Ditadura
Cabralina
O que vimos essa semana foi uma confirmação do desprezo pela
memória, pela história pelos povos indígenas da aldeia Maracanã, no belo Rio de
Janeiro. Uma preliminar do jogo duro dos usurpadores dos direitos dos pobres
para acalantar a festa do ricos, curiosos, turistas..A lógica dos grandes
eventos esportivos por vir, se impõem inexoravelmente. É preciso garantir, a qualquer custo, os mega eventos. É o rolo compressor (ditadura) e o ralo
financeiro (corrupção) que prevalecerão
nos próximos tempos. Cenas de violência como os desta semana são
apenas aperitivo. Povos indígenas, entrincheirados nos espaços de sua memória, como o antigo
Museu do Índio, danem-se. Serão apagados pela memória esportiva. Mais um gol de
Cabral.
Enquanto isso, em Brasília, representantes de vários povos
indígenas do nordeste, vieram dizer que continuam invadidos há mais de 500
anos, mas que jamais deixarão de lutar para que se faça justiça a seus povos,
garantindo a terra e políticas públicas minimamente decentes. Seus olhares
profundos, suas peles escurecidas
denunciam o massacre histórico e cultural a que foram submetidos. Que das
fortunas que serão destinadas à realização dos grandes eventos esportivos -
Copa das Confederações(2013), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016) não
aumentem ainda mais o sofrimento e injustiças
a que são submetidos os pobres em especial os povos indígenas.
Egon Heck
Povo Guarani, Grande Povo
Semana Santa de 2012
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