunta: “Sempre estamos
pensando em unificar os quatro países para que possamos comunicar melhor e
também para que os povos originários sempre possam serem vistos como uma grande
nação. De hoje em diante precisamos fazer documentos que iniciem esta
articulação. Penso que no futuro nossos netos e nossos filhos precisam desta
memória. De que somos uma nação independente das fronteiras. E que juntos poderemos
fazer uma luta mais forte". <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para o Mbya a luta não pode ser separa. "Quando ouço os
Kaiowá e vejo as imagens do genocídio isso me dói. Não posso permitir que isto
aconteça. Nestes tempos cada governo de cada país, juízes, polícia têm que
respeitar nossa organização social. O problema Kaiowá é um problema
internacional, pois me incluo na sua luta e desejo sempre uma boa vida aos
irmãos do Brasil. Seguimos juntos". Eliseu Lopes Kaiowá Guarani concluiu
uma de suas falas dizendo: “Não é tempo de ter medo ou dúvida, agora é hora de
seguir com toda força. Temos que ter isso na cabeça. Agora temos que pensar: É
enfrentar ou morrer”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Leia na íntegra a carta final da Aty Guasu:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVLDS3tMhwINPH9-ga78r9QGBJwkk64XnkQKp7HUpVpLPTX0nGsYll9pny3c8tAixAa7_YY7CGHRuBGW0bMCCtD2Lfk7peCQVRq8KTVG5kpyZ18lTvkEVGgLTiBUrJJEinGsQ7Q0rbIzI/s1600/DSC09687.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVLDS3tMhwINPH9-ga78r9QGBJwkk64XnkQKp7HUpVpLPTX0nGsYll9pny3c8tAixAa7_YY7CGHRuBGW0bMCCtD2Lfk7peCQVRq8KTVG5kpyZ18lTvkEVGgLTiBUrJJEinGsQ7Q0rbIzI/s400/DSC09687.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>DOCUMENTO FINAL DA ATY GUASU - PIRAKUÁ</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nós, povo Guarani e Kaiowá reunidos na Aty Guasu, nos dias
27/11 a 01/12/2017 na Aldeia Pirakuá, semente de nossa luta e reconquista de
nossa terra, razão pela Marçal Tupa’i foi assassinado enquanto lutava pelo seu
povo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essa Aty Guasu foi marcada pela participação de nossos
parentes Guarani Nhandeva, M’bya e Pa’i tavy terã da Argentina e do Paraguai,
além da presença solidária de aliados, entre os quais a UNILA (Universidade
Latino americana).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para nós a Aty Guasu foi um grande momento celebrativo,
memória dos que tombaram na luta pelo nosso Território tradicional realizado
com muito ritual, muita emoção e lágrimas. “Nossos mortos têm voz”. A Aty Guasu
foi um momento forte para fortalecer e valorizar nossos Nhanderu e Nhandeci,
nossos mestres tradicionais e que estiveram presente em número significativo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essa Aty Guasu, depois de 40 anos, vem mostrar que esse é o
único e mais eficaz caminho para conquistar nossos territórios e garantir os
nossos direitos. Desde a retomada de Pirakuá em 1982 até hoje foram mais de 40
retomadas realizadas, cujo processo de regularização deveria estar sendo
realizado pela FUNAI.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em 2002 o governo através da FUNAI assumiu a demarcação das
terras dos povos Guarani e Kaiowá como prioridade do órgão. Porém, nos cinco
anos seguintes nada foi feito. Foi então que as nossas lideranças junto com o
Ministério público decidiram ir a Brasília para pressionar a demarcação de suas
terras. Nesta ocasião foi assinado o TAC (Termo de ajustamento de conduta) em
que a FUNAI se comprometia a identificar todas as terras Kaiowá e Guarani nos
anos seguintes. Passaram-se dezoito anos e a maior parte das terras não foi
regularizada e pelo menos cinco das lideranças que assinaram o TAC já morreram.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essa omissão do governo é a razão do quadro extremo de
violência e genocídio em que passa os kaiowá e Guarani. Situação que gera muita
indignação e revolta em todos nós. Nossas lideranças continuam sendo
perseguidas, criminalizadas e assassinadas. Toda essa situação causa danos
físicos e psicológicos nas pessoas levando em muitos casos a dependência
química e ao suicídio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não resta às nossas comunidades outro caminho a não ser a
retomada das terras tradicionais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
REPUDIAMOS:<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Repudiamos a tradição das PECs no Supremo Tribunal e no
Congresso Nacional, não aceitamos a tese do Marco Temporal. Ele é um decreto de
morte para nosso povo;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Repudiamos o discurso preconceituoso e discriminatório do
deputado Eduardo Bolsonaro contra os povos indígenas e comunidades
tradicionais;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Repudiamos a justiça brasileira, segunda instância de São
Paulo que colocou em liberdade os cinco fazendeiros responsáveis pelo
assassinato de Clodiodi no massacre de Caarapó;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Repudiamos as ações violentas praticadas contra nosso
povo, os assassinatos e ocultação dos corpos de Rolindo Vera e Nísio Gomes e
que a justiça até agora não se pronunciou;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Repudiamos o decreto baixado pelo presidente Michel Temer
autorizando o porte de armas para a defesa da propriedade privada porque isso
estimula a violência e os ataques aos povos indígenas e comunidades
tradicionais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
DENUNCIAMOS:<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Denunciamos a destruição da natureza com o uso abusivo de
agrotóxicos que poluem o ar, a terra e as águas atingindo nossas comunidades.
Estamos adoecendo cada vez mais. Não aguentamos mais, voltaremos às nossas
terras para dela cuidar e viver com dignidade. Continuaremos denunciando essa
situação em nível nacional e internacional como um dos piores quadros vividos
hoje no Brasil e no mundo;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Denunciamos o Estado brasileiro pela omissão em relação
aos nossos direitos e pela prática de violência contra nosso povo, de modo especial
a agressão às nossas crianças que estão sendo retirada das nossas comunidades
para colocar em abrigos encaminhadas para adoção;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Denunciamos as práticas colonizadoras genocidas e
etnocidas que continuam cooptando lideranças, provocando divisões e conflitos
entre os povos indígenas;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Denunciamos os ataques agressivos praticados pela polícia
federal, militar, civil, rodoviária, DOF, bombeiro, ambulâncias e funerárias
nas ações de reintegração de posse;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Denunciamos os fazendeiros, sindicato rural, FAMASUL que
além de invadir as nossas terras fomentam os ataques paramilitares e mantêm
pistoleiros vigiando e dando tiros em cima de nossos tekohas;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Repudiamos e denunciamos o poder judiciário pelas
constantes ações de despejos em nossos tekohas.<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
NOS COMPROMETEMOS:<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Fortalecer a nossa luta através dos nossos rituais, da
nossa cultura. Nós continuaremos resistindo para conquistar e defender nosso
território, apenas tendo nosso corpo como escudo. Se caso persistir a
reintegração de posse o Estado brasileiro será responsável, pois haverá morte
coletiva do povo Guarani e Kaiowá, nós resistiremos até o fim;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Unificar a nossa luta como nação Guarani, hoje presente em
cinco países: Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai com 280 mil
habitantes e 1400 comunidades.<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Resistimos na esperança, crescemos na união fazendo nascer
de nosso chão, regado com nosso próprio sangue e com as lágrimas dos nossos
sentimentos, novos guerreiros.<o:p></o:p></div>
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Aldeia Pirakuá, 01 de dezembro de 2017<o:p></o:p></div>
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Aty Guasu - Povo Guarani, Grande Povo <o:p></o:p></div>
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