ATL 2017

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Testemunhos dos quarenta
Raiz primeira, fonte de inspiração e ação, chão de mártires e radical transformação da missão. Homenagem ao Cimi Regional Mato Grosso
Chapada dos Guimarães. “Meca do Ecoturismo”.
 O 28º festival de inverno aquece a cidade. Em meio ao agito, um outro espaço sintoniza corações e mentes.
São esperados um pouco mais de 40 participantes da 38ª Assembléia do Cimi Mato Grosso. É o regional primeiro em vários sentidos. No desmonte da missão tradicional, de Utiariti. Do martírio pela nova opção, consolidada na criação do Cimi – Rodolfo Lukenbein e Simão Bororo, em Meruri. Logo depois o martírio de João Bosco e Vicente Cañas. Nele foi realizada a primeira Assembléia de chefes indígenas – Diamantino abril de 1974.  Está neste regional o único participante  do Encontro dos bispos da Amazônia, realizado em Santarém, em maio de 1972, nosso querido D. Pedro Casaldáliga, felizmente  entre nós. Foi deste regional o único indígena que foi membro do Conselho do Cimi, Eugenio Bororo, 1974. É desta região o único indígena eleito deputado federal, Mario Juruna. É deste regional a primeira mulher a ser vice-presidente do Cimi, Ir. Beht Rondon Amarante (1991-95.
Foi deste regional o primeiro presidente do Cimi – Pe. Angelo Venturelli e o primeiro vice,  Tomas Lisboa.
É deste regional a raiz de uma nova forma de presença missionária solidária: as irmãzinhas de Foucould, junto aos Tapirapé, desde 1952, portanto há 60 anos. Foi também com esse povo que se iniciou uma nova forma de educação escolar indígena – Luiz e Nice, desde 1973. Foi aqui que teve a primeira Assembléia Regional, em Meruri, em setembro de 1974.  Foi deste regional o primeiro secretário executivo – Egydio Schwade, a partir de junho de 1973.  Foi neste regional que surgiu o primeiro informativo , Boletim do Cimi, em maio de 1972. Foi neste  regional que começou a atuação de leigos junto aos povos indígenas, com as equipes da OPAN, desde 1970, na prelazia de Diamantino.
Temos entre nós pessoas que estiveram no Encontro de Missionários onde surgiu o Cimi, Tomás Lisboa, e missionários que estavam trabalhando junto aos Xavante , como o Pe. Zacarias, há 56 anos.
Foi aqui que se iniciou uma nova política de “contato com grupos isolados (Enawene Nawe – 197 Tomáas Lisboa, Vicente Cañas...))
 E assim poderíamos enumerar  testemunhos fortes de uma caminhada marcada por suor e sangue, conquistas e esperança, vozes proféticas...Parabéns  companheirada do Cimi Mato Grosso  -
Egon Heck Cimi 40 anos, Chapada dos Guimarães, 22 de julho de 2012