ATL 2017

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quinta-feira, 28 de março de 2019

A beleza da vitória e a vitória da beleza e da diversidade













No Superior Tribunal de Justiça, a delegação indígena Pataxó foi recepcionada de maneira honrosa e respeitosa. Nenhuma restrição à maneira tradicional de suas vestimentas ou qualquer coisa do gênero. Foram recepcionados com dignidade na diversidade de suas maneiras de ser e viver.
Viram e ouviram com atenção, as decisões sobre a ação em julgamento. Momento gratificante para os guerreiros e lideranças que estavam neste recinto, ouvirem os oito juízes proferirem seus votos favoráveis aos direitos indígenas da terra indígena Pataxó, de Barra Velha-Monte Pascal, na região de Porto Seguro, Bahia.
De alma lavada e direito territorial conquistado, a delegação partilhou com sua gente, nas aldeias e seus aliados Brasil e mundo afora, que, apesar de tudo, são possíveis a conquista por direitos e mudanças profundas em nosso país. A vitória foi dos povos indígenas do Brasil. Um pouco de oxigênio em meio a cenários tão sombrios.


Direitos humanos: a difícil luta dos povos originários, oprimidos e empobrecidos do nosso país




No dia de ontem, mais um momento forte da luta pelos direitos dos povos indígenas no Brasil. Uma esperançosa união na luta pela vida, pela justiça e pela paz. A nova gestão da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, confirmou ser um espaço de resistência e de luta para evitar retrocessos e avançar na consolidação dos direitos humanos, étnicos e ambientais.











Dezenas de parlamentares e inúmeras organizações e entidades, manifestaram seu integral apoio e colaboração com a Comissão de Direitos Humanos.

Sonia Guajajara, em nome da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), denunciou as inúmeras iniciativas que estão sendo implantadas visando extinguir direitos e acelerar o genocídio contra os povos indígenas.



O presidente da Comissão, deputado Helder Salomão, insistiu na importância dos membros da comissão de ouvir a sociedade, e os clamores das vítimas da violência e do ódio que está sendo apregoado pelo atual governo.




Várias entidades e deputados, denunciaram veemente o anúncio da comemoração
do dia 31 de março, dia do golpe da ditadura militar. Isso representa uma apologia da tortura, da violência, o ódio e o retrocesso.

Hoje a delegação de mais de 100 indígenas está retornando para suas aldeias no sul da Bahia. A luta continua, pois só a mobilização desde as aldeias e comunidades poderá frear as tentativas de retrocesso de desconstrução de direitos. Outras delegações virão e darão continuidade às lutas contra a municipalização da saúde indígena, contra o esquartejamento da Funai e a entrega da demarcação das terras indígenas aos inimigos dos povos originários.


Egon Heck – fotos Laila/Cimi
Secretariado Nacional do Cimi
Brasília, 29 de março de 2019