ATL 2017

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Vamos fazer mudança




Sob a fala dura e decidida de Jercilia Kraho, um grupo de mulheres tomou a funcionária da Sesai  Ivanizilia Ferreira Noleto , e a conduziram para forra do recinto, sob a decisão irrevogável de afastá-la do cargo de chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI Tocantins. Eram 10,20 minutos de uma quente manhã em Palmas-TO

Foi um gesto concreto, definitivo, em resposta à situação caótica da saúde indígena e a total ineficiência da coordenação da Sesai. “Acabou a nossa paciência.” Eram 10,20 horas, de uma quente manhã em Palmas-TO . Um gesto de consciência e forte simbolismo – Basta. Não vamos maltratar ninguém. Mas tomamos decisão. Botamos  Jercilia pra fora. Agora nós vamos decidir quem queremos para trabalhar com nós.

Na mesa estavam três procuradores do Ministério Publico Federal, aos quais foi solicitado um posição.

Estavam também na mesa Cleiton Javaé, do CONDISI  e Edmundo Xavante do Conselho Nacional d Saúde.

Revogue, Rasgue, queime essa  portaria!

Foi com indignação e revolta que  as centenas de participantes  da 2ª Assembleia dos Povos Indígenas do Estado do Tocantins e Goiás, receberam a informação de que o ministro Adams, da AGU, se manifestou recentemente dizendo que em caso de uma decisão  do Supremo Tribunal Federal, favorável às condicionantes, a portaria 303 entraria em vigor com efeito retroativo a julho de 2012. Essa afirmação confirma a intensão e esperança do governo de fazer valer as intensões anti indígenas desta portaria. O levante nacional dos povos indígenas contra essa “porcaria”, levou o governo ao recuo temporário.

Em passeata pelo centro da cidade, até o prédio da Advocacia Geral da União, os povos indígenas  dos Estados de Tocantins e Goiás, reunidos em sua 2ª Assembleia, deram seu  recado

 

Passeata  até a AGU

Depois de socializar as informações sobre os problemas das aldeias, que são praticamente os mesmos, e se manifestarem insistentemente contra  os projetos que trazem sofrimento e morte para as comunidades indígenas e contra as leis que matam, que desrespeitam  os direitos.  Após breve diálogo com o represente da AGU no Tocantins, entregaram um documento  pedindo a revogação da Portaria 303, não apenas a suspensão como ocorreu em julho do ano passado. E advertiram   “ Estaremos mobilizados para evitar qualquer agressão ou retirada de nossos direitos constitucionais Junto aos povos indígenas do país, estaremos denunciando, repudiando qualquer manobra ou proposta que venha ferir e desconstruir nossos direitos já garantidos na Constituição Federal.”

 Assessoria de comunicação da 2ª Assembleia dos Povos Indígenas dos Estados de Goiás e Tocantins

 
Palmas, Cimi GOIO, 22 de maio de 2013