Hesitei um pouco em escrever-te esta carta. Enquanto estava aqui em Santarem, juntamente com D. Erwim, num encontro dos bispos da Amazonia, para fazer a memória dos 40 anos do Documento de Santarém, recebi a informação de que terias nos deixado. Preferi pensar que um lutador não morre, apenas passa e com seu testemunho continua animando a luta.
Admirava tua incansável atuação, em meio às lidas acadêmicas e a militância indigenista.Era com quem os Kaiowá Guarani podiam contar a toda hora, com seu vastíssimo conhecimento da luta e direitos desse povo, as sábias sugestões e as informações precisas.
Enquanto Cimi, quando juntos atuamos no secretariado, num dos momentos mais importantes da conquista dos direitos indígenas na Constituição de 1988, foste a pessoa chave no processo de atuação da entidade junto com os povos indígenas. Isso jamais será esquecido pelo movimento indígena e pelos companheiros do Cimi. Do fundo do coração brota a profunda gratidão.
Egon
Santarém, 3 de julho de 2012
Para vocês Luciana, Lucia, Valéria, familiares de Antonio, nosso sentimento de solidariedade nesse momento de dor. Que o Deus da vida, vos de força, na fé que nos une e dá a certeza de que Antonio nos antecede na casa do Pai.
Lindas palavras, pai. O pedrinho foi e sempre será muito importante não só para nós, mas para todos. Sua contribuição para um mundo melhor é enorme. Que ele continue intercedendo por nós lá do céu.
ResponderExcluirTodas as homenagens ao Antônio Brand!! muito bom, Egom, você ter escrito.
ResponderExcluirLindomar Padilha
Egon suas palavras refletem um sentimento profundo de quem conhece um pouco da vivencia dos povos indígenas e sua teimosia em continuar se opondo a um sistema opressivo e demoníaco que insiste em matar tudo que é vital para a beleza do mundo...
ResponderExcluirEstou aqui em casa desfrutando da presença do fiho do Nísio, o Valmir com sua sabedoria e rebeldia santa.
Um abraço do Pr. Paulo